Polícia prende suspeitos envolvidos em golpes de leilões falsos em São Paulo e RS

Operação policial apreende suspeitos de aplicar golpes por leilões falsos em SP e RS. Saiba como o esquema funcionava e como se proteger.
Polícia prende suspeitos envolvidos em golpes de leilões falsos em São Paulo e RS
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Polícia cumpriu mandados e prendeu suspeitos de golpe em leilões falsos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
    • Você deve verificar a autenticidade de plataformas de leilão online antes de realizar qualquer negociação.
    • A operação retirou sites fraudulentos do ar, protegendo possíveis vítimas de futuras fraudes eletrônicas.
    • Os envolvidos podem receber penas de até 21 anos de prisão por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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Uma recente operação policial agiu contra um grupo criminoso que aplicava golpes virtuais por meio de leilões falsos de veículos. A ação, realizada nas cidades paulistas de São Paulo e Itanhaém, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária. Pelo menos sete pessoas já estão detidas, mostrando a seriedade do combate a fraudes eletrônicas.

A investigação foi um esforço conjunto da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, da Polícia Civil de São Paulo e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Embora muitas das vítimas residissem no Rio Grande do Sul, a atuação da quadrilha abrangia todo o território nacional. Eles conseguiram enganar pessoas em, no mínimo, três estados brasileiros distintos, evidenciando a amplitude dos esquemas criminosos.

Mais de 80 policiais trabalharam nas detenções, um número que reflete a complexidade e a escala da operação. As equipes de crimes cibernéticos, peças-chave na investigação, garantiram que os sites falsos fossem tirados do ar de forma permanente. Assim, protegendo potenciais novas vítimas de caírem no mesmo esquema. Os suspeitos enfrentarão acusações por estelionato via fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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As penas combinadas para estes crimes podem chegar a 21 anos de prisão, além de multas significativas, dependendo da gravidade e do número de delitos. A desarticulação dessa rede é um passo importante para aumentar a segurança nas transações digitais, alertando sobre a necessidade de verificar a autenticidade de plataformas online antes de qualquer negociação.

Como Funcionavam os Golpes virtuais por leilões

A operação, batizada de “Lance Final”, foi o resultado de uma investigação minuciosa que durou mais de um ano. Os agentes começaram a trabalhar após receberem denúncias. Essas denúncias alertavam sobre a clonagem do site de uma empresa legítima, localizada em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. A clonagem era uma tática fundamental para dar um ar de legitimidade aos leilões fraudulentos.

Embora o valor total lucrado pelos criminosos não tenha sido detalhado, sabe-se que pelo menos duas vítimas sofreram prejuízos individuais superiores a R$ 100 mil. Uma fatia considerável dos valores desviados já havia sido convertida e ocultada em criptomoedas. Esse método de ocultação demandou o apoio técnico de núcleos especializados do Ministério da Justiça para rastrear e recuperar os ativos. A segurança das criptomoedas é um tema de debate constante, e casos como este mostram os desafios.

A forma como os golpistas agiam seguia um padrão para enganar as vítimas:

  • Os investigadores descobriram que o grupo desenvolvia vários sites com um visual bem parecido aos serviços de leilões de automóveis legítimos. Eles se passavam por empresas reais. Isso incluía copiar o catálogo de veículos oferecidos, buscando total semelhança com as plataformas originais.
  • Para dar mais credibilidade aos serviços falsos na web, a matrícula de um leiloeiro oficial foi utilizada sem permissão. Além disso, os criminosos demonstravam familiaridade com termos técnicos do mercado de leilões. Isso ajudava a convencer as vítimas de que se tratava de um negócio sério e transparente.
  • Para ampliar o alcance, os golpistas investiam em anúncios pagos em buscadores, como o Google. Ao patrocinar links, seus sites fraudulentos apareciam entre os primeiros resultados de busca. Isso atraía um número ainda maior de potenciais vítimas para o esquema, aumentando a visibilidade das ofertas falsas.
  • O golpe era finalizado quando a vítima pensava ter arrematado um carro por um preço muito vantajoso. Depois, os criminosos usavam o WhatsApp para negociar o pagamento. Este era feito via Pix, uma forma de transação rápida e sem burocracia. Assim que o dinheiro era transferido, os golpistas desapareciam, sem deixar rastros ou dar qualquer satisfação sobre a entrega do veículo.

A Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou planos importantes. Eles estão desenvolvendo uma rede nacional focada em fortalecer a inteligência cibernética. A intenção dessa iniciativa é integrar as forças policiais e os órgãos de investigação em todo o Brasil. Com a colaboração entre os estados, espera-se aprimorar significativamente as operações conjuntas contra crimes digitais, tornando o ambiente online mais seguro para todos os usuários.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.