A Samsung lançou a série Galaxy S25, mas surpreendeu ao não mencionar um recurso aguardado: a conectividade via satélite. A novidade, confirmada pela Qualcomm, permite enviar e receber mensagens via satélite (narrowband NTN) nativamente no Android. Mas qual o motivo do silêncio da Samsung?
SOS satélite Galaxy S25: A estratégia da Samsung
A decisão de deixar a cargo das operadoras
Segundo o consultor Christian Frhr. Von der Ropp (LightReading), apesar do suporte a serviços D2D (Direct-to-Device) via satélite na série Galaxy S25, a Samsung optou por delegar a ativação dessa funcionalidade às operadoras. Isso significa que cada empresa precisará negociar com provedores de serviços de satélite para habilitar a tecnologia em seus planos.
Essa escolha pode estar relacionada a problemas anteriores com a parceria entre Qualcomm e Iridium, que visava integrar mensagens via satélite aos aparelhos Android usando satélites LEO (Low Earth Orbit). A parceria teria sido encerrada em 2023 pela falta de fabricantes interessados.
A estratégia da Samsung, de acordo com Ropp, seria contornar esses impasses. A empresa utilizou um chipset 5G NTN da Qualcomm, deixando a responsabilidade de prover o serviço de SOS satélite para as operadoras.
Essa abordagem, que difere da estratégia da Apple com o seu serviço Emergency SOS via satélite, divide a responsabilidade, e transfere parte do trabalho e da negociação para as operadoras. Essa é uma abordagem mais conservadora do que a da Apple.
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A situação atual das operadoras
Atualmente, a Verizon é a única operadora americana a anunciar um acordo com a Skylo para oferecer mensagens via satélite na série Galaxy S25. Usuários da Verizon podem enviar mensagens SOS em áreas sem cobertura celular. Clientes de outras operadoras precisarão aguardar a integração do serviço por parte de suas empresas.
A Samsung, ao optar por essa estratégia, evita os riscos e custos de lidar diretamente com a complexidade de infraestrutura de satélites, repassando parte dessa responsabilidade às operadoras. O sucesso dessa abordagem dependerá da velocidade com que outras operadoras se adaptam a essa solução.
A ausência de um serviço global unificado de mensagens via satélite pela Samsung pode ser encarada como uma vantagem ou desvantagem dependendo do ponto de vista. A estratégia focada em parcerias com operadoras proporciona flexibilidade e adaptação aos mercados locais, mas pode causar demora na disponibilização completa do recurso.
Cabe aos consumidores, portanto, acompanhar as atualizações de suas operadoras para saber quando o serviço estará disponível. A demanda por recursos de conectividade via satélite demonstra uma tendência crescente no mercado de smartphones. A tecnologia Snapdragon 8 Elite Galaxy, por exemplo, demonstra o interesse das fabricantes pelo recurso.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Neowin