Notas de professores e IAs sobre redações feitas por ChatGPT

Compare a avaliação do ChatGPT em redações com a de outras IAs e professores, analisando limites e possibilidades da inteligência artificial na educação.
Atualizado há 2 dias atrás
Notas de professores e IAs sobre redações feitas por ChatGPT
A IA na educação deve complementar, não substituir, a avaliação humana. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Um teste realizado pela França mostrou que o ChatGPT recebeu nota baixa em uma redação de filosofia avaliada por humanos.
    • O objetivo é avaliar o desempenho do ChatGPT e entender sua utilidade na educação.
    • Essa avaliação pode ajudar a entender os limites da IA na escrita e na correção de textos.
    • Outras IAs, por sua vez, avaliaram a mesma redação com notas mais altas, destacando diferenças na avaliação automatizada.
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ChatGPT na Redação: IA tira nota baixa em Filosofia, mas agrada outros bots


Um teste curioso realizado pela emissora francesa France 3 revelou que o ChatGPT na redação de filosofia tirou uma nota baixa na correção humana. Em contraste, outras inteligências artificiais avaliaram o mesmo texto com pontuações bem mais altas. O experimento pediu à IA da OpenAI para escrever sobre a questão filosófica “A verdade é sempre convincente?”, avaliando o desempenho do ChatGPT na redação.

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    <img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30185108723008.jpg" alt="Um braço robótico segurando uma caneta, escrevendo uma redação de filosofia, simbolizando a participação do ChatGPT na redação." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30185108723009.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30185108801010.jpg 500w," sizes="100vw">
    <figcaption>A redação feita pelo ChatGPT tinha a filosofia como tema. (Imagem: Getty Images)</figcaption>
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<h2>Por que o ChatGPT na redação tirou uma nota baixa?</h2>

<p>A professora responsável pela correção da redação, que estava ciente do uso da tecnologia, tinha o objetivo de ser o mais objetiva possível na avaliação. Mesmo com essa premissa, a profissional da área de educação atribuiu uma pontuação considerada baixa ao texto gerado pela inteligência artificial: <b>8 pontos em 20</b>.</p>

<p>Um dos pontos cruciais para a nota baixa foi um erro no início do texto. O <i>chatbot</i> substituiu o tema principal da redação por outro tópico na introdução, alterando a pergunta original. Ele escreveu: “Isso levanta a questão: a verdade é suficiente para convencer?”.</p>

<p>Além desse desvio inicial, a professora notou que o texto do ChatGPT estava repleto de frases prontas, o que levou a um uso excessivo de clichês. Essa característica comprometeu a originalidade e a profundidade da argumentação apresentada ao longo do ensaio filosófico.</p>

<p>Houve também momentos em que a IA demonstrou confusão, perdendo a linha de raciocínio que havia sido proposta. No geral, a avaliação da professora concluiu que o texto era superficial, mostrando uma aparente dificuldade da inteligência artificial em refletir de forma mais aprofundada sobre a questão levantada, mesmo que o tema principal tenha sido retomado na conclusão. Essa análise detalhada da performance do ChatGPT na redação aponta para limites específicos da IA em certos tipos de escrita.</p>

<p>Em contraste com a avaliação humana, outras ferramentas de inteligência artificial apresentaram resultados bem mais generosos. O texto da OpenAI recebeu uma nota de 15 pontos quando corrigido pelo <a href="https://tekimobile.com/noticia/gestao-tarefas-gemini-agende-comandos-facilmente/">Gemini</a>, mostrando uma perspectiva diferente na correção. O <a href="https://tekimobile.com/noticia/novas-funcionalidades-microsoft-365-copilot-2025/">Copilot</a>, junto com Perplexity e DeepSeek, deu 17 pontos.</p>

<p>Até mesmo o próprio ChatGPT foi convidado a corrigir seu texto. A nota foi 17 quando a análise foi solicitada pelo site <i>GameStar</i>, e surpreendentes 19,5 pontos na avaliação pedida pela <i>France 3</i>. Isso destaca uma potencial diferença na forma como IAs se avaliam.</p>

<p>Todos esses <i>bots</i> elogiaram a redação do “rival”, mencionando aspectos como argumentação coerente, capacidade de convencimento e uma boa estrutura de escrita. Interessante notar que nenhuma dessas inteligências artificiais conseguiu identificar o erro fundamental apontado pela professora na introdução do texto do ChatGPT na redação.</p>

<p>Para quem tem curiosidade, a redação completa criada pela inteligência artificial e todas as correções detalhadas da educadora podem ser conferidas diretamente neste <a href="https://france3-regions.franceinfo.fr/hauts-de-france/nord-0/lille/bac-de-philosophie-2025-une-ia-defiee-sur-un-sujet-de-l-examen-une-professeure-corrige-la-copie-decouvrez-sa-note-3171654.html">link</a>. É uma chance de ver de perto o desempenho da IA.</p>

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    <img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30190245780011.jpg" alt="Tela de celular exibindo diversos ícones de aplicativos de inteligência artificial, representando as diferentes IAs que avaliaram a redação do ChatGPT." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30190245873012.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/30/30190245967013.jpg 500w," sizes="100vw">
    <figcaption>Nas correções feitas por outras IAs, as notas foram maiores que a da professora. (Imagem: Getty Images)</figcaption>
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<h2>IAs como aliadas na preparação de aulas</h2>

<p>Quando a inteligência artificial começou a se popularizar, muitos professores viram a tecnologia como algo problemático. Isso porque alguns alunos a utilizavam de forma indevida, colocando os <i>bots</i> para fazerem as tarefas de casa, gerando preocupações sobre a originalidade e o aprendizado. A percepção inicial era de um desafio.</p>

<p>No entanto, a situação mudou bastante e, hoje, a inteligência artificial tem se transformado em uma ferramenta poderosa e um suporte valioso para a educação. Ela pode otimizar diversos processos, desde o planejamento até a execução das atividades pedagógicas.</p>

<p>Um levantamento feito pela Gallup em parceria com a Walton Family Foundation, realizado em abril, ouviu mais de 2 mil professores de escolas públicas nos EUA. A pesquisa revelou que <b>60% dos educadores</b> utilizaram ferramentas de IA em sala de aula no último ano letivo.</p>

<p>Essa presença da inteligência artificial foi mais notável em salas de aula do ensino médio, onde a demanda por recursos didáticos pode ser mais complexa. A pesquisa mostra uma crescente adoção e integração dessas tecnologias no ambiente educacional.</p>

<p>De modo geral, ferramentas como o <a href="https://tekimobile.com/noticia/como-openai-gera-receita-chatgpt-mesmo-oferecendo-servico-gratis/">ChatGPT</a> e seus concorrentes auxiliam de diversas maneiras no <a href="https://tekimobile.com/noticia/tecnologia-ia-transforma-planejamento-viagens-no-brasil/">planejamento das aulas</a>. Eles sugerem temas para discussão, propõem abordagens diferenciadas para o conteúdo e podem até realizar traduções em escolas bilíngues.</p>

<p>A criação de questionários e planilhas é outra área onde as IAs são muito úteis. Elas também colaboram na correção de provas e na redução de burocracia, liberando tempo para os educadores focarem mais nas atividades pedagógicas. Essa <a href="https://tekimobile.com/noticia/integracao-agentes-ia-esta-transformando-trabalho-nas-empresas/">integração de agentes de IA está transformando o trabalho nas empresas</a> e na educação.</p>

<p>Apesar da crescente presença e dos benefícios da inteligência artificial nas salas de aula, aproximadamente metade dos professores entrevistados ressaltou a importância de usar a tecnologia com moderação. Essa cautela visa garantir que a IA seja uma ferramenta complementar, e não um substituto para o pensamento crítico e a interação humana.</p>

<p>Atualmente, mais de 20 estados americanos já possuem orientações específicas sobre como aproveitar a inteligência artificial na educação. O objetivo principal dessas diretrizes é evitar abusos no uso da tecnologia e assegurar que ela contribua positivamente para o aprendizado dos alunos.</p>

<p><i>Este conteúdo foi <b>auxiliado</b> por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.</i></p>


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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.