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- Quase metade dos trabalhadores de aplicativos no Brasil não consegue cobrir despesas básicas, segundo pesquisa da GigU.
- Você pode entender como a renda desses profissionais é insuficiente para custos como combustível e manutenção.
- A situação afeta diretamente a qualidade de vida e a estabilidade financeira de milhares de trabalhadores.
- O estudo também revela que muitos profissionais precisam atuar em mais de uma plataforma para complementar a renda.
O trabalho via aplicativos se tornou uma alternativa de renda importante no Brasil. No entanto, uma pesquisa da fintech GigU, em parceria com a Jangada Consultoria, revela dificuldades enfrentadas por motoristas, entregadores e prestadores de serviços. Quase metade (45,1%) dos profissionais entrevistados afirma que a renda líquida dos aplicativos não cobre os gastos mensais essenciais. Mesmo trabalhando mais de oito horas por dia, os ganhos não são suficientes para cobrir custos como combustível e manutenção.
Realidade Financeira dos Trabalhadores de aplicativos
A pesquisa da GigU mostra que, embora muitos trabalhadores de aplicativos dediquem longas horas ao trabalho, a compensação financeira nem sempre é suficiente. Mais da metade dos participantes (50,2%) trabalha mais de oito horas diárias, mas isso não garante que consigam cobrir seus gastos básicos. Para quase metade dos entrevistados (49,9%), os custos mensais com combustível, manutenção do veículo e alimentação ultrapassam R$ 1.500.
Essa situação apertada reduz significativamente a margem de lucro desses profissionais, deixando-os com pouca ou nenhuma folga financeira. A pesquisa também revela que muitos trabalhadores de aplicativos precisam recorrer a mais de uma plataforma para tentar aumentar seus ganhos. De acordo com os dados, 54,4% dos trabalhadores atuam simultaneamente em dois ou mais aplicativos.
A principal razão para ingressar nesse tipo de ocupação é a necessidade financeira. Entre os motivos mais citados estão o desemprego (35,4%) e a busca por complementar a renda (38%). Apenas uma minoria (31,5%) mencionou a flexibilidade de horário como um fator relevante. Muitos permanecem nesse setor por falta de outras oportunidades, como também foi noticiado que mais bilionários se unem a movimento de doação de fortunas, seguindo o exemplo de Bill Gates.
Luiz Gustavo Neves, CEO da GigU, aponta uma desconexão entre o discurso de liberdade promovido pelas empresas e a realidade dos profissionais. “A transparência nos ganhos é hoje uma das maiores demandas desses trabalhadores. Sem saber claramente quanto vão receber ou por que certos valores são descontados, fica impossível planejar a própria vida.” Ele defende que as plataformas sejam mais claras e que a sociedade reconheça o valor desses trabalhadores.
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Descontentamento e Falta de Suporte
O estudo da GigU também revela um descontentamento generalizado com o suporte oferecido pelas empresas de aplicativos. A maioria dos trabalhadores considera o atendimento ruim ou muito ruim. Especificamente, seis em cada dez entrevistados expressaram essa insatisfação. Além disso, uma grande maioria (78,3%) sente que as plataformas não se preocupam com o bem-estar de quem está na linha de frente do serviço.
Questões como bloqueios, taxas e valores recebidos geram desconfiança entre os trabalhadores de aplicativos. Cerca de 60% dos entrevistados relatam falta de clareza nesses temas, o que agrava a sensação de insegurança e desamparo. Em relação ao mercado de tecnologia, foi noticiado que a Google Photos ganha novos recursos em comemoração aos 10 anos.
A GigU destaca que muitos profissionais preferem os aplicativos ao regime CLT devido à rapidez para começar a trabalhar e à percepção de autonomia. “Motoristas e entregadores escolhem os aplicativos por serem uma forma rápida e acessível de gerar renda. O início é simples, sem burocracia, e a autonomia na escolha de horários atrai quem busca flexibilidade”, afirma a empresa.
No entanto, a empresa também ressalta que há um descompasso entre a imagem vendida pelas plataformas e a realidade operacional. “As plataformas promovem a imagem de autonomia e liberdade, mas na prática a realidade é diferente. Muitos motoristas enfrentam instabilidade, bloqueios arbitrários e falta de suporte, logo, eles não estão plenamente no controle da sua atividade”.
Reivindicações e Oportunidades no Setor
Os trabalhadores de aplicativos têm diversas reivindicações para melhorar suas condições de trabalho. A principal delas é o aumento na remuneração por corrida, com 97,4% dos entrevistados manifestando esse desejo. Outras demandas importantes incluem a redução das taxas cobradas pelas empresas (72,7%), maior transparência nos valores e critérios (56,9%), suporte mais eficiente (51,3%) e acesso a benefícios como plano de saúde e previdência (42,8%).
A chegada de novas empresas ao mercado brasileiro, como a chinesa Meituan, pode representar uma oportunidade de mudança. Segundo a GigU, “A entrada de novas plataformas pode gerar uma concorrência saudável, obrigando empresas atuais a melhorar suas condições para manter motoristas e entregadores”. No entanto, a competição com empresas já consolidadas apresenta desafios, especialmente para marcas nacionais menores.
Os dados da pesquisa reforçam a necessidade de regulação do setor, que está atualmente em debate no Congresso Nacional. A ausência de vínculos formais deixa milhões de trabalhadores sem acesso a garantias básicas, enquanto o modelo digital continua a se expandir. Para a GigU, medidas como a revisão das taxas, a melhoria do atendimento e maior visibilidade sobre os valores pagos são essenciais para equilibrar a relação entre profissionais e plataformas. Enquanto isso, no mundo dos jogos, foi anunciado que o remake de Persona 4 não terá retorno de atrizes de voz queridas pelos fãs.
Apesar das dificuldades, muitos trabalhadores permanecem vinculados às plataformas por necessidade. De acordo com a pesquisa, 46,4% continuarão no setor até encontrarem ocupações mais vantajosas, enquanto 31,9% afirmam que sairiam imediatamente se tivessem outra fonte de renda.
O estudo da GigU oferece um panorama detalhado das condições de trabalho dos profissionais de aplicativos no Brasil, destacando a importância de um debate aprofundado sobre a regulamentação do setor para garantir melhores condições e maior segurança para esses trabalhadores. Assim como foi noticiado que a T-Mobile grava tela de iPhones sem permissão em aplicativo, gerando preocupações com privacidade.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Startupi