NASA planeja reduzir atividades na Estação Espacial Internacional enquanto China expande sua estação

NASA planeja cortar operações na ISS, enquanto China investe na expansão da estação Tiangong. Entenda como isso afeta a exploração espacial.
Atualizado há 21 horas
NASA planeja reduzir atividades na Estação Espacial Internacional enquanto China expande sua estação
NASA reduz atividades na ISS, enquanto China fortalece a Tiangong; o espaço se transforma. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • A NASA está considerando reduzir suas operações na Estação Espacial Internacional, incluindo menos astronautas e missões mais longas.
    • Se você acompanha a exploração espacial, essas mudanças podem afetar futuras pesquisas e colaborações internacionais no espaço.
    • A redução da NASA contrasta com os planos da China de expandir sua estação Tiangong, o que pode alterar o equilíbrio de poder na exploração espacial.
    • Essa dinâmica pode influenciar diretamente o desenvolvimento de novas tecnologias e missões espaciais nos próximos anos.
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A redução de atividade em estação espacial pela NASA está gerando debates sobre o futuro da exploração espacial, enquanto a China planeja expandir suas instalações. As mudanças propostas pela NASA incluem a diminuição de tripulações e o aumento da duração das missões, contrastando com os investimentos chineses na estação espacial Tiangong. Essa nova dinâmica pode remodelar o cenário da pesquisa e colaboração no espaço.

NASA Reduz Atividades na Estação Espacial Internacional

A proposta orçamentária do governo Trump para a NASA em 2026 ainda está sob análise no Congresso. No entanto, a agência espacial americana já está se preparando para diminuir suas operações na Estação Espacial Internacional (ISS). Antes mesmo da apresentação formal do orçamento, que busca reduzir em US$ 500 milhões os recursos destinados ao complexo, três medidas estavam sendo consideradas.

Uma dessas medidas é a redução das tripulações enviadas ao espaço pela cápsula Crew Dragon, de quatro para três astronautas, a partir de fevereiro de 2026. Outra mudança, um tanto irônica, é o aumento da duração das expedições à estação, que passariam de seis para oito meses. Isso significa que os futuros tripulantes da ISS passariam um período semelhante ao dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que ficaram um tempo considerável a bordo devido a circunstâncias imprevistas.

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A terceira medida em estudo seria o cancelamento de atualizações para o Alpha Magnetic Spectrometer (AMS), um instrumento científico instalado na parte externa da estação, usado para buscar evidências da matéria escura. A matéria escura, detectada apenas indiretamente até o momento, representa um dos maiores desafios científicos do século XXI.

Ainda não está claro se essas medidas serão suficientes para ajustar as atividades ao orçamento proposto e se elas representam a melhor forma de utilizar o laboratório espacial. O que se observa é uma tendência de retração das atividades tripuladas dos EUA em órbita terrestre baixa, o que contrasta com os planos da China.

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Expansão Chinesa Contrasta com a Redução de atividade em estação espacial da NASA

Enquanto os Estados Unidos consideram reduzir o uso da ISS, a China planeja expandir sua estação espacial Tiangong. Wang Jue, representante da Corporação Aeroespacial de Ciência e Tecnologia da China (CASC), declarou à emissora estatal CCTV que há planos para lançar novos módulos para o complexo orbital.

O primeiro módulo a ser lançado seria uma expansão multifuncional com seis portas de acoplagem, permitindo futuras ampliações. Paralelamente, o programa espacial chinês iniciou o treinamento de astronautas paquistaneses, que em breve viajarão à Tiangong. A China também está negociando com outros países para levá-los a bordo de sua estação espacial.

Além disso, uma nova cápsula está em desenvolvimento, com duas versões: uma para futuras missões lunares (a China planeja pousar na Lua em 2029) e outra para transportar até sete astronautas por vez à estação Tiangong.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.