Neuralink, de Elon Musk, expande testes de chips cerebrais para o Reino Unido

A Neuralink, de Elon Musk, expande testes de chips cerebrais para o Reino Unido. Saiba como a tecnologia pode mudar a vida de pacientes com paralisia.
Atualizado há 1 dia atrás
Neuralink, de Elon Musk, expande testes de chips cerebrais para o Reino Unido
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
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A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, está ampliando seus testes clínicos no exterior, agora no Reino Unido. Após a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do país, a companhia planeja implantar chips cerebrais em sete pacientes com paralisia grave, proveniente de lesões na medula espinhal ou doenças como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Esses dispositivos, do tamanho de uma moeda, permitirão que voluntários controlem smartphones e tablets apenas com o pensamento, representando um avanço na interface cérebro-computador (BCI).

A iniciativa do Reino Unido se soma aos testes já realizados nos Estados Unidos, onde cinco pacientes receberam o implante desde o começo de 2024. A Neuralink destaca que esse estudo é um passo importante para tornar essa tecnologia acessível a pessoas com distúrbios neurológicos pelo mundo. A colaboração com instituições como a University College London Hospitals Trust reforça a seriedade da pesquisa, buscando um avanço que pode transformar vidas.

Segundo a Neuralink, pessoas com paralisia devido à esclerose lateral ou lesões na medula espinhal podem participar do estudo. A tecnologia que envolve esses chips cerebrais da Neuralink permitiria um controle direto de dispositivos móveis pela mente, um avanço considerado significativo na interface cérebro-computador. Contudo, essa expansão inclui debates éticos e regulatórios que envolvem segurança, privacidade e riscos associados.

Situação ética e desafios técnicos

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Contudo, a expansão da Neuralink não passa sem polêmicas. Especialistas levantam questões éticas sobre a falta de regulamentações claras, além do potencial risco de controle indevido. A empresa também enfrentou críticas relacionadas à testes em animais, onde aproximadamente 1.500 deles morreram durante o desenvolvimento.

Além disso, um dos testes em humanos gerou preocupações após a retração de fios do chip em um dos pacientes. Apesar da Neuralink afirmar que ajustou o algoritmo para melhorar a segurança, esse incidente reacendeu debates sobre os limites do procedimento. O desenvolvimento de chips cerebrais é promissor, mas ainda depende de avanços tecnológicos e de uma regulamentação adequada.

Para conferir como a tecnologia avança, há exemplos de outros setores, como a revelação de falhas de segurança em sistemas de software, evidenciando a importância da segurança em inovação tecnológica.

Embora os pesquisadores vejam potencial na área, a Neuralink precisará navegar por um cenário cheio de obstáculos legais e éticos. A esperança é que, com as devidas regulações, os chips cerebrais da Neuralink possam oferecer novas possibilidades de tratamento e comunicação para milhões de pessoas.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.