Por que os mesmos atores estão em todos os filmes e séries? Entenda o fenômeno

Entenda a lógica por trás da repetição de atores em filmes e séries e como isso afeta a indústria do entretenimento.
Atualizado há 7 horas atrás
Por que os mesmos atores estão em todos os filmes e séries? Entenda o fenômeno
A repetição de atores molda narrativas e impacta a indústria do entretenimento. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Atores como Pedro Pascal e Sydney Sweeney estão em múltiplas produções simultaneamente, gerando discussão sobre a repetição de nomes em Hollywood.
    • Explicar as razões por trás desse fenômeno, incluindo a lógica de mercado e o impacto das redes sociais.
    • Você pode notar menos diversidade de atores em produções recentes, limitando oportunidades para novos talentos.
    • O fenômeno reflete a busca por segurança financeira pelos estúdios, priorizando nomes já consagrados.
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Você já sentiu que alguns atores em Hollywood estão em todo lugar? Seja em filmes, séries ou comerciais, certos rostos parecem se repetir. Esse fenômeno virou até meme nas redes sociais e não é só impressão de quem vive online. Nomes como Pedro Pascal, Sydney Sweeney e Timothée Chalamet parecem estar em todos os filmes e séries. Mas por que será que isso acontece? Existe uma lógica de mercado por trás dessa repetição.

Uma coisa é certa: atores interpretando vários papéis é comum em Hollywood e faz parte da profissão. Mesmo antes da internet, já víamos estrelas em diversos papéis em pouco tempo. Um exemplo é Leonardo DiCaprio, que atuou em Romeu e Julieta, Titanic e O Homem da Máscara de Ferro no final dos anos 90. Mas com as redes sociais, ficou ainda mais fácil encontrar rostos famosos online.

Alguns nomes se tornaram sinônimo de “onipresença” na indústria. Vamos ver alguns exemplos que você com certeza conhece.

Os Atores Onipresentes de Hollywood

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Pedro Pascal dominou o feed de muita gente ao protagonizar a série O Mandaloriano no Disney+ e, mais recentemente, The Last of Us. Mesmo com o fim da segunda temporada, ele continua nas telas com a divulgação de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, que estreou em julho.

E não para por aí! Pedro Pascal também está no filme de comédia romântica Amores Materialistas. Além disso, ele estará em Eddington, a nova produção do diretor Ari Aster.

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Sydney Sweeney, estrela da série Euphoria da HBO, é outro exemplo de atriz “onipresente”. Desde 2023, ela participou de oito grandes produções no cinema e na TV, incluindo a comédia romântica Todos Menos Você, o terror Imaculada e Echo Valley, que estreou no Apple TV+.

A atriz também tem vários projetos em andamento, incluindo uma adaptação do jogo Split Fiction nos cinemas. E como se não bastasse, Sydney aparece em campanhas de marketing e até vendendo um sabonete feito com água do próprio banho.

Timothée Chalamet também está trabalhando bastante em Hollywood. O ator é uma das estrelas em ascensão, participando de cada vez mais franquias importantes. Apesar de ter recebido um conselho de Leonardo DiCaprio para evitar filmes de heróis, ele já atuou em várias produções conhecidas, como a nova versão de Wonka. No ano passado, ele também esteve em dois filmes indicados ao Oscar: Duna Parte 2 e Um Completo Desconhecido, onde interpretou Bob Dylan.

Por que os Mesmos Atores Estão em Vários Papéis?

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Essa escalação constante de grandes astros em papéis de destaque não acontece só por causa do talento dos artistas e de seus agentes. Existe uma razão por trás dessa repetição. Em entrevista, o cineasta brasileiro Bernardo Barreto, que trabalha como diretor, roteirista e ator nos EUA, explicou os bastidores dessa escolha.

Segundo Bernardo, essa concentração de papéis em poucos atores em Hollywood não é nova, mas aumentou com o crescimento dos streamings e a pressão por resultados rápidos. “Hoje em dia, quem faz sucesso faz todos os filmes”, resume o diretor. Ele cita Wagner Moura e Gabriel Leone no Brasil como exemplos, mas diz que em Hollywood a situação é ainda mais extrema.

Para os produtores, escolher rostos conhecidos é uma forma de garantir retorno financeiro e engajamento nas redes sociais. Isso cria uma situação em que astros como Timothée Chalamet conseguem muitos projetos por ano, enquanto outros jovens talentos enfrentam testes e recebem negativas. Inclusive, você pode conferir mais detalhes sobre como evitar cobranças abusivas de roaming em viagens internacionais, um ponto crucial para quem está sempre viajando a trabalho.

Essa situação acaba virando uma bola de neve. Como os astros aparecem em vários filmes, eles começam a ser vistos como “referência de sucesso e bilheteria”, o que garante ainda mais papéis importantes. Se você está curioso sobre outras tendências e novidades do mundo do entretenimento, não deixe de conferir as séries e filmes em destaque nos streamings para o final de semana.

A Popularidade Acima da Técnica

O problema, segundo Bernardo, vai além da repetição de nomes. Muitas vezes, a escolha por atores em Hollywood da moda não considera o preparo técnico necessário para o papel. “Os papéis vão para quem está bombando no momento, seja nas redes sociais ou em campanhas de marketing”, afirma.

Essa lógica ignora artistas igualmente talentosos, mas que não têm o mesmo apelo midiático. O cineasta reforça que o problema é estrutural e que a indústria está cada vez mais focada em métricas de popularidade instantânea. Para ele, essa situação é um reflexo da lógica de mercado e de como o consumo de conteúdo mudou nos últimos anos. “O Timothée Chalamet faz cinco filmes gigantes por ano. E os outros? Cadê o outro moleque de 25 anos, super talentoso, que sempre fica em segundo lugar?”

Atores Enfrentam Rejeição Constante

Além da barreira da fama, Bernardo destaca o peso psicológico da rejeição constante que os atores enfrentam, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. “Eu lido com a rejeição como ator, como produtor, como diretor e como roteirista. A autoestima é uma questão diária”, admite. Essa busca por espaço o levou a diversificar sua atuação na indústria, assumindo várias funções para viabilizar seus projetos.

Mesmo com todo esse esforço, a sensação de exclusão é comum entre os profissionais. Bernardo também conta que muitos atores talentosos desistem da carreira por falta de oportunidades e dificuldades em se manter na indústria. Um desses casos o marcou durante um festival em Nova Jersey, quando um amigo ator revelou ter deixado a profissão por precisar pagar as contas. “Me deu uma tristeza enorme. É uma indústria muito cruel”, lamenta.

Para ele, o problema não tem um único culpado. “Não adianta culpar o streaming, os estúdios ou os produtores. É o jeito que o mundo está e a forma como o consumo de conteúdo mudou”, conclui o diretor, que lançará seu novo filme, Invisíveis, em breve no Brasil.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.