Pesquisa revela como falha no Google Gemini pode permitir controle de casas inteligentes

Pesquisadores expõem falha de segurança no Google Gemini que permite controle de casas inteligentes via prompt injection. Saiba como proteger seus dispositivos.
Atualizado há 4 dias atrás
Pesquisa revela como falha no Google Gemini pode permitir controle de casas inteligentes
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
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Um simples convite no Gmail pode virar a chave para comprometer sua casa inteligente controlada pelo Google Gemini. Pesquisadores da Universidade de Tel-Aviv identificaram uma falha que permite a prompt injection no Gemini, explorando vulnerabilidades no ecossistema do Google. Isso pode dar a estranhos o controle de dispositivos conectados em sua residência, do assistente virtual e até do seu celular. É um lembrete importante sobre a segurança digital.

Ter aparelhos inteligentes em casa traz muita praticidade para o dia a dia. Lâmpadas, cortinas e até eletrodomésticos podem ser gerenciados por sistemas como o Google Home. Essa tecnologia facilita bastante as tarefas rotineiras, tornando o controle mais centralizado e acessível.

No entanto, essa facilidade também expande o campo para possíveis ataques cibernéticos. O estudo “Invitation Is All You Need! Tara for Targeted Promptware Attack Against Gemini-Powered Assistant“, feito pelos pesquisadores Ben Nassi, Stav Cohen e Or Yair, destacou justamente esse ponto.

Convites Maliciosos e o Controle da IA

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Os especialistas explicaram como a técnica de prompt injection pode influenciar o funcionamento do Gemini e acessar funções da casa inteligente. Tudo isso com um convite simples, enviado pelo Gmail ou pelo Google Agenda. Esse método mostra a importância de estar atento aos detalhes.

O ataque acontece em algumas etapas claras. Primeiro, o invasor manda um e-mail ou convite com instruções ocultas, que não são visíveis para o usuário comum. Em seguida, a vítima pede para o Gemini fazer um resumo da caixa de entrada ou do calendário. Isso ativa a armadilha.

Ao ler a solicitação, o assistente inteligente processa também os comandos escondidos. Desse modo, o Gemini altera seu comportamento. A partir daí, ele passa a agir conforme os interesses do atacante, sem que o usuário perceba qualquer mudança estranha ou maliciosa.

Essa vulnerabilidade se aproveita da maneira como a inteligência artificial interpreta o contexto e mantém uma “memória” de interações passadas. Isso permite que a IA seja influenciada diretamente na forma como responde e interage, tanto no ambiente digital quanto no físico do usuário. Para entender como a inteligência artificial está transformando outras áreas, veja como a Inteligência Artificial transforma a gestão de frotas no transporte brasileiro.

Entendendo a Técnica de Manipulação

A prompt injection é uma maneira de manipular inteligências artificiais generativas. Ela funciona inserindo comandos maliciosos dentro de textos que parecem normais. Se o sistema da IA não tiver a proteção adequada, ele pode seguir essas ordens sem identificar a manipulação em curso.

As consequências desse tipo de ação podem ser variadas. Elas incluem desde a IA gerando respostas incorretas até o vazamento de informações sensíveis do usuário. Outro risco é a mudança completa no comportamento da inteligência artificial. Tudo isso ocorre sem avisar o usuário que um ataque está em andamento.

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Essa técnica ressalta o desafio em criar IAs que sejam robustas contra manipulações. Especialistas trabalham constantemente para desenvolver defesas mais eficazes. Para saber mais sobre IA e como ela pode ser usada de forma mais segura, confira o artigo OpenAI lança modelos de IA open-source acessíveis, funcionando até em notebooks.

Impactos da Vulnerabilidade em Casas Conectadas

O estudo detalha várias ações que um invasor pode realizar usando esse tipo de ataque. A lista de possibilidades mostra como a exposição de um sistema como o Gemini pode ser séria. Há um grande potencial para o controle remoto de diversas funções do dia a dia da vítima.

As consequências incluem a geração de conteúdo tóxico ou ofensivo, que pode ser enviado em nome do usuário. Outra ação possível é o envio de spam para seus contatos, usando sua conta. O atacante também pode criar ou excluir eventos da sua agenda sem permissão, causando confusão.

Além disso, o controle pode se estender a dispositivos da casa, como luzes, cortinas e tomadas. Chamadas de vídeo via Zoom podem ser iniciadas sem seu consentimento. Há também o risco de extrair informações privadas guardadas no e-mail e até rastrear a sua localização em tempo real usando o navegador.

De acordo com a análise de risco, que recebeu o nome de TARA e foi incluída no estudo, 73% das ameaças encontradas são consideradas altamente perigosas para quem usa os sistemas. Um estudo recente trouxe à tona que Israel utilizou servidores da Microsoft para espionar milhões de palestinos, mostrando a seriedade desses incidentes de segurança.

Riscos Crescentes com Permissões Ampliadas

O estudo aponta que, quanto mais permissões o Gemini tiver, maior é a chance de ser explorado por pessoas mal-intencionadas. Isso significa que, se o sistema pode controlar muitos aspectos da sua vida digital, ele também pode ser usado contra você de mais maneiras.

O assistente do Google tem a capacidade de abrir aplicativos, enviar mensagens via WhatsApp ou SMS e fazer ações automatizadas. Isso abre caminho para novos tipos de golpes. Por exemplo, mensagens fraudulentas poderiam ser enviadas a contatos próximos do usuário, pedindo dinheiro ou informações.

Essa amplitude de funções, apesar de útil, exige um cuidado redobrado com a segurança. A integração de IAs em celulares é uma tendência, como visto em Motorola integra Microsoft Copilot em seus celulares para aprimorar inteligência artificial, o que destaca a necessidade de mais proteção.

Resposta do Google à Descoberta

O Google foi informado sobre essa falha de segurança e confirmou o problema que os pesquisadores descreveram. A empresa disse que já está trabalhando para encontrar soluções e diminuir os riscos que essa vulnerabilidade pode trazer.

Entre as melhorias que o Google planeja implementar estão novos sistemas para confirmar ações sensíveis, um tratamento mais seguro de URLs e mecanismos mais eficientes para detectar comandos escondidos. Essas medidas visam tornar o uso do Gemini mais seguro para todos. O Google Forms também está ganhando recursos do Gemini para otimizar a criação de formulários, o que mostra o impacto da IA em diferentes ferramentas da empresa.

O relatório completo da pesquisa está disponível para o público. Ele pode ser acessado no Google Drive, oferecendo todos os detalhes da descoberta. Além disso, há uma página oficial do estudo, que traz um resumo mais direto sobre os achados. O documento está em Google Drive, e a descrição direta está na página oficial do estudo.

É fundamental que usuários de casas inteligentes e assistentes virtuais fiquem por dentro dessas descobertas. Acompanhar as atualizações de segurança e as recomendações dos fabricantes é essencial para proteger seus dados e dispositivos em um mundo cada vez mais conectado. A segurança digital é um tema constante, exigindo atenção contínua de todos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.