Por que a pergunta “Quem pediu por isso?” está equivocada em 2025

Entenda por que criticar inovação com 'Quem pediu por isso?' limita o avanço tecnológico em 2025.
Atualizado há 8 horas
Por que a pergunta “Quem pediu por isso?” está equivocada em 2025
(Imagem/Reprodução: Sammobile)
Resumo da notícia
    • A crítica ‘Quem pediu por isso?’ se popularizou em 2025 para questionar lançamentos tecnológicos que não agradaram o público.
    • Você deve entender que a inovação depende de experimentação e nem toda ideia surge de uma demanda explícita.
    • Essa visão simplista pode dificultar avanços importantes na tecnologia e na oferta de novos produtos.
    • O sucesso ou fracasso de um produto nem sempre reflete a demanda real do mercado, que é complexa e variável.
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O comentário “Quem pediu por isso?” ou “Ninguém pediu por isso” se tornou comum em 2025 nas redes sociais, especialmente para criticar lançamentos de produtos tecnológicos que não caíram no gosto popular e, aparentemente, prejudicaram as finanças das empresas. Essa frase, copiada e colada por muitos usuários, reflete uma percepção de que certas inovações chegam ao mercado sem uma demanda explícita.

Quem pediu por isso? O debate sobre novas tecnologias

O Galaxy S25 Edge, por exemplo, é citado como um dispositivo que, embora não seja necessariamente inovador, gerou discussões sobre sua necessidade. Da mesma forma, o iPhone Air pode ser visto como um dos mais recentes produtos a receber a mesma resposta. Embora memes possam ser divertidos, usar essas frases como críticas sérias pode ser limitante para o avanço da tecnologia.

Considerar a narrativa “Ninguém pediu por isso” como uma crítica válida contra produtos que não performam bem pode ir contra a ideia de pensamento criativo e as tentativas de inovação. A palavra-chave aqui é “tentativas”. O desenvolvimento tecnológico é um processo de experimentação, onde muitas ideias surgem sem um pedido prévio direto do público.

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Pense bem: ninguém pediu pela televisão, pelo rádio, pelo iPhone, pelo iPad, pelo phablet Galaxy Note (que na época era considerado grande demais), pela escova de dentes elétrica ou até mesmo pela pasta de amendoim. Ainda assim, todos esses produtos, que ninguém havia pedido, alcançaram um sucesso notável e se tornaram parte do nosso dia a dia.

A ideia de que uma empresa não deveria lançar um produto que desafia o padrão simplesmente porque “ninguém pediu por isso” pode ser um pouco restritiva. Isso parece mais um meme que algumas pessoas no mundo da tecnologia estão levando a sério demais, em vez de uma análise construtiva. O mundo real, afinal, não é sempre previsível em suas demandas.

É natural que algumas ideias falhem no processo de desenvolvimento. Contudo, essa falha faz parte de um ciclo maior, e dentro desse mesmo ciclo, outras ideias podem, eventualmente, prosperar. Esperar por inovação enquanto se impede que as empresas assumam riscos criativos soa como uma contradição inerente ao processo de desenvolvimento.

Explorando o Risco Criativo e a Demanda do Mercado

Não há nada de errado em clientes solicitarem produtos específicos, e as empresas podem se beneficiar ao tentar atender a essas demandas. Por outro lado, também não é problemático que as empresas se arrisquem e façam apostas audaciosas ao experimentar com novas ideias e conceitos. É um equilíbrio delicado.

Embora o Galaxy S25 Edge não seja uma grande inovação, descartar sua existência com a frase “Ninguém pediu por isso” não é uma abordagem muito criativa ou construtiva. Esse tipo de crítica simplista não contribui para o diálogo sobre o futuro da tecnologia. Isso demonstra a dificuldade em julgar o valor de um produto apenas pela sua recepção inicial.

E para aguçar a discussão, aqui vai um fato curioso: por anos, muitos usuários de smartphones nas redes sociais pediram por aparelhos compactos de alta performance, os chamados flagships compactos. Essa demanda vocal parecia clara, e muitos esperavam que as empresas atendessem a esse nicho de mercado.

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No entanto, cada tentativa de diversas empresas em criar um flagship compacto, como o Pixel 10 Pro que muitos usuários esperavam da Google, falhou em gerar vendas suficientes para manter o conceito vivo. A questão é que, embora muitas pessoas falem sobre o desejo de ter esses aparelhos, a quantidade de consumidores dispostos a realmente comprar esses produtos é insuficiente. A demanda teórica nem sempre se traduz em vendas concretas.

Com isso em mente, podemos argumentar que uma demanda vocal da maioria dos usuários não garante o sucesso de um produto. Da mesma forma, o fato de uma empresa tentar algo que “ninguém pediu por isso” não significa automaticamente que esse produto está condenado ao fracasso. O mercado é complexo e imprevisível.

É fácil postar “Ninguém pediu por isso” nas redes sociais e seguir para a próxima publicação nesta era digital acelerada. É uma frase que gera engajamento e tem potencial de meme. Contudo, é importante evitar considerar isso como um retorno crítico que realmente ajude as empresas a inovar no futuro. O verdadeiro feedback construtivo exige mais reflexão.

A inovação acontece em ciclos, com tentativas e erros, e o mercado de tecnologia, inclusive com avanços em áreas como smartphones da Xiaomi com tecnologia RGB OLED, é um campo fértil para essas explorações. O foco deve ser em como as empresas podem aprender com cada lançamento, independentemente de ter sido “pedido” ou não.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via SamMobile

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.