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- Um estudo mostrou que cerca de 28% dos adultos nos EUA afirmam ter relação romântica ou íntima com inteligência artificial.
- Você deve ficar atento pois o estudo possui metodologias questionáveis, o que pode distorcer os números apresentados.
- Essas interações com IA levantam discussões importantes sobre saúde mental e regulamentação da tecnologia na sociedade.
- Casos trágicos apontam riscos sérios quando essas relações não são supervisionadas, aumentando a necessidade de cuidado.
Um estudo recente sobre a interação entre humanos e inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos chamou atenção ao sugerir que uma parcela da população tem algum tipo de relacionamento com chatbots. Contudo, a metodologia da pesquisa gerou debates, levantando questionamentos sobre a validade dos dados apresentados a respeito da relação com IAs.
A pesquisa em questão indicou que 28,16% dos adultos norte-americanos afirmaram ter uma relação romântica ou íntima com uma IA. É interessante notar que os jovens demonstram maior inclinação a iniciar um romance virtual com esses sistemas. Por outro lado, indivíduos com 60 anos ou mais tendem a não considerar essa relação com IAs como traição, sugerindo uma perspectiva diferente sobre a dinâmica afetiva digital.
Mais da metade dos participantes do estudo nos Estados Unidos revelou ter algum tipo de conexão com sistemas de chatbot, seja uma amizade, um laço de companheirismo ou mesmo de confidência. Os serviços mais mencionados entre os 30 apresentados foram ChatGPT e Character.AI. Em seguida, aparecem nomes conhecidos como Alexa, Siri e o Google Gemini, mostrando a popularidade desses assistentes virtuais.
Metodologia da Pesquisa sobre Relação com IAs em Debate
A repercussão da pesquisa não tardou a gerar questionamentos sobre sua metodologia. A validade dos resultados foi analisada com mais cuidado por especialistas, levantando dúvidas importantes sobre como os dados foram coletados e interpretados.
Para entender melhor a pesquisa, é importante saber alguns pontos:
- A empresa responsável pela encomenda e execução do estudo foi a Vantage Point, um serviço de aconselhamento e terapia do Texas, com foco em relacionamentos.
- Foram entrevistados 1.012 adultos nos EUA. As respostas foram coletadas através de um questionário online da plataforma SurveyMonkey.
- O formato do documento não é de artigo científico. Isso significa que ele não passou pela revisão de outros pesquisadores, um processo comum em estudos acadêmicos.
- Além disso, o estudo não detalha como os participantes foram selecionados. Faltam informações cruciais sobre distribuição geográfica e faixas etárias, por exemplo, o que poderia impactar a representatividade dos dados.
- Existe uma preocupação sobre a natureza dos entrevistados. A Vantage Point atua na área de aconselhamento. Isso levanta a questão se os participantes seriam clientes da empresa, ou seja, pessoas já com problemas de relacionamento, o que não foi abordado no estudo original.
- Outras pesquisas, com metodologias mais robustas, mostram números bem diferentes. Um estudo da Family Studies/YouGov revelou que apenas 1% das pessoas com menos de 40 anos já tinham uma IA como companhia, com 7% abertos à ideia.
- Outra pesquisa, realizada pelo Match.com e o Kinsey Institute, indicou que 15% dos entrevistados interagiram com IA de forma romântica. Esses dados contrastam com o número inicial de 28,16%.
Interações com IA e as Necessidades de Cuidado
Independentemente dos dados específicos deste estudo, a verdade é que as interações com inteligência artificial são um assunto sério. Nos próximos anos, novas pesquisas, com diferentes abordagens e amostragens, devem aprofundar nosso entendimento sobre a dependência emocional de pessoas em relação a chatbots. Esses resultados serão fundamentais para a criação de políticas de prevenção e regulamentação adequadas.
Houve relatos preocupantes nos últimos dois anos. Dois jovens nos Estados Unidos perderam a vida após meses interagindo com um chatbot que simulava uma namorada. Em outro caso, um idoso se acidentou gravemente ao tentar encontrar uma parceira em um endereço que uma IA havia fornecido. Esses incidentes destacam os riscos de interações não supervisionadas com sistemas de IA.
Em resposta a denúncias e processos, plataformas como o ChatGPT implementaram mudanças para reduzir a interação de cunho romântico com usuários. Essa medida foi adotada para evitar comportamentos inadequados e proteger os usuários. A atenção também se volta para a interação de chatbots com crianças, pois seu comportamento pode ser manipulado, com potenciais riscos graves e até criminosos. É um tema que exige vigilância constante.
O desenvolvimento contínuo da IA, seja em chatbots ou outras aplicações, levanta questões importantes sobre seu impacto na sociedade. Compreender a forma como as pessoas interagem e criam laços com sistemas inteligentes é crucial para o futuro da tecnologia e das relações humanas. O Brasil, por exemplo, tem potencial para se aprofundar no estudo das realidades sintéticas, que são um campo promissor e que merecem atenção.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.