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- A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem suspeito de envolvimento no maior ataque hacker ao sistema bancário brasileiro.
- Ele confessou ter vendido senhas e desenvolvido sistemas para desviar valores, prejudicando o sistema financeiro.
- A operação demonstrou a vulnerabilidade de sistemas conectados e a necessidade de segurança digital constante.
- Investigações continuam para localizar outros envolvidos na trama.
A Polícia Civil de São Paulo confirmou a Prisão por ataque hacker de um homem suspeito de envolvimento no maior ataque cibernético ao sistema bancário brasileiro. Ele seria funcionário de TI da C&M, empresa que presta serviços para o Pix e outras instituições financeiras. A operação foi realizada por equipes especializadas, marcando um avanço importante nas investigações.
Detalhes da Prisão por Ataque Hacker e a Confissão do Suspeito
João Nazareno Roque, de 48 anos, foi detido em sua residência na região de Taipas, zona norte de São Paulo, na manhã de sexta-feira (04). A ação foi conduzida por agentes da 2ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Essas unidades são especializadas em investigar delitos digitais de alta complexidade em todo o estado de São Paulo.
Roque, durante o interrogatório, confessou ter vendido sua senha de acesso a sistemas por R$ 5 mil para os criminosos. Além disso, ele teria cobrado mais de R$ 10 mil para desenvolver um sistema específico que permitiria o desvio dos valores. Este método sugere uma participação ativa e planejada, indo além de apenas fornecer o acesso inicial.
Uma conta bancária, que chegou a receber R$ 270 milhões, foi rapidamente bloqueada pelas autoridades. Este bloqueio demonstra a agilidade da polícia em conter parte dos desvios, minimizando o prejuízo ao sistema financeiro. O suspeito afirmou não ter contato físico com os hackers, comunicando-se apenas por celular. Para evitar o rastreamento, ele trocava o aparelho a cada quinze dias.
A C&M informou que o acesso aos seus sistemas foi feito por meio de senhas e credenciais legítimas, indicando uma falha interna na segurança da informação. A empresa BMP, cliente da C&M, foi o alvo principal desses desvios, que já haviam sido reportados na quarta-feira (02), somando R$ 1 bilhão em tentativas de golpe. Este incidente ressalta a vulnerabilidade de sistemas conectados.
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A Polícia Civil continua com as investigações para identificar e prender outros indivíduos envolvidos nesta complexa trama. O caso destaca a importância da vigilância constante e da segurança digital, especialmente em sistemas que movimentam grandes volumes financeiros. Manter as credenciais seguras e sistemas atualizados é um desafio contínuo, reforçando a necessidade de cuidados com a privacidade e a segurança cibernética.