Pedro Janot: da Zara à Azul, a trajetória de um executivo visionário

Conheça a trajetória de Pedro Janot, o executivo que trouxe a Zara ao Brasil e transformou a Azul em referência no setor aéreo.
Atualizado há 5 horas atrás
Pedro Janot: da Zara à Azul, a trajetória de um executivo visionário
Pedro Janot: o líder que trouxe a Zara ao Brasil e revolucionou a Azul. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • Pedro Janot, ex-presidente da Azul, compartilha sua trajetória desde o varejo até a aviação em entrevista.
    • Entenda como suas decisões moldaram empresas como Zara e Azul, inspirando empreendedores.
    • Sua visão pragmática e coragem para mudanças impactaram o mercado brasileiro de forma significativa.
    • Janot demonstra que adaptação e inovação são essenciais para o sucesso em setores competitivos.
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Pedro Janot, ex-presidente da Azul Linhas Aéreas e responsável pela chegada da Zara ao Brasil, construiu uma carreira cheia de mudanças, apostas e uma grande paixão por novos desafios. Em uma entrevista ao podcast Do Zero ao Topo, comandado por Mariana Amaro, o executivo relembrou sua trajetória desde os tempos das lojas Mesbla até as grandes transformações no varejo e na aviação no país.

Entre sucessos e dificuldades, Janot compartilhou o que aprendeu ao construir e reconstruir empresas e culturas. Sua trajetória é marcada por decisões importantes e muita experiência.

A história de Pedro Janot é daquelas que inspiram. Ele começou sua carreira nas lojas Mesbla, mas logo mudou para o setor de compras, o que o permitiu conhecer de perto o funcionamento das indústrias.

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“Durante cinco anos, viajei muito, visitando fábricas e conhecendo estoques antigos para conseguir bons preços”, conta Janot. Essa experiência foi fundamental para sua trajetória.

O mercado estava mudando, e Janot também. Ele foi convidado para ser gerente de marketing nas Lojas Americanas, onde o trabalho era intenso. “Zé Paulo dizia: ‘Janô, está escuro, mas não está tarde’ — e a reunião das 4 da tarde acabava às 11 da noite”, relembra, com bom humor.

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Esse ritmo acelerado o levou à Richards, marca que queria ser a Ralph Lauren brasileira. O convite veio do próprio Zé Paulo, e o desafio era grande: uma empresa com apenas duas lojas, processos desorganizados e uma estrutura amadora.

“Eu queria ser cabeça de formiga, não rabo de elefante”, explica, justificando sua vontade de ter poder de decisão. Na Richards, Janot se tornou CEO, mesmo sem o título formal, e foi o principal responsável por expandir a marca de duas para quase 40 lojas.

A Trajetória de Pedro Janot

Com o tempo, Janot se sentiu esgotado. “Eu era fiador de 10 lojas, o que mostrava o tamanho da minha responsabilidade”, conta. Quando o fundador Ricardo quis retomar o controle, Janot percebeu que era hora de sair.

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A oportunidade surgiu através da headhunter Fátima Russell Reynolds: a Zara queria entrar no Brasil, e ele tinha os dois requisitos: experiência com o setor de vestuário e experiência em startups. Ele aceitou a proposta.

A missão começou com quase um ano de imersão na Europa. A cada três meses, Janot viajava para a Espanha para apresentar resultados a Amancio Ortega, o fundador da Inditex. Mas o choque cultural logo apareceu: “Os biquínis que mandaram dariam para fazer três aqui”, brinca.

Além disso, a Zara queria vender roupas pretas para o Réveillon brasileiro. “Lá era inverno, aqui é praia. Eles não entendiam”. A situação mudou com a inauguração da loja no Iguatemi-SP, um símbolo de prestígio que chamou a atenção do mercado financeiro.

Com a marca consolidada, surgiram os conflitos. A matriz impunha limites, proibia entrevistas e centralizava decisões. Janot, sempre inquieto, não concordou com essas imposições. “Falei: não vou ficar nesse ambiente, não sou assim”. E assim, ele saiu da empresa. Logo, um novo desafio apareceu: o setor aéreo.

Antes de entrar no setor aéreo, Pedro Janot trabalhou no Grupo Pão de Açúcar como vice-presidente de não-alimentos, em um momento de crescimento do consumo pelas classes mais baixas.

Mas o próximo convite mudaria sua vida e o mercado brasileiro: “Um headhunter me ligou dizendo que havia um americano querendo abrir uma companhia aérea no Brasil”. Era David Neeleman, fundador da JetBlue, e o projeto era a Azul Linhas Aéreas.

Neeleman tinha uma vantagem: dupla cidadania brasileira e americana, o que permitia abrir uma companhia aérea nacional mesmo sendo estrangeiro. Janot aceitou o desafio. E o que parecia impossível se tornou realidade.

A experiência de Janot no varejo ajudou a criar uma empresa focada no cliente, com rotas regionais, frota moderna e um apelo emocional que nenhuma outra companhia aérea havia tentado.

Pedro Janot: Um Líder em Transformação

Janot sempre esteve presente nos bastidores de grandes mudanças. “Eu era o cara que tocava a banda”, define, mostrando sua forma de liderar: comandar, mas sem buscar os holofotes.

Sua maior habilidade era transformar empresas com uma visão clara, foco na execução e coragem para desafiar a matriz ou o chefe. Se você está buscando inspiração para o futuro da sua empresa, vale a pena conferir como a inovação pode transformar o futuro da sua empresa.

Entre momentos de estresse, conflitos culturais e grandes transformações, Janot deixou sua marca em diferentes setores.

Se a Zara é hoje uma referência de fast fashion no Brasil, e a Azul é uma companhia aérea admirada pelo atendimento e rotas inteligentes, isso se deve à visão pragmática e à inquietação estratégica de Janot, um executivo que nunca teve medo de mudar de direção, mesmo quando as coisas pareciam difíceis.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.