O governo dos Estados Unidos tem avançado significativamente na luta contra o ransomware nos últimos quatro anos, conforme destacado pelo presidente Joe Biden. Desde o início de seu mandato, a administração Biden declarou o ransomware como uma ameaça à segurança nacional, permitindo que agências militares e de inteligência atuassem de forma mais eficaz. Como resultado, a infraestrutura de ransomware foi desmantelada, milhões em pagamentos de resgate foram recuperados e alguns dos operadores mais notórios foram alvo de sanções e acusações.
Apesar dessas ações, o número de ataques cibernéticos contra organizações nos EUA continua a aumentar, com 2024 se preparando para ser um ano recorde em ransomware. O presidente eleito Donald Trump, que assumirá o cargo em janeiro, herdará esse problema significativo. A indústria de cibersegurança está se preparando para mudanças nas políticas e regulamentos que podem ocorrer durante seu segundo mandato.
Marcin Kleczynski, CEO da Malwarebytes, expressou incertezas sobre o futuro das políticas de cibersegurança, mas enfatizou que os ataques cibernéticos não cessarão, independentemente de quem estiver no poder. Durante o primeiro mandato de Trump, houve uma abordagem mista em relação à cibersegurança, incluindo a criação da CISA, uma nova agência federal para proteger a infraestrutura crítica dos EUA.
Com a expectativa de uma onda de desregulamentação, há preocupações de que a redução do orçamento federal possa deixar as redes federais mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Isso ocorre em um momento em que as redes dos EUA já enfrentam ameaças de hackers apoiados por nações adversárias, como a China.
O ransomware continua a ser uma preocupação central, e especialistas alertam que a desregulamentação pode resultar em menos notificações de incidentes de ransomware e, consequentemente, em menor visibilidade sobre os pagamentos de resgate. A criação de uma coalizão internacional contra o ransomware pode ser comprometida se a abordagem do governo mudar para uma ênfase em autorregulação.
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Com um foco reduzido em regulamentações, um segundo mandato de Trump pode intensificar as capacidades ofensivas cibernéticas dos EUA, incluindo o uso de ataques de retaliação. Casey Ellis, fundador da Bugcrowd, prevê um aumento nas atividades de “hack-back” e uma continuidade na luta contra a infraestrutura de ransomware e operações cibernéticas criminosas.
O futuro da cibersegurança nos EUA, especialmente em relação ao ransomware, permanece incerto, mas a necessidade de uma resposta robusta e coordenada é mais crítica do que nunca.
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Via TechCrunch