Pioneiros da internet no Brasil relembram trajetória e desafios da fama digital

MariMoon, Camila Coutinho e Rafinha Bastos compartilham os desafios e conquistas como pioneiros da internet no Brasil. Saiba mais sobre suas histórias.
Atualizado há 2 dias atrás
Pioneiros da internet no Brasil relembram trajetória e desafios da fama digital
Pioneiros da internet no Brasil: as histórias de MariMoon, Camila Coutinho e Rafinha Bastos. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • MariMoon, Camila Coutinho e Rafinha Bastos relembram os desafios e a trajetória como pioneiros da internet no Brasil.
    • Você pode se inspirar na jornada desses influenciadores para entender o crescimento do mercado digital no país.
    • Essas histórias mostram como a dedicação e a adaptação são essenciais para o sucesso no mundo digital.
    • O reconhecimento internacional de Rafinha Bastos destaca o potencial global dos criadores de conteúdo brasileiros.
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Claro! Aqui está o artigo reescrito conforme as suas instruções:

MariMoon, Camila Coutinho e Rafinha Bastos: Os Primeiros influenciadores da internet no Brasil relembram os desafios e a trajetória de sucesso no mundo digital. Em um bate-papo nostálgico, eles compartilham os perrengues do início da carreira e como pavimentaram o caminho para as novas gerações de influenciadores. De fotologs a vídeos virais, descubra como esses pioneiros conquistaram o reconhecimento e transformaram seus hobbies em profissão.

O Início da Jornada dos Primeiros Influenciadores da Internet

Mariana de Souza Alves Lima, conhecida como MariMoon, hoje com 42 anos, relembra um momento marcante em sua trajetória. Durante uma caminhada na Avenida Paulista, em São Paulo, ela foi reconhecida por um fã, um instante que a fez perceber a dimensão de sua fama.

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“MariMoon! É você? Eu te acompanho”, gritou o admirador, demonstrando o carinho e a admiração que ela havia conquistado através de seu trabalho na internet. Esse reconhecimento nas ruas foi um dos termômetros do sucesso que ela construiu ao longo dos anos.

Uma pesquisa realizada pela Youpix e Nilsen revelou que, em 2023, o Brasil ocupava a segunda posição no ranking de países com o maior número de influenciadores digitais no mundo. Eram 10,5 milhões de contas com pelo menos mil seguidores cada, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 13,5 milhões.

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MariMoon se destaca como uma das pioneiras nesse universo, trilhando um caminho que abriu portas para muitos outros criadores de conteúdo. “Eu amo ser vista como a primeira. Não tinha me dado conta disso. Demorei muito tempo para entender. Alguém me disse isso e me perguntei: ‘eu sou mesmo?’”, relembra, com orgulho de sua trajetória.

Recompensas e Reconhecimento: Uma Construção Gradual

Os pioneiros da influência digital compartilham a visão de que as recompensas, tanto financeiras quanto em reconhecimento, são fruto de um processo construído com paciência e dedicação. Eles observam que, atualmente, muitos aspirantes a influenciadores almejam o sucesso imediato, sem compreender a importância de construir uma base sólida.

Camila Coutinho, uma das principais influenciadoras digitais do país, ressalta a ansiedade presente nas novas gerações. “As pessoas que começam agora têm muita ansiedade. Eu me sinto privilegiada de ver tudo isso. Tenho consciência que colaborei para a formação de um mercado, de uma formação de códigos de ética, do como fazer. Quando comecei, não havia referência, não tinha para quem olhar”, afirma.

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Em 2006, Camila Coutinho criou o site “Garotas Estúpidas”, que se tornou um dos mais influentes no universo da moda. Hoje, empresária e com 3,3 milhões de seguidores no Instagram, ela inicialmente sonhava em ser estilista. O reconhecimento e as oportunidades surgiram de forma inesperada, transformando um hobby em uma carreira de sucesso.

O site começou como uma brincadeira, mas a história mudou quando ela recebeu uma proposta de uma marca internacional para um acordo de divulgação, com um pagamento de US$ 300 por mês. Esse foi o primeiro passo para a profissionalização de seu trabalho como influenciadora.

A trajetória de Camila Coutinho poderia ter sido diferente se ela não tivesse compartilhado com seu pai, durante um almoço em família, que seu “bloguinho” estava alcançando 2.500 acessos diários. A resposta do pai foi um incentivo crucial: “Minha filha, corre atrás. Tem alguma coisa aí.”

Humor e a Criação de Conteúdo Digital

Foi o humor que abriu as portas para a criação de influenciadores no Brasil, mesmo antes da explosão das redes sociais. O humorista Rafinha Bastos, por exemplo, começou a produzir vídeos para sua página pessoal antes mesmo do surgimento do YouTube. O objetivo inicial era divulgar seu trabalho e os shows de comédia stand-up, mas o resultado foi muito além.

“Eu comecei a postar na internet essas bobeiras e dois anos depois tinha um fã-clube no Japão. Havia gente na Suécia que gostava. Recebia emails do mundo inteiro. Foi ali que percebi: poderia ir muito além das fronteiras do meu estado [Rio Grande do Sul]. Foi muito especial descobrir isso”, conta Rafinha Bastos.

Esse reconhecimento internacional foi um dos fatores que o impulsionaram a se tornar um dos humoristas brasileiros mais conhecidos no exterior. Rafinha Bastos foi o primeiro a explorar o circuito de comédia stand-up nos Estados Unidos, abrindo caminho para outros artistas brasileiros.

Hoje, morando em Nova York, ele realiza shows ao redor do mundo, graças às oportunidades que a internet proporcionou. “Eu moro em Nova York e faço show no mundo inteiro por causa da internet. Eu utilizo muito bem essa possibilidade há muito tempo e entendi isso meio sem querer. E depois foi no YouTube que comecei a postar coisas que me davam liberdade porque não precisava passar por aprovação de ninguém.”

Embora Rafinha Bastos tenha se destacado antes do YouTube, o pioneiro brasileiro na plataforma foi Guilherme Zaiden, que publicou o primeiro vídeo em 2006. Após um período afastado, Zaiden retornou à produção de conteúdo, atualmente focado em material adulto no X (antigo Twitter) e em plataformas de assinatura como Onlyfans.

Trabalho Fácil ou Dedicação Constante?

Os pioneiros da internet, que alcançaram a fama nos primeiros anos da era digital, destacam dois equívocos comuns sobre a profissão de influenciador: a ideia de que é um trabalho fácil e que gera muito dinheiro rapidamente.

Camila Coutinho enfatiza a importância da saúde mental e da experiência acumulada ao longo dos anos. “Fico muito feliz pela minha saúde mental e de ter começado naquela época. Tenho parâmetro das coisas. Tudo muda, há ciclos, os personagens e os players mudam e você precisa se adaptar o tempo todo. Eu gosto, mas é cansativo. Saber disso, que as coisas mudam, me dá musculatura para lidar com o desconforto da mudança. Ganhar dinheiro é maravilhoso, mas nunca faço as coisas apenas por isso”, diz.

MariMoon compartilha a mesma visão, ressaltando que, nos primeiros anos, mesmo com produtos licenciados com sua marca, o retorno financeiro era baixo. Ela posteriormente se tornou VJ da MTV e trabalhou para o Grupo Globo e a Rede TV, diversificando suas fontes de renda.

“Eu comecei a ganhar dinheiro na MTV. Quando acabou, fiquei pensando o que ia fazer da vida. Fiquei um pouco na Rede TV e fui parar na Globo. [Ser influenciadora] É um trabalho gigante e você tem de ser, sozinha, o equivalente a uma produtora de 50 pessoas”, afirma MariMoon.

Atualmente, MariMoon também apresenta o videocast Acessíveis, ao lado de Titi Muller, no Uol. Ela descreve a complexidade do universo audiovisual, que envolve filmar, editar, pensar na parte publicitária, dar atenção ao público, analisar dados e refletir sobre os resultados. “Trabalho todos os dias, o dia inteiro. Férias, para mim, é viajar a trabalho”, completa.

Rafinha Bastos observa que a figura do influenciador digital ainda é vista com certo preconceito. “Ficou meio pejorativo, principalmente por causa da imprensa. E na verdade, não é. A gente não sabe como a menina que muda o cabelo de loiro para ruivo vai incentivar as pessoas a tomarem decisões na vida. Você não sabe como isso impacta e de que maneira é positiva. A gente tem efeito muito grande sobre quem assiste nosso conteúdo”, diz.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.