Olavo Amaral desmistifica a torre de marfim da ciência em livro

Professor da UFRJ compartilha experiências e reflexões sobre a ciência no cotidiano em seu novo livro. Saiba mais!
Atualizado há 1 dia atrás
Olavo Amaral desmistifica a torre de marfim da ciência em livro
Professor da UFRJ traz reflexões sobre ciência no cotidiano em seu novo livro. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Olavo Amaral, professor da UFRJ, questiona a metáfora da torre de marfim da ciência em seu livro.
    • O livro propõe uma imersão no mundo real para entender a ciência além da academia.
    • A abordagem pode inspirar cientistas e leitores a repensar como o conhecimento é compartilhado.
    • A experiência de Amaral mostra como a ciência é influenciada pelo mundo exterior.
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A ciência, vista do térreo, oferece novas perspectivas. Olavo Amaral, professor da UFRJ, compartilha suas experiências e reflexões sobre a ciência fora da academia. Em vez de disseminar conhecimento de cima para baixo, ele propõe uma imersão no mundo real, escutando diferentes vozes e vivenciando a ciência no cotidiano. Essa abordagem revela que a torre de marfim da ciência talvez nunca tenha existido, com o mundo invadindo os laboratórios antes mesmo que os cientistas abram suas janelas.

Desmistificando a Torre de Marfim

A metáfora da torre de marfim, que representa a ciência acadêmica, nem sempre reflete a realidade. Para Olavo Amaral, essa imagem pode sugerir uma soberba, como se os cientistas vivessem em um plano superior. No entanto, ele questiona essa visão, argumentando que a ciência, muitas vezes, se assemelha mais a um castelo de cartas do que a uma fortaleza inexpugnável.

Amaral destaca que não é preciso “descer” da torre para interagir com a sociedade. A disseminação do conhecimento pode ser feita de outras formas, como através de alto-falantes e bons comunicadores. Contudo, ele reconhece que existem razões valiosas para se aproximar do mundo real e ver a ciência de outra perspectiva.

A Experiência de Olavo Amaral no Térreo

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Há nove anos, Olavo Amaral aceitou o desafio de escrever um livro sobre ciência, medicina e mercado. Em vez de usar sua suposta sabedoria acadêmica, ele adotou uma postura jornalística, buscando entender o mundo acadêmico a partir do térreo. Essa imersão o levou a entrevistar personagens diversos e a vivenciar situações inusitadas.

Durante quase uma década, ele interagiu com pacientes psiquiátricos, startupeiros da saúde, aviadores antivacinas e até se infiltrou em grupos de médicos bolsonaristas. Além disso, foi tratado por chatbots, teve seus dados genéticos hackeados e vendidos, e foi acusado de ser um assassino financiado por banqueiros. Todas essas experiências estão relatadas em seu livro “Na Saúde e na Doença”.

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Reflexões sobre a Imersão no Mundo Real e a Equipe liderada por criador do Xbox

Amaral ressalta que nem todos precisam passar por essa experiência. O mundo exterior pode ser um campo de batalha, com conflitos e paixões que dificultam a defesa da racionalidade. Portanto, ele encoraja aqueles que não se sentem à vontade a permanecerem em seus cantos, trabalhando em suas pesquisas. Ele acredita que esse trabalho é fundamental para o mundo.

No entanto, para quem decide se aventurar, ele recomenda descer para escutar, não apenas para disseminar conhecimento. Ser jornalista o forçou a ouvir pessoas que, em outros contextos, ele jamais levaria a sério. Essa abertura o permitiu descobrir que, por vezes, essas conversas podem ser surpreendentemente enriquecedoras. Além disso, essa experiência pode lembrar um pouco sobre como a equipe liderada por criador do Xbox trabalha para inovar, onde ouvir os usuários é um principio importante.

Os Impactos da Exposição e a Permeabilidade da Academia

Amaral alerta que a exposição pública pode afetar o cientista. Quanto mais se fala sobre um tema e quanto maior a audiência, mais difícil se torna mudar de opinião, especialmente nas redes sociais. Isso pode comprometer a isenção necessária para a pesquisa. Ele ressalva que defender a ciência exige, por vezes, deixar de lado o rigor científico e entrar no debate público com uma mentalidade de soldado.

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A pandemia de Covid-19 evidenciou a permeabilidade da academia ao mundo externo. A polarização de temas invadiu a medicina, criando “ciências paralelas” com diferentes corpos de evidências. Para quem está de fora, pode ser difícil discernir qual delas seguir, especialmente quando diletantes invadem as instituições. Essa situação demonstra como o mundo, com seus vieses e controvérsias, influencia a ciência.

A Ilusão da Torre e o Desafio da Isenção

Olavo Amaral conclui que a torre de marfim nunca existiu. Todos estão no térreo, expostos às influências externas. O verdadeiro desafio, portanto, não é descer da torre, mas tentar se elevar um pouco acima do chão para encontrar um espaço mais tranquilo. Um doutorado pode não ser suficiente para isso, mas um emprego estável pode ajudar, pois diminui a dependência de patrocínio.

Escapar do ruído do mundo é um esforço diário, ativo e solitário. É construir um banquinho, por menor que seja, e tentar pensar de forma mais isenta. Essa busca pela isenção é fundamental para a ciência, permitindo que ela se aproxime da verdade, mesmo que essa aproximação seja apenas parcial. Nesse sentido, a França e Alemanha lançam software colaborativo para reduzir dependência dos EUA.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via Folha de São Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.