Perfis que expunham menores são desativados após denúncia de youtuber

Após denúncia do youtuber Felca, perfis que expunham e sexualizavam crianças e adolescentes são desativados. Entenda o caso e os impactos nas redes sociais.
Atualizado há 4 dias atrás
Perfis que expunham menores são desativados após denúncia de youtuber
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
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Após as denúncias feitas pelo youtuber Felipe Brassanim, conhecido como Felca, sobre a sexualização de crianças e adolescentes em conteúdos digitais, perfis acusados de expor menores de idade nas redes sociais começaram a ser desativados. Na última sexta-feira (08), as contas de dois influenciadores mencionados por ele foram desativadas no Instagram. Ao tentar acessar os perfis na plataforma da Meta, a mensagem “Infelizmente, esta página não está disponível” era exibida. Ainda não se sabe se as remoções foram feitas pela própria Meta ou pelos influenciadores em questão.

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Mensagem exibida no perfil de Hytalo Santos no Instagram. (Imagem: Instagram/Reprodução)

Influenciadores e as Acusações de Exposição Digital

Hytalo Santos, que possuía mais de 17 milhões de seguidores no Instagram, foi um dos influenciadores apontados por Felca. As acusações incluem a sexualização de crianças e adolescentes, além da produção de conteúdos que poderiam ser direcionados a pedófilos. Antes das denúncias de Felca, Hytalo já estava sob investigação do Ministério Público da Paraíba. Essa investigação anterior focava na suspeita de exploração de menores.

O inquérito do Ministério Público foi iniciado em dezembro do ano anterior, após uma denúncia anônima. A investigação também se estende a pais e mães que podem ter falhado na proteção de seus filhos. Hytalo Santos ganhou notoriedade com vídeos de dança. Ele tem um grupo, composto principalmente por jovens em situação de vulnerabilidade social, que recebem algum tipo de apoio dele.

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Entre os membros do grupo, algumas jovens são tratadas por Hytalo como “filhas”. Elas aparecem frequentemente nos conteúdos divulgados nas redes sociais. Essas adolescentes são mostradas ganhando presentes de valor. Em algumas ocasiões, surgem em cenas de beijos e usando roupas consideradas inadequadas para a idade. O influenciador paraibano também se envolveu em outra controvérsia, relacionada a uma suposta fraude em um sorteio de R$ 50 mil.

Kamylinha Santos, por sua vez, é uma das principais figuras da “Turma do Hytalo”. Ela faz parte do grupo desde os 12 anos e, atualmente, tem 17 anos. Seu perfil no Instagram contava com 11 milhões de seguidores. A proximidade com o criador de conteúdo se intensificou no início do ano, quando ela engravidou do irmão de Hytalo.

Pouco tempo depois, o influenciador anunciou que Kamylinha havia sofrido um aborto espontâneo. O caso ganhou ainda mais atenção na mídia. Isso aconteceu após a notícia de que outras duas jovens que faziam parte do mesmo grupo também estariam grávidas. A situação gerou questionamentos e discussões sobre a responsabilidade e o tipo de conteúdo compartilhado.

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O perfil de Kamylinha também está indisponível e traz um aviso de que apresenta conteúdos com restrição. (Imagem: Instagram/Reprodução)

As Denúncias e o Algoritmo das Plataformas

Em seu vídeo, Felca abordou o tema da “Adultização”. Nele, o youtuber expôs como menores de idade são mostrados na internet. Ele também discutiu a relação entre o número de likes e o retorno financeiro. Além das acusações diretas contra Hytalo, o influenciador mostra na prática como os algoritmos podem ser treinados para exibir conteúdos sugestivos envolvendo crianças.

Para isso, Felca criou um perfil novo. Após apenas algumas curtidas, a linha do tempo do seu novo perfil já estava repleta de publicações. Essas publicações incluíam vídeos e imagens de crianças. Em muitos casos, os menores eram mostrados com pouca roupa ou fazendo poses que poderiam ser interpretadas como sensuais. O experimento de Felca revelou a facilidade com que esses conteúdos circulam.

A denúncia feita pelo criador de conteúdo também destacou o modo de atuação de indivíduos mal-intencionados. Esses indivíduos costumam aparecer nos comentários das publicações de crianças. Eles chegam a indicar links para canais no Telegram onde são realizadas trocas de materiais de abuso infantil. Essa prática sublinha os perigos presentes nas plataformas online.

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Confira, abaixo, o vídeo de Felca:

YouTube video

Na gravação, Felca informou que está processando mais de 230 perfis no X (antigo Twitter) que o associaram ao crime de pedofilia. Ele ofereceu às contas alvo da justiça uma alternativa. Essa alternativa seria fazer uma doação de R$ 250 para instituições diversas. Além disso, a opção incluía a publicação de um pedido de desculpas público.

A temática dos riscos online para menores já foi abordada em outros formatos. Um exemplo é o documentário Realidade Violada 3, que se aprofunda nesse assunto. A produção busca alertar sobre os perigos e a importância da proteção infantil no ambiente digital. Conteúdos como esse visam conscientizar a sociedade sobre a gravidade da situação.

Assista, abaixo, o programa desse importante tema:

YouTube video

O cenário das redes sociais continua a exigir atenção constante. Debates sobre a segurança online e a responsabilidade das plataformas são frequentes. Casos como este ressaltam a importância de manter a vigilância. É fundamental garantir um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes. A discussão sobre moderação de conteúdo e proteção de dados segue em pauta.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.