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- A Nvidia não criará novos modelos de chips para contornar as restrições de exportação dos EUA à China.
- Você pode ver como as disputas comerciais afetam a disponibilidade de tecnologia avançada no mercado.
- O setor de tecnologia global enfrenta incertezas devido às restrições e à queda nas vendas da Nvidia.
- A empresa busca diversificar mercados e parcerias para reduzir dependência da China.
A Nvidia (NVDC34) não planeja criar novos modelos de chips para contornar as restrições de exportação para a China impostas pelos EUA, estratégia utilizada nos últimos anos. A empresa aguarda definições sobre os bloqueios, enquanto vê concorrentes ganhando espaço na China e busca diversificação. A guerra comercial impacta todo o ecossistema tecnológico global.
Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da Nvidia para a América Latina, informou que a empresa está aguardando a decisão do governo americano sobre as vendas para a China. A escalada da guerra comercial afetou não só a Nvidia, mas todo o setor de tecnologia que atende a segunda maior economia do mundo.
Desde que a venda dos modelos mais avançados da Nvidia para a China foi proibida pelo governo de Joe Biden, a participação de mercado da empresa caiu de 95% para 50%. Para mitigar essa perda, a Nvidia desenvolveu versões adaptadas de seus chips, que atendiam às especificações de importação dos EUA.
Inicialmente, a Nvidia criou a H100, ajustada ao limite tecnológico permitido pelas normas americanas para exportação à China. Após uma nova proibição, a empresa desenvolveu a H20, também dentro dos limites tecnológicos permitidos para o mercado chinês.
Em 9 de abril de 2025, o governo de Donald Trump intensificou as restrições, proibindo a venda dos chips H20.
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Essa medida resultou em uma redução de US$ 2,5 bilhões nas vendas do primeiro trimestre, conforme divulgado no balanço da empresa. A Nvidia registrou uma baixa contábil de US$ 4,5 bilhões devido ao estoque parado, referente ao período de 9 a 27 de abril, último dia do trimestre avaliado.
Para minimizar as perdas, a Nvidia desmontou algumas GPUs que utilizavam o chip H20, aproveitando as peças em produtos destinados a outros mercados, conforme explicou Aguiar. Parte dos componentes que não haviam sido montados também foi utilizada.
Apesar dessas dificuldades, a Nvidia apresentou um lucro líquido de US$ 18,77 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2026. O valor ajustado foi de US$ 19,89 bilhões, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2024. A receita total atingiu US$ 44,06 bilhões, superando em 69% as expectativas do mercado. Que tal conhecer um pouco sobre o MDIC que propõe descentralização de data centers para impulsionar tecnologia no Brasil?
Projeção conservadora da Nvidia
O cenário de disputas com a China tornou as projeções da Nvidia mais conservadoras. A previsão de receita, no jargão do mercado, ficou em um patamar similar aos resultados atuais, US$ 45 bilhões. Esse valor já considera uma perda de US$ 8 bilhões devido ao controle de exportações.
“O mercado financeiro e o mercado de tecnologia nos veem como um termômetro”, afirmou Aguiar. Ele acredita que o governo americano está percebendo que restringir o acesso às últimas gerações de hardware e software para os chineses não é a melhor abordagem.
Na última quarta-feira, um tribunal americano suspendeu a maior parte das tarifas globais impostas por Trump nos últimos meses. No entanto, essa decisão não abrange a regulamentação específica sobre chips. Além disso, a decisão judicial não impacta diretamente as restrições de exportação de chips para a China.
Enquanto as decisões não avançam, a Nvidia busca alternativas. “Sentimos que existe muita incerteza nesse mandato do presidente Trump. Estamos firmando acordos, principalmente com nações no tema que chamamos de soberania de inteligência artificial”, relatou Aguiar.
Recentemente, a empresa anunciou a construção de supercomputadores nos Emirados Árabes Unidos e em Taiwan, além de uma nova geração de infraestrutura para IA nos Estados Unidos. Essa estratégia tem levado a Nvidia a expandir seu ecossistema com parceiros como Oracle, SoftBank e OpenAI.
A Atualização do HyperOS 2.2 e o futuro da Nvidia
A Nvidia tem buscado diversificar suas operações diante das restrições impostas pelos EUA, como vimos anteriormente. A empresa não só está investindo em novos mercados, mas também buscando parcerias estratégicas para fortalecer sua posição global.
A expansão para os Emirados Árabes Unidos e Taiwan, com a construção de supercomputadores, demonstra o compromisso da Nvidia em liderar a inovação em inteligência artificial. Essas iniciativas visam criar um ecossistema mais robusto e menos dependente de mercados específicos.
Enquanto aguarda as decisões do governo americano sobre as exportações para a China, a Nvidia continua a se adaptar e a buscar novas oportunidades. A empresa está focada em manter sua relevância no mercado global de tecnologia, mesmo diante de desafios geopolíticos.
As ações da Nvidia continuam sendo observadas de perto por analistas e investidores, que veem a empresa como um termômetro do setor de tecnologia. A capacidade da Nvidia de inovar e de se adaptar a um cenário global em constante mudança será fundamental para seu sucesso futuro. Não podemos esquecer que, o CEO da NVIDIA reconhece que Huawei compete com Grace Blackwell em IA.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via InfoMoney