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- A Pague Menos registrou um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo do ano anterior.
- Se você é cliente ou investidor, o crescimento de 17,1% na receita pode indicar uma empresa em expansão e mais oportunidades.
- O aumento nas vendas de medicamentos para cuidados contínuos impulsionou o desempenho, beneficiando clientes com necessidades crônicas.
- A estratégia digital também contribuiu, com vendas online crescendo 53,6% em relação ao trimestre anterior.
A Pague Menos (PGMN3) apresentou resultados promissores neste trimestre, com melhorias em quase todos os aspectos do balanço financeiro. A única exceção foi a margem bruta, que sofreu uma leve pressão devido ao foco no aumento das vendas de medicamentos controlados. Receita, lucro líquido e margem EBITDA demonstraram um crescimento expressivo.
A empresa registrou um lucro líquido de R$ 13 milhões nos primeiros três meses de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 23 milhões do ano anterior. A receita também teve um aumento de 17,1% em comparação com o ano passado, atingindo R$ 3,62 bilhões.
“No ano passado, nossa dúvida era se conseguiríamos manter um crescimento acima de 15%, mesmo com as dificuldades do cenário externo”, disse Jonas Marques, CEO da Pague Menos, ao InfoMoney. A estratégia adotada envolveu o foco em clientes que precisam de cuidados contínuos, além de investimentos em pessoal, execução, força comercial e marketing.
Os clientes que necessitam de cuidados contínuos são grandes consumidores de medicamentos, especialmente aqueles que exigem prescrição médica. A participação dos medicamentos de marca aumentou 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, representando 41,6% das vendas.
“Um aumento de dois pontos percentuais em uma categoria que já responde por 40% das vendas totais é significativo. Isso mostra que os clientes com necessidades crônicas estão frequentando mais nossas lojas, recebendo um bom atendimento e encontrando os produtos que precisam”, explicou Luiz Novaes, CFO da Pague Menos, ao InfoMoney. “Esse movimento impulsiona o crescimento de todas as outras categorias da empresa.”
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De acordo com Novaes, a melhoria nas vendas de medicamentos para clientes de cuidados contínuos também foi responsável pelo aumento da margem EBITDA, que cresceu 1% em relação ao ano anterior, atingindo 4,1%. No entanto, essa mesma estratégia exerceu pressão sobre a margem bruta da empresa, que apresentou uma retração de 0,5% no trimestre em comparação com o mesmo período de 2024, já que os medicamentos dessa categoria costumam ter margens menores.
Assim como no último trimestre de 2024, a Pague Menos aumentou sua participação de mercado em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste, onde conquistou 0,8% de mercado, e o Centro-Oeste, com um crescimento de 0,4%.
Canal Digital da Pague Menos Impulsiona Vendas
As vendas realizadas através do canal digital tiveram um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2025, e um impressionante crescimento de 53,6% em comparação com o trimestre anterior. Com um total de R$ 639 milhões em vendas, o canal digital representa 17,6% do total de vendas da empresa.
Desde o início do ano passado, a Pague Menos identificou alguns problemas em seu aplicativo, como prazos de entrega muito longos, dificuldades na autorização de descontos e lentidão no carregamento das pesquisas. Para resolver essas questões, a empresa alocou um orçamento específico para melhorias no aplicativo e dedicou uma equipe para solucionar os problemas.
“Ainda temos um caminho a percorrer para atingir os melhores padrões do mercado. O que estamos fazendo é reduzir essa diferença”, afirmou Marques. “Estamos acelerando ao máximo nossa estratégia de omnichannel.”
Estratégias de Alavancagem da Pague Menos
Desde que assumiu o cargo de CEO da Pague Menos em janeiro de 2024, Jonas Marques estabeleceu a redução da alavancagem como uma de suas principais prioridades. Considerando as antecipações de recebíveis, o endividamento da empresa é de 2,77 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, o que representa uma redução de 1,09 vezes em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
Embora a empresa não divulgue guidance, o objetivo é continuar reduzindo esse indicador e manter um ritmo de abertura de novas lojas mais moderado em comparação com o mercado, com um número próximo de 50. “Não precisamos abrir muitas lojas para manter o ritmo de crescimento que já estamos alcançando”, explicou Marques.
Essa estratégia também visa enfrentar o aumento do custo de captação de recursos no Brasil. A Pague Menos está trabalhando com taxas de juros em torno de 15% no país até o final do ano e, mesmo com a redução da desalavancagem, ainda existe pressão sobre as despesas financeiras.
No primeiro trimestre deste ano, as despesas financeiras foram R$ 7 milhões maiores do que no mesmo período de 2024. Isso significa que os juros impactaram o resultado operacional da empresa nesse valor.
Atualmente, a Pague Menos trabalha com um custo de captação equivalente à taxa Selic +1,7%. A empresa tem aproveitado a desalavancagem para renegociar contratos e rolar sua dívida – o spread já chegou a ser de 2,1%. “Existem possibilidades de reduzirmos esse spread para 1,5% na renovação dos contratos”, afirmou Novaes.
A Pague Menos tem se mostrado resiliente e adaptável, focando em estratégias de crescimento sustentável e otimização de seus canais de venda. Os resultados positivos do primeiro trimestre de 2025 refletem o compromisso da empresa em oferecer um atendimento de qualidade e produtos que atendam às necessidades de seus clientes. Para mais informações sobre o setor, você pode conferir como a inteligência artificial está sendo utilizada para expandir o mercado de seguros no Brasil.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.