Novas tarifas dos EUA não incluem GPUs gamers, mas preços podem subir por taxas antigas

As novas tarifas dos EUA não afetam GPUs gamers, mas taxas antigas de 20% podem pressionar os preços. Saiba como isso impacta seu bolso.
Atualizado há 6 dias
Novas tarifas dos EUA não incluem GPUs gamers, mas preços podem subir por taxas antigas
Novas tarifas dos EUA não afetam GPUs gamers, mas taxas antigas podem aumentar preços. (Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • As novas tarifas de importação dos EUA para a China não incluem GPUs gamers, evitando aumento imediato nos preços.
    • Você pode sentir no bolso os efeitos das tarifas antigas de 20% que ainda afetam as GPUs e outros componentes.
    • Os preços das GPUs podem subir gradualmente conforme os estoques atuais se esgotam e as tarifas antigas são repassadas.
    • Consumidores que planejam upgrades devem monitorar o mercado para evitar gastos excessivos.
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A administração de Donald Trump impôs novas tarifas de importação para a China, mas deixou as placas de vídeo gamers fora da lista, o que deve evitar um aumento imediato nos preços de GPUs gaming. Mesmo assim, elas continuam afetadas por antigas tarifas de aproximadamente 20%, o que pode fazer o consumidor sentir no bolso essa cobrança acumulada nas próximas semanas.

Como as novas tarifas podem afetar os preços de GPUs gaming

A disputa comercial entre Estados Unidos e China ganhou força nos últimos meses, com os dois países elevando taxas para produtos importados. Embora as novas tarifas chamadas de “recíprocas” pudessem encarecer vários componentes eletrônicos, segundo documento federal citado pelo site PCMag, placas de vídeo gamers da NVIDIA, AMD e Intel foram oficialmente excluídas do pacote recente, escapando de uma elevação de custos que poderia chegar a 100%.

Apesar deste alívio momentâneo, essas GPUs já estavam sob impacto de tarifas anteriores que incidem principalmente sobre insumos como alumínio. Essas cobranças, na casa dos 20%, também atingem acessórios de PC, como explica o relatório. Ou seja, mesmo sem as tarifas extras da nova rodada, a tendência é que os valores nas prateleiras permaneçam elevados ou até aumentem, conforme o mercado absorve os efeitos dessas taxas já existentes.

Segundo analistas, o estoque das lojas ainda contém muitos produtos importados antes da entrada dessas tarifas novas, o que mantém os valores estáveis por pouco tempo. Assim que essa mercadoria se esgotar, a cadeia de suprimentos tende a repassar o aumento de custos aos consumidores. A expectativa é de que esse ajuste aconteça gradualmente, começando ainda em abril e se ampliando a partir de maio, pressionando os preços de GPUs gaming.

Nesse cenário de incertezas, consumidores que pensam em montar ou atualizar seus PCs devem considerar o momento da compra, já que modelos como as GeForce RTX 50 ou Radeon RX 9000 podem ficar mais caros. A dificuldade em encontrar peças novas com preços considerados razoáveis pode aumentar, colocando mais obstáculos para quem procura hardware atual para jogos exigentes.

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Reflexos da disputa comercial no setor de tecnologia

As sanções tarifárias têm potencial para mexer com toda a cadeia global de eletrônicos. Sem uma definição para a crise, especialistas apontam que o ambiente atual deixa negócios com menos previsibilidade. Fabricantes de componentes semicondutores, como CPUs e GPUs, têm sua produção muito dependente da cadeia asiática, o que torna o setor vulnerável às decisões políticas e econômicas feitas de modo unilateral.

O governo norte-americano publicou uma lista com quinze categorias distintas de semicondutores afetados pela nova rodada, entre eles circuitos integrados eletrônicos e microensambles. No entanto, o código tarifário específico de GPUs para jogos acabou não sendo incluído. Essa exclusão temporária evita maiores pressões de custo nessa linha de produto, mesmo que a produção de placas de vídeo siga encarecida pelos tributos prévios sobre matérias-primas.

Enquanto isso, outras áreas da tecnologia já sentem os reflexos. Empresas como fabricantes de placas-mãe e notebooks podem repassar aumentos aos consumidores devido às novas tarifas. Produtos eletrônicos, smartphones e componentes de computação pessoal provavelmente terão reajustes, num efeito dominó que pode se espalhar por todo o ecossistema digital, como aconteceu quando a TSMC enfrentou problemas com exportações.

A situação instável ameaça o planejamento para lançamentos futuros, tanto de novos modelos de placas gráficas quanto de consoles ou PCs montados. Com menos clareza sobre oferta e custo, fabricantes precisam repensar margens e prazos, o que pode levar a atrasos ou a lançamentos com preços mais altos, distantes do alcance inicial de boa parte da base de consumidores.

Mercado global, estoques e pressão sobre os consumidores

Atualmente, o mercado trabalha com estoques adquiridos antes dessas imposições tarifárias recentes. Quando essas unidades se esgotarem, os varejistas devem se ver obrigados a ajustar os valores, refletindo os custos maiores impostos pelas tarifas anteriores sobre matérias-primas, mesmo que os aumentos não estejam ligados diretamente ao novo pacote.

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Distribuidores e fabricantes evitam absorver integralmente a alta nas taxas, preferindo compartilhar a diferença com os varejistas e, por fim, com os consumidores. A cadeia acaba pressionando os preços de compras finais, podendo provocar aumentos progressivos. Dessa forma, placas populares como as RTX 5070, que inclusive já registraram variações recentes de preço no Japão, tendem a ser impactadas, com reajustes em outros mercados também.

Além dos preços de GPUs gaming, outras categorias relacionadas devem sofrer reajustes, como memórias, SSDs e periféricos. Fabricantes menores podem demorar mais para repor estoque, desfavorecendo promoções e oferta ampla. Esse cenário desfavorece quem busca montar sua própria máquina ou fazer upgrades acessíveis, aumentando dificuldades para quem procura desempenho em jogos de alta performance.

Segundo especialistas do mercado internacional, essa dinâmica inflacionária torna o planejamento para os fabricantes um desafio maior. Elementos como linhas de produção, transporte e margens de lucro dependem cada vez mais das decisões políticas e fiscais tomadas pelo governo norte-americano. A instabilidade ameaça, inclusive, o segmento mobile e de computadores portáteis, como relatado durante a suspensão de vendas pela Razer nos Estados Unidos.

Como consequência, quem deseja adquirir um computador ou fazer upgrade pode ter que buscar alternativas, incluindo considerar reparos em dispositivos atuais como forma temporária de economia frente ao cenário tarifário, como apontam algumas análises focadas no setor.

Cadeia de suprimentos e próximos passos da indústria

A relação Estados Unidos-China ainda promete novos capítulos, o que reforça incertezas sobre as cadeias de fornecimento. Partes eletrônicas e matérias-primas continuam com circulação limitada, fatores que podem elevar os custos logísticos e, consequentemente, os custos finais para o consumidor de tecnologia.

Empresas como NVIDIA, AMD e Intel dependem de redes asiáticas para obtenção de peças e montagem. Embora placas de vídeo tenham escapado do aumento imediato via tarifa recíproca, o custo geral da produção globalizada permanece vulnerável, garantindo que o consumidor sinta impactos por outros meios.

Outro ponto levantado por analistas é que a dificuldade de importar modelos topo de linha leva a um foco maior em reduzir custos dentro dos próprios Estados Unidos, com a federalização da produção sendo considerada, como já foi discutido sobre levar a produção de iPhones ao solo norte-americano, ainda que especialistas considerem essa transição complexa e cara para curto prazo.

Paralelamente, outros fabricantes estão anunciando aumentos de preço diretamente relacionados às tarifas. Modelos de notebooks, placas-mãe e acessórios começam a custar mais em função da elevação de custos. Assim, o consumidor final, especialmente quem busca desempenho para jogos ou trabalho pesado em PCs, continua exposto às oscilações provocadas pela guerra comercial.

Esse quadro reforça a necessidade de monitorar cuidadosamente as variações para quem pretende comprar novas GPUs ou equipamentos relacionados. O comportamento do mercado nos próximos meses será decisivo para definir quando e quanto os consumidores devem pagar para garantir uma placa atualizada, seja ela para jogos ou outras tarefas exigentes.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.