Pior que cigarro: diz Espanha sobre telefones celulares

Smartphones têm se tornado onipresentes entre crianças, com muitos adquirindo um dispositivo já aos 10 anos. Especialistas defendem o uso de celulares simples para promover atividades offline.
Atualizado há 10 horas
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Um grupo de especialistas recomendou que os smartphones vendidos na Espanha incluam avisos de saúde semelhantes aos encontrados nas embalagens de cigarros. Essa sugestão surge em meio a crescentes preocupações sobre o impacto da tecnologia na saúde pública, especialmente entre crianças. O relatório foi apresentado ao governo espanhol, que está considerando uma nova legislação para proteger os menores de excessos digitais.

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Recomendações para o uso de smartphones entre crianças

O painel de 50 membros propôs que crianças com menos de três anos não tenham acesso a dispositivos digitais. Para aquelas com menos de seis anos, o uso deve ser limitado. Para crianças entre seis e doze anos, a recomendação é priorizar o uso de dumb phones, que não têm acesso à internet, e incentivar atividades offline, como esportes.

Além disso, o relatório sugere que a exposição a smartphones e redes sociais seja restrita até que as crianças completem 13 anos. Essas diretrizes estão alinhadas com iniciativas globais, como a proposta da França de proibir o uso de smartphones para menores de 13 anos e limitar o acesso a redes sociais até os 18 anos.

Atualmente, estatísticas indicam que um em cada quatro crianças possui um smartphone aos 10 anos, e esse número sobe para quase 50% aos 11 anos. Essa realidade acende um alerta sobre a necessidade de regulamentações mais rigorosas.

Impactos na saúde e dependência digital

Os especialistas também pedem a inclusão de rótulos de advertência nos smartphones vendidos na Espanha, alertando sobre os riscos à saúde associados ao uso excessivo de dispositivos digitais. Além disso, sugerem que aplicativos incluam avisos sobre limites de uso e informações sobre saúde.

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O relatório enfatiza a importância de reconhecer a dependência de smartphones como um problema de saúde pública, o que poderia facilitar a implementação de medidas preventivas e a detecção precoce de problemas relacionados ao uso excessivo.

As recomendações incluem a incorporação de perguntas sobre o tempo de tela e o uso de tecnologia nas consultas médicas para todas as idades. Para adolescentes, é sugerido um monitoramento regular de sintomas de depressão, ansiedade e uso excessivo de dispositivos.

Iniciativas legislativas e educacionais

O governo espanhol, liderado por uma coalizão socialista, já propôs medidas para proteger os menores, como a implementação de controles parentais obrigatórios em smartphones e o aumento da idade mínima para contas em redes sociais de 14 para 16 anos. Além disso, professores e profissionais de saúde receberão treinamento para identificar e abordar a dependência de smartphones entre crianças.

O relatório também recomenda campanhas educativas e programas de treinamento familiar para ajudar os pais a gerenciar as atividades online de seus filhos de forma segura. À medida que a Espanha avança na elaboração de sua legislação, o documento ressalta a urgência de lidar com os hábitos digitais das crianças, em um cenário de crescente preocupação sobre os efeitos da tecnologia na saúde e bem-estar.

Para mais informações sobre como a tecnologia está moldando o futuro, confira nosso artigo sobre como a tecnologia transforma a experiência de compra.

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Além disso, a inclusão feminina na tecnologia está ganhando força, como discutido em nossa análise sobre a inclusão feminina na UFC.

Por fim, a educação tecnológica é um tema relevante, e você pode descobrir mais sobre seu impacto no aprendizado no Brasil em neste artigo.

Via Firstpost

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.