OnePlus se destaca no mercado, mas precisa resolver problemas nas parcerias com operadoras

Parcerias OnePlus com operadoras: entenda os desafios e o impacto na venda do OnePlus 13 nos EUA e Reino Unido. Saiba mais!
Atualizado há 1 minuto
Parcerias OnePlus com operadoras

Outros destaques

Tarifas Trump sobre tecnologia
Onkyo NR6100 promoção
Apple Vision Pro vendas
Apple Vision Pro vendas
AMD Instinct MI400

Se você está de olho nos melhores smartphones do momento, precisa conhecer o mais novo flagship da OnePlus. O OnePlus 13, lançado há três semanas, já se firmou como um dos favoritos entre os aparelhos com Android. Após um mês de uso, fica claro o seu potencial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porém, um problema antigo persiste: as Parcerias OnePlus com operadoras. A maioria dos consumidores americanos compra seus telefones diretamente das operadoras. Apesar de uma breve tentativa, a OnePlus se afastou de firmar parcerias com elas, o que prejudica o OnePlus 13.

Por que as Parcerias OnePlus com operadoras são importantes nos EUA e Reino Unido?

Observando o histórico de marcas de smartphones de sucesso nos EUA, fica evidente a importância das parcerias com operadoras. Isso não se limita apenas aos EUA, mas nesses países, tais parcerias podem ser a diferença entre sucesso e fracasso para uma nova marca.

A experiência de trabalho com todas as operadoras do Reino Unido durante uma década mostrou que os clientes confiavam nelas como ponto de venda final. Por muitos anos, os clientes também dependiam dos vendedores das lojas. No entanto, a partir de 2012, com o lançamento do Galaxy S3 e o iPhone 5, houve uma mudança: mais clientes começaram a pesquisar produtos e planos de celular online, confiando em mecanismos de busca em vez de vendedores.

Apesar dessa mudança, as operadoras ainda influenciam fortemente o produto vendido, principalmente porque comprar um telefone online nos EUA ainda é mais complicado do que deveria ser. Isso permite que os vendedores direcionem as decisões de compra para seus próprios interesses, como a marca que oferece a maior comissão ou a venda mais fácil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também:

Clientes buscam aparelhos com qualidades como velocidade, eficiência e muitos recursos, como conectividade, memória RAM e armazenamento interno. Conheça alguns dos celulares Samsung 2024 mais desejados do mercado.

O sucesso do iPhone e a AT&T / O2 UK

Em 2007, houve uma grande mudança no papel das operadoras. Antes do lançamento do primeiro iPhone — exclusivo da AT&T nos EUA e da O2 no Reino Unido —, as operadoras tinham mais controle sobre o posicionamento, marketing e preço dos produtos do que as fabricantes de telefones. O preço de um telefone variava muito entre as operadoras, e as fabricantes tinham pouco controle sobre a identidade visual do software, os aplicativos pré-instalados e a experiência geral.

O interesse dos consumidores pelo iPhone, somado ao marketing da Apple e sua disposição em fechar um acordo de exclusividade com uma única operadora, significou uma grande mudança no relacionamento entre as duas partes principais. O iPhone impediu que as operadoras usassem suas táticas habituais. Como resultado, o preço do iPhone se tornou padronizado, independentemente de onde fosse comprado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A influência da Apple nesse relacionamento se resumia à sua disposição para investir em marketing. O efeito disso foi aumentar o interesse e a demanda do consumidor, facilitando as vendas para as operadoras. Marcas como BlackBerry, Nokia e Motorola não investiam tanto em marketing para promover seus telefones, confiando nas operadoras para isso.

O surgimento do Android como alternativa ao iPhone e a ascensão da LG e da Samsung mudaram ainda mais o mercado. No entanto, ao contrário do iPhone, o equilíbrio ainda pendia para as operadoras. Por isso, os primeiros telefones Android vinham com muitos aplicativos pré-instalados. As atualizações de software eram lançadas em cronogramas muito diferentes, e as operadoras geralmente tratavam os telefones Android como inferiores ao iPhone.

A única fabricante de Android a mudar isso e desenvolver um relacionamento semelhante ao da Apple foi a Samsung. À medida que construiu sua capacidade de marketing — ajudada consideravelmente por suas atividades em torno das Olimpíadas — e rapidamente se tornou a maior fabricante mundial de smartphones, passou a ter um relacionamento com as operadoras semelhante ao da Apple: menos aplicativos pré-instalados, menos variantes personalizadas de telefones com recursos ligeiramente diferentes e uma experiência mais homogênea entre as operadoras. Os efeitos foram impressionantes: Apple e Samsung representaram 90% das vendas em lojas de operadoras em 2020, facilitadas pelo fato de que vender telefones dessas duas marcas é muito mais simples do que vender qualquer outra coisa.

A OnePlus já tentou resolver este problema

É nesse contexto que a OnePlus precisa tentar resolver seu problema com as operadoras. A empresa já tentou fazer isso firmando parcerias com a T-Mobile nos EUA, bem como com a O2 — e depois com a Three — no Reino Unido. O relacionamento com a T-Mobile, em particular, se mostrou um tanto desafiador, pois os aparelhos da T-Mobile vinham com alguns aplicativos pré-instalados. Além disso, dependiam da T-Mobile para atualizações, em vez da OnePlus diretamente, o que ia contra a estratégia de produto da OnePlus de uma experiência de software limpa, simples e eficiente. E não se trata apenas de software.

Cada aparelho que uma operadora oferece precisa passar por testes rigorosos, o que significa que, mesmo que o fabricante tenha estabelecido um padrão específico que considere aceitável, esse aparelho pode não atender aos padrões da operadora em termos de desempenho de rede, duração da bateria e experiência geral.

Um bom exemplo é o OnePlus 13. Ele está definindo o padrão para telefones Android neste ano, mas é possível que a T-Mobile, a Verizon ou a AT&T não o certifiquem para uso em sua rede. Antes da mudança para o LTE, a Verizon, em particular, exigia rádios de rede CDMA, o que aumentava o custo geral. Com o 5G, obter a certificação da operadora para o OnePlus 13 provavelmente seria desafiador, pois ele não é compatível com o padrão 5G mmWave mais rápido, que é implementado apenas em alguns países.

Há também os recursos adicionais necessários para gerenciar com sucesso as parcerias com operadoras. Primeiro, a OnePlus precisaria desenvolver várias compilações de seu software, com cada operadora tendo requisitos específicos. Segundo, o OnePlus 13 vendido nos EUA provavelmente seria diferente em hardware — devido aos rádios mmWave e outros ajustes necessários — da versão vendida globalmente, e poderia haver mais requisitos por operadora em termos de limitação de velocidades de carregamento ou ajuste de hardware para atender às próprias necessidades da operadora. Tudo isso sobrecarregaria ainda mais os recursos da empresa. Por fim, e isso é particularmente importante, a OnePlus provavelmente também teria de investir bastante em marketing para garantir que o relacionamento entre ela e as operadoras fosse simbiótico, em vez de pender demais para o lado das operadoras.

A OnePlus é boa demais para não ter fortes parcerias com operadoras

No fim das contas, é compreensível por que os aparelhos OnePlus não são vendidos diretamente por meio das operadoras. No entanto, o OnePlus 13 e o OnePlus Open são tão bons que parece que agora é a hora de a OnePlus avançar com quaisquer planos de desenvolver fortes parcerias com operadoras. Apesar do hardware fantástico e de uma base de fãs crescente, a história tem mostrado repetidamente que é impossível crescer significativamente nos EUA sem jogar o jogo das operadoras.

É bem provável que resolver as partes de certificação da operadora e de software dos desafios seja possível. Mas investir um orçamento considerável em marketing provavelmente é o maior obstáculo. A OnePlus — e sua empresa irmã, Oppo — fabricam smartphones incríveis, mas nenhuma das empresas tem os orçamentos de primeira linha para comercializar aparelhos com sucesso por meios tradicionais. Apple, Apple e até Google veiculam comerciais de TV para promover seus produtos, mas a um custo considerável. Até que a OnePlus consiga construir com sucesso suas parcerias com operadoras, é improvável que ela seja capaz de desafiar Samsung e Apple nos EUA, o que é uma pena, pois o OnePlus 13 é um dos melhores telefones que você pode comprar agora.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Digital Trends

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.