Novo imposto para serviços de streaming pode aumentar custo para assinantes no Brasil

Projeto de lei propõe taxar plataformas de streaming em 6% do faturamento, o que pode aumentar o preço para os usuários. Saiba mais.
Novo imposto para serviços de streaming pode aumentar custo para assinantes no Brasil
Projeto de lei pode elevar preços de streaming com nova taxa de 6% sobre faturamento. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Um projeto de lei propõe taxar plataformas de streaming em 6% do faturamento, como Netflix e Amazon Prime Video.
    • Se aprovado, o imposto pode aumentar o custo das assinaturas para os usuários no Brasil.
    • A medida busca financiar o cinema nacional, mas pode gerar debates sobre o impacto no setor.
    • As plataformas já estão se movimentando para negociar termos mais favoráveis.
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Netflix e outros serviços de streaming podem ter novidades em breve! Está em discussão um projeto de lei (PL 2331/2022) que visa regulamentar o mercado e criar uma nova contribuição para o desenvolvimento do cinema nacional (Condecine). A proposta, que já passou pelo Senado, agora está na Câmara dos Deputados e pode impactar diretamente o bolso dos assinantes. Entenda o que pode mudar e como as empresas estão se preparando.

O que muda com o novo Imposto para streamings?

A proposta inicial do PL 2331/2022, apresentada pelo Senador Nelsinho Trad (PSD/MS) em maio de 2024, sofreu algumas alterações ao chegar na Câmara dos Deputados. Uma das principais mudanças é o aumento da taxa que as plataformas de streaming deverão pagar. A ideia é que serviços como Netflix, Amazon Prime Video e outros, passem a contribuir com 6% de seu faturamento bruto, um aumento em relação aos 3% previstos inicialmente.

Além disso, o projeto de lei pode ganhar um novo nome: Lei Toni Venturi, em homenagem ao cineasta que presidiu a Associação Paulista dos Cineastas em 2001 e faleceu em 2024. Essa mudança é uma forma de reconhecer a importância do profissional para o cinema nacional. As discussões sobre a regulamentação dos serviços de streaming estão a todo vapor e prometem gerar debates nos próximos meses.

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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) é a relatora da nova versão do PL 2331/2022. Além da contribuição para o Condecine, a proposta também exige que 10% do catálogo das plataformas de streaming seja composto por obras nacionais. Essa medida busca incentivar a produção e valorização do conteúdo audiovisual brasileiro. Vale lembrar que essa proposta é diferente do PL 8889/2017, que sugere que os streamings invistam 10% de seu faturamento bruto em obras nacionais.

Incentivos para quem investir no audiovisual brasileiro

A Lei Toni Venturi também prevê uma forma de compensar as empresas que investirem no audiovisual brasileiro. As plataformas que licenciarem ou pré-licenciarem conteúdo independente poderão ter um desconto de até 60% na nova contribuição do Condecine. Essa medida busca estimular o investimento direto na produção nacional, incentivando a criação de novas obras e o desenvolvimento do setor.

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Apesar dos incentivos, a proposta ainda deve passar por diversas alterações antes de ser aprovada. As plataformas de streaming e o setor audiovisual têm diferentes opiniões sobre o tema, e devem pressionar por mudanças no texto. Entidades representativas dos produtores de conteúdo defendem que as plataformas paguem 12% de Condecine, e consideram as deduções propostas “excessivamente generosas”.

O Ministério da Cultura também se manifestou sobre o assunto. Em nota enviada à Folha de S. Paulo, o órgão se mostrou favorável a um texto substituto aos dois projetos em tramitação na Câmara. As negociações estão em andamento e o futuro da regulamentação dos streamings ainda é incerto. Para mais informações sobre o assunto, você pode conferir 10 notícias de tecnologia para você começar o dia (10/04) e ficar por dentro das novidades.

Como as empresas estão reagindo ao possível imposto

Enquanto a regulamentação não é aprovada, as empresas de streaming já estão se movimentando para tentar evitar as novas taxas, ou ao menos influenciar na criação de termos mais favoráveis. A Netflix, por exemplo, anunciou recentemente que vai investir R$ 5 milhões na reforma da Cinemateca Brasileira, utilizando a Lei Rouanet. Essa iniciativa pode ser vista como uma forma de demonstrar o compromisso da empresa com a cultura nacional.

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A Netflix também declarou que pretende financiar salas de cinema em instituições de ensino e promover ações que incentivem o turismo no Brasil. No entanto, essas ações não devem impedir o governo de taxar as plataformas e obrigá-las a investir em produções nacionais. O governo segue firme na intenção de regulamentar o setor, buscando uma forma de equilibrar os interesses das empresas e o fomento da cultura brasileira.

O Ministério da Cultura informou à Folha de S. Paulo que ainda não chegou a um acordo com os deputados, mas que as conversas continuam. O objetivo é encontrar uma solução que atenda aos interesses de todos os envolvidos. “As conversas com parlamentares e integrantes do Governo fazem parte da dinâmica e são saudáveis para a construção de consensos”, afirmou o Ministério em nota. Para saber mais sobre o assunto, você pode conferir esta notícia que fala sobre o celulares liderarem as transações financeiras no Brasil em 2024.

Além disso, fique ligado para não perder a Temporada 7 de Black Mirror que chega à Netflix com novos episódios e elenco estrelado.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.