Por que jogar um videogame criado por inteligência artificial?

Descubra se os videogames criados por IA realmente valem a pena.
Atualizado há 1 dia
Jogos criados por IA

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A inteligência artificial (IA) generativa invadiu o mundo dos games, e a Microsoft revelou o Muse, um modelo de IA que promete revolucionar o design de jogos. Mas será que os jogadores realmente querem jogos criados por IA? A questão central é se essa tecnologia compreende o que torna os jogos tão especiais ou se ignora os toques humanos que os definem.

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## O toque humano nos jogos criados por IA

Empresas como a Microsoft afirmam que a IA servirá para apoiar os desenvolvedores, não para substituí-los. Em eventos como a Game Developers Conference, demonstrações com Nvidia Ace mostram NPCs responsivos, criados com a ajuda de roteiristas que alimentam os modelos de IA com biografias detalhadas dos personagens. Mas será que essa é a realidade?

Em 2024, a Microsoft demitiu mais de 1.500 pessoas de sua divisão de jogos, inclusive fechando estúdios aclamados como a Tango Gameworks. E tudo isso enquanto treinava o Muse, um modelo de IA com potencial para desenvolver jogos. Josef Fares, diretor de Split Fiction, reconheceu que essa tecnologia pode levar a demissões.

É crucial reconhecer que a IA generativa pode, sim, eliminar postos de trabalho. Embora nem todos os jogos serão feitos inteiramente por IA, é provável que vejamos mais conteúdos, como artes e diálogos de NPCs, sendo creditados a essas ferramentas. Imagine um jogo com fases inteiramente criadas por IA ou uma versão criada por máquina de um clássico.

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Para quem ama videogames, essa perspectiva pode ser perturbadora. Os defensores da IA parecem acreditar que jogadores aceitarão qualquer coisa, até mesmo clones de jogos como Bleeding Edge. Mas será que um jogo criado por IA pode substituir um projeto feito com paixão e criatividade?

O que faz os jogos serem tão amados são os toques humanos. A sensação do Leviathan Axe em God of War: Ragnarok é resultado de discussões sobre o peso da arma e como ela reflete o estado mental de Kratos. A história de Avowed reflete a experiência de uma equipe que viveu uma pandemia e traduziu seus pensamentos em uma narrativa sobre autoritarismo. E a atmosfera de The Legend of Zelda: Breath of the Wild nasce de composições de piano minimalistas.

## O futuro dos jogos criados por IA

A IA generativa pode simular a criatividade, mas o resultado final carece de significado. Ela pode animar Kratos, mas não entenderá a história de violência que ele tenta esconder de seu filho. Pode escrever sobre uma pandemia, mas não terá opiniões originais sobre o tema. E pode até combinar notas de piano, mas não terá a visão de Hyrule. No máximo, a IA generativa é uma fotocopiadora que cospe reproduções sem vida do original.

Qual o objetivo de uma indústria construída em cópias? Qual o apelo de um clone de Bleeding Edge criado por uma máquina? Jogadores já rejeitam jogos que tentam imitar tendências de forma vazia. Uma máquina treinada em jogos Zelda jamais criaria algo como Wind Waker, e nenhuma IA poderia ter inventado Balatro, pois não havia nada parecido em seu banco de dados.

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A tecnologia vai melhorar, e o Muse poderá até ser usado para ajudar desenvolvedores a implementar suas ideias. A IA já é útil no desenvolvimento de jogos, como em Final Fantasy XVI e Immortality. Mas a IA generativa nunca substituirá o toque humano, sendo capaz apenas de criar imitações da Mona Lisa.

Características
Modelo Muse
Desenvolvedora Microsoft
Tipo IA Generativa
Aplicação Prototipagem e desenvolvimento de jogos
Treinamento Baseado em gameplay de Bleeding Edge
Funcionalidades Geração de sequências de gameplay, auxílio a desenvolvedores, preservação de jogos antigos, criação de conteúdo dinâmico

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Digital Trends

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.