Paramount vai encerrar exibição dos canais MTV, Nickelodeon e outros no Brasil até dezembro

Paramount anuncia fim dos canais MTV, Nickelodeon e outros na TV por assinatura no Brasil até o fim de 2024.
Atualizado há 2 horas
Paramount vai encerrar exibição dos canais MTV, Nickelodeon e outros no Brasil até dezembro
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Paramount vai encerrar os canais MTV, MTV Live, Nickelodeon, Nick Jr, Comedy Central e Paramount no Brasil até 31 de dezembro de 2024.
    • Você terá que migrar para plataformas digitais, como o streaming Paramount+, para continuar acessando conteúdos da Paramount.
    • Essa mudança reflete a tendência de corte de custos e o foco na distribuição digital, impactando assinantes de TV a cabo no Brasil.
    • Os acordos esportivos da Paramount, como os jogos da Copa Libertadores, não serão afetados por essa mudança.
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A aquisição recente da Paramount pela Skydance Media trará mudanças para os assinantes de TV a cabo no Brasil. A empresa comunicou às operadoras que, até 31 de dezembro deste ano, vai encerrar canais no Brasil como MTV, MTV Live, Nickelodeon, Nick Jr, Comedy Central e Paramount. Essa decisão reflete uma transformação estratégica no mercado de mídia, buscando otimizar operações e custos.

A companhia explicou que a medida está conectada à necessidade de cortar gastos. O setor de mídia tradicional enfrenta um cenário onde as verbas publicitárias têm diminuído consideravelmente. Além disso, a Paramount pretende concentrar cada vez mais a distribuição de seus conteúdos em plataformas digitais e proprietárias, alinhando-se às novas formas de consumo de entretenimento.

Paramount e a Nova Estratégia de Conteúdo

Fontes do site NaTelinha indicam que a Paramount planeja continuar forte no Brasil. O foco principal da empresa será direcionado ao serviço de streaming Paramount+, que oferece uma vasta biblioteca de filmes e séries. Assim, a companhia vai priorizar o modelo Direct-to-Consumer (D2C), ou seja, entregar conteúdo diretamente ao consumidor, sem a necessidade de intermediários como as operadoras de TV a cabo. Este movimento permite um controle maior sobre a experiência do usuário e a monetização.

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Essa nova abordagem significa o fim das parcerias de transmissão com as operadoras de TV por assinatura. A mudança, no entanto, não deve impactar os acordos esportivos da empresa. Isso inclui, por exemplo, a transmissão de jogos importantes da Copa Libertadores, que continuarão disponíveis através dos canais já estabelecidos. A decisão de migrar para o digital visa também reduzir os altos custos associados ao Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que é tradicionalmente ligado às redes de TV por assinatura.

A Skydance Media, que realizou um investimento de US$ 8 bilhões na aquisição da Paramount, tem grandes planos para o futuro. O objetivo é que a Paramount siga um caminho similar ao de plataformas como a Netflix, vendendo seus conteúdos de forma direta aos assinantes. A visão é aproveitar o poder de suas propriedades intelectuais para se tornar uma “Big Tech”, com uma infraestrutura de distribuição própria. Isso pode ser visto em outras empresas de tecnologia que buscam integrar verticalmente seus serviços. Um exemplo de empresa que oferece um pacote de streaming completo é o Mercado Livre, que apresenta um plano que reúne Netflix, HBO Max, Disney+ e Apple TV+ por R$ 39,90.

A aquisição da Paramount pela Skydance já gerou uma série de impactos em diversas outras atividades da companhia, com mais mudanças esperadas. Entre as ações de maior repercussão até o momento está o cancelamento da série Dexter: Pecado Original, mostrando que a reestruturação atinge diferentes frentes de produção. A intenção de dispensar intermediários e cortar gastos considerados desnecessários é parte de uma estratégia maior para crescer de forma sustentável no novo ambiente de mídia. O planejamento inclui o lançamento de mais conteúdo exclusivo para suas plataformas. A ideia é atrair e reter assinantes, oferecendo valor direto, como visto no desenvolvimento de conteúdo para dispositivos móveis, como a série The Traitors terá versão interativa para celulares em 2026. Essa é uma maneira de alcançar o público onde ele está, em constante movimento.

O Cenário da Mídia e a Decisão de Encerrar Canais no Brasil

A decisão da Paramount de não distribuir mais seus canais pela TV a cabo está alinhada com uma tendência de mercado. Muitas empresas de mídia estão reavaliando suas estratégias de distribuição e buscando modelos mais lucrativos e eficientes. Essa transformação já impactou as operações de várias concorrentes do setor. O objetivo principal é se adaptar às novas preferências dos consumidores, que estão migrando rapidamente para os serviços de streaming.

A Warner Bros. Discovery é um exemplo claro dessa mudança, seguindo um caminho parecido para otimizar suas finanças. A corporação busca se livrar de dívidas e de atividades que não geram tanto lucro. Além disso, a empresa quer garantir um crescimento futuro mais sólido. Essas adaptações são vistas como essenciais para a sustentabilidade e competitividade no cenário atual da mídia.

Em junho deste ano, a Warner Bros. Discovery anunciou que, após um complexo processo de união, voltaria a se dividir em duas entidades a partir de 2026. Um dos braços da nova estrutura será focado em streaming. Ele manterá o controle sobre marcas importantes como Warner Bros. Television, Motion Picture Group, DC Studios, HBO, HBO Max e todo o catálogo de filmes e séries da empresa. Essa segmentação visa dar mais clareza e foco às operações.

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O outro braço, chamado Global Networks, será responsável por programas esportivos, de entretenimento e canais como a CNN, TNT Sports e Discovery. Este novo braço terá a tarefa de cuidar da programação para TV a cabo. A intenção da corporação é que essa nova divisão seja futuramente vendida para fundos de investimento privados. Essa movimentação mostra a busca por um modelo de negócio mais flexível e rentável. Um exemplo de como as grandes empresas de tecnologia gerenciam suas plataformas está em como o Google vai permitir reorganizar botões de navegação nos celulares Pixel.

A adaptação ao modelo de streaming e a reavaliação dos canais de TV a cabo são reflexos de um mercado em constante evolução. Essa tendência de mercado mostra que empresas de mídia precisam se reinventar para atender às demandas de um público que busca cada vez mais flexibilidade no consumo de conteúdo. As discussões sobre o futuro da tecnologia e as preferências dos usuários também são parte desse cenário dinâmico, como observado em o cansaço com o debate Android vs iPhone e a necessidade de avançar. As companhias estão investindo em tecnologia e estratégias para manter seus públicos engajados.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.