Nigéria processa Binance por danos econômicos de R$ 79,51 bilhões

Nigéria entra com ação contra a Binance, buscando R$ 79,51 bilhões e R$ 2 bilhões em impostos atrasados.
Atualizado há 1 dia
Processo da Binance na Nigéria

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O governo federal da Nigéria está processando a Binance Holdings Limited, exigindo 81,5 bilhões de dólares em impostos atrasados e danos econômicos. A acusação, apresentada ao Tribunal Superior Federal em Abuja, alega que a exchange de criptomoedas não se registrou nas autoridades fiscais nigerianas e contribuiu para a desvalorização da naira. Este caso é o terceiro Processo da Binance na Nigéria em andamento no país, aumentando os problemas legais da empresa.

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Binance sob ataque na Nigéria

De acordo com um relatório da Reuters, o processo, movido pelo Serviço Federal de Receita Interna (FIRS) sob o número FHC/ABJ/CS/1444/2024, busca 2 bilhões de dólares em impostos de renda não pagos referentes a 2022 e 2023. Adicionalmente, o governo nigeriano exige 79,51 bilhões de dólares como compensação por perdas econômicas supostamente ligadas às operações da Binance no país.

A Binance e dois de seus executivos, Tigran Gambaryan e Nadeem Anjarwalla, são acusados de violar as leis nigerianas, incluindo o não cumprimento das regulamentações fiscais e operar sem o devido registro. Em uma batalha legal separada, tanto o FIRS quanto a Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC) também acusaram a empresa de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e violações de câmbio.

As reivindicações financeiras no processo incluem uma penalidade de 10% por não pagamento de impostos, uma taxa de juros anual de 26,75% – a taxa de empréstimo vigente do Banco Central da Nigéria (CBN) – sobre os impostos pendentes de janeiro de 2023 a janeiro de 2024, e outras penalidades estatutárias.

O governo nigeriano argumenta que a Binance ocultou suas atividades comerciais, apesar de ter uma presença econômica substancial no país. O FIRS alega que a Binance violou a Lei de Imposto de Renda das Empresas, a Lei de Estabelecimento do FIRS de 2007, a estrutura regulatória do CBN para serviços de dinheiro móvel e a Ordem de Presença Econômica Significativa (SEP).

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Nigéria alega operação ilegal da Binance por 6 anos

A Ordem SEP, introduzida em maio de 2020, exige que provedores de serviços digitais estrangeiros que ganham pelo menos 25 milhões de nairas anualmente na Nigéria paguem imposto de renda corporativo. Uma declaração de Jimada Yusuf, membro da Equipe Especial de Investigação da Nigéria, afirma que a Binance operou no país por mais de seis anos sem o devido registro.

Durante uma reunião em 2024 com a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), executivos da Binance admitiram ter 386.256 usuários nigerianos ativos, 21,6 bilhões de dólares em volume de negociação e 35,4 milhões de dólares em receita líquida para 2023. A declaração acusou a Binance de não possuir as licenças necessárias, violar a Lei de Lavagem de Dinheiro, oferecer serviços financeiros não autorizados e se envolver em especulação cambial.

Apesar de alegar ter retirado a naira da listagem, a exchange supostamente continuou a negociá-la. A acusação também afirma que a Binance se recusou a fornecer seis anos de registros comerciais, apesar de uma ordem judicial. Em 11 de fevereiro de 2025, o Tribunal Superior Federal, liderado pelo Juiz Inyang Ekwo, concedeu uma moção para citação por meio de substituição após a equipe jurídica da Binance não comparecer. O caso foi adiado para 3 de março.

O FIRS também busca uma decisão de que a Binance é responsável pelo imposto de renda corporativo devido à sua grande presença econômica. Este processo aumenta os crescentes problemas legais da Binance na Nigéria, onde agora enfrenta quatro acusações relacionadas a impostos. Embora a Binance tenha alegado estar cooperando com os reguladores, ainda não respondeu ao caso mais recente.

Implicações do Processo da Binance na Nigéria

A reivindicação sem precedentes da Nigéria de 81,5 bilhões de dólares contra a Binance levanta algumas questões: quando plataformas descentralizadas transcendem fronteiras, quem arca com o custo de sua disrupção? Mais importante, enquanto os reguladores em todo o mundo lutam para tributar e rastrear a economia paralela das criptomoedas, a postura agressiva da Nigéria – ligando a atividade de câmbio à desvalorização da moeda – poderia inspirar outras nações devastadas pela inflação a usar códigos tributários como armas contra plataformas offshore.

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A situação da Binance na Nigéria lança luz sobre os desafios regulatórios enfrentados pelas exchanges de criptomoedas em todo o mundo. A Polícia Alerta sobre Aumento de Fraudes por SMS em Usuários de Cripto e a necessidade de maior supervisão e conformidade. A ação da Nigéria pode influenciar outros países a adotarem medidas mais rigorosas contra empresas de criptomoedas que operam em suas jurisdições sem a devida regulamentação.

Para complementar, recentemente a Plataforma DeFi MANTRA Finance Conquista Licenciamento VASP em Dubai, mostrando que a regulamentação de criptomoedas está avançando em outros países.

O resultado do Processo da Binance na Nigéria poderá ter um impacto significativo no futuro da empresa e na forma como as exchanges de criptomoedas são regulamentadas em todo o mundo. A Nigéria parece determinada a responsabilizar a Binance por suas operações no país, e este caso pode servir como um precedente para outras nações que buscam regular o setor de criptomoedas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Cryptonews

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.