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- A arqueóloga Niède Guidon dedicou sua vida a preservar a Serra da Capivara, integrando a comunidade local ao trabalho de conservação.
- Se você se interessa por preservação ambiental e desenvolvimento comunitário, essa história mostra como a ciência pode gerar impacto social.
- O legado de Guidon inclui escolas rurais, inclusão de mulheres no mercado de trabalho e crescimento do turismo na região.
- O Museu da Natureza, criado em 2018, é um exemplo do desenvolvimento econômico e social impulsionado por seu trabalho.
A arqueóloga Niède Guidon, que dedicou sua vida a preservar serra da Capivara, deixou um legado que vai além das descobertas científicas. Moradores da região contam como ela transformou a realidade local, integrando a comunidade ao trabalho de conservação do parque nacional.
O legado de Niède Guidon na região
Raimundo de Lima Miranda Júnior, dono de um hotel próximo ao parque, lembra que Guidon sempre dizia estar preparando a comunidade para continuar o trabalho após sua partida. “Ela nos mostrou que preservar serra da Capivara poderia ser uma fonte de renda”, conta Júnior, que trabalhou 12 anos com a arqueóloga.
As escolas rurais criadas por Guidon foram fundamentais nesse processo. Entre 1989 e 2001, cerca de 2.500 crianças passaram por essas instituições, que ofereciam educação, alimentação e atendimento médico. Júnior foi um desses alunos e hoje vê o turismo crescer na região, como a pesquisadora previa.
Transformação econômica e social
Talita Aparecida Landim de Souza, guia do parque, destaca como Guidon promoveu a inclusão das mulheres no mercado de trabalho. “Ela contratava mulheres para as guaritas e para trabalhar nas escolas”, explica Talita, que também atuou reproduzindo pinturas rupestres em cerâmica.
A criação do Museu da Natureza em 2018 impulsionou o turismo, permitindo que moradores como Júnior investissem em negócios locais. Seu hotel, que começou com três apartamentos, hoje tem 23 unidades – um reflexo do desenvolvimento que Guidon ajudou a construir.
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Como mostra a história de outros projetos de preservação, o trabalho de Guidon demonstra como a integração entre ciência e comunidade pode gerar resultados duradouros.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo