Perdas com Hacks e Golpes em Criptomoedas Chegam a US$ 364 Milhões em Abril

Golpes e hacks em criptomoedas causaram perdas alarmantes em abril de 2025. Entenda os detalhes e como isso poderia afetar seus investimentos.
Atualizado em 01/05/2025 às 08:52
Perdas com Hacks e Golpes em Criptomoedas Chegam a US$ 364 Milhões em Abril
Golpes em criptomoedas em abril de 2025 geraram perdas significativas para investidores. (Imagem/Reprodução: Cryptonews)
Resumo da notícia
    • A CertiK relatou que US$ 364 milhões foram perdidos em golpes e hacks de criptomoedas em abril de 2025.
    • Essas perdas impactam diretamente quem investe em cripto, evidenciando a importância de segurança digital.
    • As táticas de engenharia social e phishing foram as principais responsáveis por esses altos números.
    • A utilização de hackers éticos resultou na recuperação de parte dos fundos perdidos.
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Abril de 2025 entrou para a história do mercado de criptomoedas de forma negativa. A empresa de segurança blockchain CertiK confirmou que impressionantes US$ 364 milhões foram perdidos devido a golpes, hacks e ataques de phishing. Este valor representa um aumento de 1.163% em relação às perdas de março, que totalizaram US$ 28,8 milhões.

Esse aumento, de acordo com uma publicação da CertiK no X em 30 de abril, foi impulsionado principalmente por um único evento devastador. O roubo envolveu 3.520 Bitcoins, avaliados em US$ 330,7 milhões, furtados de um cidadão americano idoso, tornando-se o quinto maior hack de criptomoedas já registrado.

Mesmo sem esse evento isolado, as perdas em abril ainda seriam significativas, totalizando US$ 34 milhões, um aumento de 21% em relação a março. As ameaças mais prejudiciais vieram na forma de ataques de phishing, engenharia social, explorações de controle de acesso e manipulação de preços.

Hacks e scams de crypto: Phishing e engenharia social

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Os ataques de phishing representaram a maior parte das perdas em abril, com aproximadamente US$ 337 milhões. O caso mais notório foi o roubo do investidor americano idoso, onde o atacante utilizou táticas de engenharia social altamente avançadas para enganar a vítima e obter acesso à sua carteira Bitcoin. Segundo a CertiK, este evento marca uma nova onda de crimes cibernéticos, onde os criminosos ignoram o código e a infraestrutura blockchain, optando por explorar o comportamento humano.

A engenharia social, tática que manipula indivíduos a revelarem informações confidenciais, tornou-se uma das estratégias mais eficazes para os criminosos de criptomoedas. Esses ataques são particularmente perigosos porque frequentemente parecem legítimos, enganando até mesmo investidores experientes. Para se proteger contra essas ameaças, é fundamental entender como proteger seus dados contra ciberataques e adotar práticas de segurança robustas.

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Os números de abril também refletem uma tendência mais ampla. O relatório da CertiK não é o único que pinta um quadro preocupante. A Immunefi, outra empresa de segurança blockchain, registrou US$ 92 milhões em perdas em 15 incidentes apenas em abril. A empresa também confirmou que todos os ataques tiveram como alvo plataformas DeFi, com as bolsas centralizadas não reportando incidentes de segurança durante o mês.

O maior ataque citado pela Immunefi, na plataforma de código aberto UPCX, resultou em mais de US$ 70 milhões em danos. Foi seguido pela exploração de US$ 7,5 milhões na KiloEx. Em um mundo cada vez mais digital, garantir a segurança dos seus dados é crucial, especialmente ao considerar que a segurança digital é uma preocupação crescente.

White hat hackers ajudam a recuperar milhões em meio a crescentes ameaças

Apesar dos números sombrios, abril teve um lado positivo, pois parte dos fundos roubados foi recuperada. A CertiK confirmou que aproximadamente US$ 18,2 milhões foram devolvidos, graças aos esforços de white-hat hackers e exploradores cooperativos. Ethical hackers desempenharam um papel crucial em ajudar três plataformas, KiloEx, zkSync e Loopscale, a recuperar suas perdas.

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A KiloEx, que havia suspendido as operações após uma exploração de US$ 7,5 milhões, viu os fundos roubados serem devolvidos apenas quatro dias após o incidente. Em um raro gesto de boa vontade, o atacante optou por devolver os fundos integralmente. Da mesma forma, a Loopscale negociou com sucesso com seu atacante para recuperar US$ 5,8 milhões após uma vulnerabilidade em seu mecanismo de preços de token ter sido explorada. O atacante concordou em devolver os fundos em troca de uma recompensa de white hat de 10% e imunidade legal.

Enquanto isso, a zkSync Association recuperou US$ 5 milhões em tokens roubados após seu contrato de distribuição de airdrop ter sido violado. O acordo envolveu uma recompensa semelhante. A recuperação de fundos por white hat hackers destaca a importância da colaboração e da ética na segurança digital, mostrando que nem todos os hackers estão do lado do crime.

O panorama geral dos hacks e scams de crypto

O aumento nas perdas em abril pode ser chocante, mas não é isolado. No início do ano, fevereiro foi o mês mais caro até o momento, com perdas de criptomoedas totalizando US$ 1,53 bilhão. A maior parte desse valor foi atribuída a um hack de US$ 1,46 bilhão na Bybit, que se acredita ter sido orquestrado pelo grupo norte-coreano Lazarus, agora considerado responsável pelo maior roubo de criptomoedas da história.

Ameaças apoiadas por estados permanecem sendo um dos riscos de longo prazo mais sérios para a indústria de criptomoedas. Apesar de vários avisos, os hackers já roubaram mais em 2025 do que em todo o ano de 2024. No final de abril, mais de US$ 1,7 bilhão em criptomoedas foram perdidos, ultrapassando os US$ 1,49 bilhão do ano passado em apenas quatro meses.

Por enquanto, os US$ 364 milhões perdidos em abril servem como um duro golpe financeiro e um aviso terrível. Como o phishing e a engenharia social continuam a ser eficazes, os investidores são aconselhados a permanecerem vigilantes e a se educarem sobre as melhores práticas para se manterem seguros em todos os momentos. Além disso, é crucial estar atento a novidades e inovações em dispositivos móveis que podem auxiliar na proteção dos seus ativos digitais.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via Cryptonews

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.