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Com o aumento das tarifas de importação sobre dispositivos eletrônicos em vários países, o preço do iPhone 17 tem sido alvo de muitas especulações. A situação das tarifas, que estão em constante alteração ao longo do ano, gera incertezas sobre possíveis reajustes nos valores dos próximos lançamentos da Apple. Ainda que rumores de aumento de preço tenham sido divulgados, as cifras específicas permanecem incertas até o momento, com a previsão mais concreta indicando um acréscimo de US$50 na linha completa.
Rumores sobre o preço do iPhone 17
- Jeff Pu (GF Securities), agosto de 2025 – O aumento de preços é considerado “provável”, porém não foram divulgados números exatos.
- Instant Digital (Weibo), agosto de 2025 – O iPhone 17 Pro pode custar até US$50 a mais, começando com 256GB de armazenamento em vez de 128GB.
- Edison Lee (Jefferies), julho de 2025 – A expectativa é que os preços aumentem US$50 em toda a linha do iPhone 17.
- WSJ, maio de 2025 – A Apple estaria considerando aumentar o preço do iPhone 17, sem valores específicos divulgados.
- Reuters, abril de 2025 – O iPhone pode chegar a custar até US$2.300 com tarifas incluídas.
Apesar dessas especulações, muitas delas já estão defasadas ou os analistas evitaram dar números precisos. A previsão mais clara, até agora, vem de julho, quando a Jefferies apontou um aumento de US$50 na linha do Preço do iPhone 17. Como as tarifas são um fator variável, o impacto no valor final dos dispositivos pode variar bastante.
Tarifas recíprocas e isenções
Desde que as tarifas recíprocas altas foram anunciadas contra países como China, Índia, Vietnã e Malásia em abril, houve preocupação com um possível impacto financeiro enorme na Apple. No entanto, após negociações e isenções promovidas pelo governo dos Estados Unidos, a maioria dos dispositivos da Apple está isenta dessas tarifas.
A administração de Trump excluiu uma lista extensa de produtos, incluindo praticamente todos os dispositivos da Apple, como iPhone, iPad, Mac, Apple Watch, entre outros. Mesmo com a ameaça de uma tarifa de 50% sobre importações da Índia, a Apple não precisará pagar esse valor atualmente, assim como o 25% vigente na China, que está pausado novamente.
Quando componentes de semicondutores foram excluídos de tarifas recíprocas em abril, Trump prometeu a criação de uma tarifa específica para semicondutores, que poderia afetar a Apple. Recentemente, ele afirmou que essa tarifa de 100% sobre chips ainda está em análise, mas ela não será aplicada às empresas que produzem nos EUA, incluindo a Apple, que já anunciou um investimento de US$600 bilhões na fabricação no país.
Se essa tarifa de fato for implementada, a Apple não precisará pagar, segundo suas promessas, embora detalhes sobre o valor ainda não tenham sido divulgados. O cenário atual mostra que a realização dessas tarifas ainda é incerta e que o impacto direto nas contas da Apple, por enquanto, é limitado.
O que a Apple está pagando de tarifas atualmente
Embora a Apple esteja isenta de tarifas recíprocas sobre semicondutores, ela precisa arcar com outras tarifas existentes. A mais conhecida atualmente é a tarifa de 20% sobre produtos importados da China, relacionada ao combate ao tráfico de fentanil. As tarifas também incidem sobre produtos que não estão isentos ou que ainda não tiveram sua isenção renovada, como alguns acessórios e componentes.
No último balanço trimestral divulgado, o CEO Tim Cook revelou que a Apple pagou US$800 milhões em tarifas somente no último trimestre de junho, e a projeção para o próximo, até setembro, é de US$1,1 bilhão, assumindo que a situação tarifária permaneça igual e nenhuma nova tarifa seja instaurada.
Por essa razão, o impacto no preço do iPhone 17 pode ser menor do que se imagina, já que a linha de smartphones representa uma parcela significativa da receita da Apple, como apontado em relatórios financeiros. Um aumento de US$20 a US$50 por aparelho poderia compensar facilmente as tarifas adicionais, especialmente se a Apple optar por não repassar integralmente esses custos aos consumidores.
Se considerar os US$1,1 bilhão previstos para tarifas em uma receita de US$46 bilhões no último trimestre de 2024, esse impacto corresponderia a pouco mais de 2,4%. Assim, a estratégia pode ser de repassar esses custos de modo parcial, mantendo o preço do iPhone 17 relativamente estável, com uma possível mudança de preço pontual na versão Pro, que tem maior margem de lucro.
Mesmo com as tarifas atuais, vale lembrar que a cadeia de fornecedores da Apple é global, o que pode gerar aumentos de componentes ou produção que impactarão eventual preço do iPhone 17. Como o modelo base tem ficado na faixa de US$799 nos últimos cinco anos, uma atualização com aumento pode ser considerada, além de possibilidades de variações conforme o mercado e negociações.
No caso do iPhone 17 Air, uma expectativa de preço inicial de US$899 é sustentada por rumores, e essa nova versão, por ser um modelo totalmente renovado, ainda traz incertezas sobre o impacto das tarifas e custos adicionais.
A dinâmica de tarifas, isenções e cotações do dólar continuará influenciando o preço do iPhone 17 nos próximos meses, com a Apple avaliando estratégias para manter acessível a sua linha de produtos apesar das pressões comerciais globais.
Via MacRumors