Pesquisa revela que 63% das empresas no Brasil não têm programas de apoio à maternidade

Estudo da Catho mostra que a maioria das empresas brasileiras não oferece programas de inclusão para mães, impactando carreiras e diversidade. Saiba mais.
Atualizado há 6 horas
Pesquisa revela que 63% das empresas no Brasil não têm programas de apoio à maternidade
Catho revela que a inclusão de mães nas empresas brasileiras ainda é insuficiente. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • Uma pesquisa da Catho revelou que 63,3% das empresas brasileiras não possuem programas de apoio à maternidade.
    • O objetivo da notícia é alertar sobre a falta de políticas de inclusão para mães no mercado de trabalho.
    • Isso impacta diretamente o desenvolvimento profissional das mulheres e limita a diversidade nas empresas.
    • Apenas 15% das mães ocupam cargos de liderança, evidenciando a desigualdade de oportunidades.
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Uma pesquisa recente da plataforma de empregos Catho revelou que a maioria das empresas brasileiras ainda não implementou programas de apoio à maternidade. O levantamento mostra que 63,3% das empresas não oferecem iniciativas de inclusão, capacitação ou reconhecimento voltadas para mães ou gestantes. A falta de suporte estruturado impacta diretamente o desenvolvimento profissional dessas mulheres, limitando suas oportunidades e a inclusão de mães no mercado de trabalho.

A pesquisa também aponta que apenas 15% dos profissionais entrevistados trabalham em empresas com programas específicos para este público. Além disso, 36,9% dos participantes relataram ter presenciado líderes demonstrando resistência em contratar ou promover mães e gestantes, um aumento de três pontos percentuais em relação a 2024.

Christiana Mello, diretora de Growth B2B para Pequenas e Médias Empresas da Catho, destaca que os dados revelam a carência de políticas estruturadas para apoiar as profissionais que são mães no ambiente corporativo. Segundo ela, a inclusão vai além da simples contratação.

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“É preciso criar um ambiente em que essas mães e profissionais possam se desenvolver em suas carreiras e equilibrar as responsabilidades pessoais, o que exige políticas mais efetivas e inclusivas”, afirma Christiana Mello. A implementação de tais políticas pode garantir maior diversidade nas empresas, refletindo positivamente nos resultados.

Empresas com diversidade de gênero acima da média têm 25% mais chances de obter lucro, conforme um estudo da McKinsey & Company. A pesquisa da Catho também revela que 60% das mães entrevistadas estão fora do mercado de trabalho, um dado alarmante que demonstra a urgência de ações mais eficazes.

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Entre as mães empregadas, apenas 15% ocupam cargos de liderança, e 38% acreditam ou têm certeza de que recebem salários menores do que colegas em funções similares. Essa disparidade salarial e a falta de oportunidades de crescimento são reflexos de estigmas históricos que ainda afetam a carreira das mulheres que são mães.

Carolina Tzanno, gerente sênior de RH da Redarbor, grupo proprietário da Catho, enfatiza que, apesar dos avanços no debate sobre diversidade e inclusão, as mulheres que são mães ainda enfrentam desafios significativos. A pesquisa também revelou que 83,7% das entrevistadas já foram questionadas sobre filhos por recrutadores, uma prática considerada discriminatória e potencialmente ilegal no Brasil.

Benefícios e Flexibilização para a Inclusão de Mães

Os benefícios mais citados pelos entrevistados para promover a flexibilidade e a inclusão de mães no mercado de trabalho incluem horários flexíveis (18,9%), salário-família (17,5%) e plano de saúde para dependentes (16,6%). A adoção dessas políticas pode contribuir para um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário.

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A flexibilização do horário de trabalho permite que as mães conciliem suas responsabilidades profissionais com os cuidados com os filhos, reduzindo o estresse e aumentando a produtividade. O salário-família, por sua vez, oferece um suporte financeiro adicional para as famílias com filhos, aliviando o orçamento familiar.

O plano de saúde para dependentes é outro benefício importante, garantindo o acesso à saúde para os filhos e proporcionando mais tranquilidade para as mães. Além desses benefícios, outras medidas como licença-maternidade estendida, creches no local de trabalho e programas de apoio à parentalidade também podem fazer a diferença.

A inclusão de mães no mercado de trabalho não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para as empresas. Ao criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e acolhedor, as empresas podem atrair e reter talentos, aumentar a diversidade e melhorar os resultados.

Impacto da Falta de Inclusão no Mercado de Trabalho

A falta de políticas de inclusão para mães no mercado de trabalho tem um impacto significativo na vida das mulheres e na economia do país. A pesquisa da Catho mostra que 60% das mães entrevistadas estão fora do mercado de trabalho, o que representa uma grande perda de talentos e potencial produtivo.

Além disso, a discriminação contra mães e gestantes pode levar à perda de oportunidades de emprego, salários mais baixos e dificuldades de progressão na carreira. Essa situação contribui para a desigualdade de gênero e afeta a autonomia financeira das mulheres.

A evasão de mães do mercado de trabalho também tem um impacto negativo na economia, reduzindo a força de trabalho e o potencial de crescimento do país. Ao investir em políticas de inclusão e apoio à maternidade, as empresas podem contribuir para um mercado de trabalho mais justo, igualitário e produtivo.

A desigualdade salarial é outro problema grave enfrentado pelas mães no mercado de trabalho. A pesquisa da Catho revela que 38% das mães empregadas acreditam ou têm certeza de que ganham salários menores do que colegas em funções similares. Essa disparidade salarial é injusta e precisa ser combatida com políticas de igualdade salarial e transparência.

Ações para Promover a Inclusão de Mães

Para promover a inclusão de mães no mercado de trabalho, é fundamental que as empresas implementem políticas e práticas que apoiem a maternidade e a parentalidade. Algumas ações que podem ser adotadas incluem:

  • Oferecer horários flexíveis e opções de trabalho remoto;
  • Implementar programas de licença-maternidade e paternidade estendida;
  • Disponibilizar creches ou auxílio-creche para os filhos dos funcionários;
  • Criar programas de apoio à parentalidade e orientação para mães e pais;
  • Promover a igualdade salarial e a transparência nas políticas de remuneração;
  • Combater a discriminação contra mães e gestantes no processo de recrutamento e seleção;
  • Incentivar a participação de mães em programas de capacitação e desenvolvimento profissional.

A adoção dessas medidas pode transformar o ambiente de trabalho e criar um cultura mais inclusiva e acolhedora para as mães. Além disso, é importante que as empresas invistam em programas de treinamento e sensibilização para os gestores e funcionários, a fim de combater o preconceito e promover a igualdade de oportunidades.

Ao criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário, as empresas podem atrair e reter talentos, aumentar a diversidade e melhorar os resultados. A inclusão de mães no mercado de trabalho é um passo importante para a construção de um futuro mais justo e próspero para todos. Para saber mais sobre diversidade e inclusão, veja este artigo sobre o Sebrae que revela ranking das cidades com mais startups no Brasil.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.