O que sabemos sobre o assassino do Monstro de Florença?

Descubra o que se sabe sobre o assassino do Monstro de Florença, o caso criminal mais misterioso da Itália.
Publicado dia 24/10/2025
O que sabemos sobre o assassino do Monstro de Florença?
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Monstro de Florença foi responsável por uma sequência de assassinatos entre 1968 e 1985 na Toscana, atingindo casais jovens em locais isolados.
    • Você pode conhecer os detalhes do caso e entender as investigações, suspeitas e teorias ainda em aberto após mais de 50 anos.
    • O caso influenciou a polícia italiana e a cultura popular, sendo tema de uma minissérie recente que revigora o interesse público.
    • As investigações seguem sem conclusões definitivas, envolvendo suspeitos, julgamentos e teorias sobre grupos criminosos complexos.
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A nova minissérie da Netflix, O Monstro de Florença, já está disponível e reavivou o interesse do público em um dos casos criminais mais misteriosos da Itália. Entre 1968 e 1985, uma série de assassinatos abalou a Toscana, resultando em pelo menos 16 vítimas. As mortes sempre envolviam casais em locais isolados, conhecidos como “estradas dos amantes”.

Em quatro episódios, a produção acompanha a longa investigação policial para identificar o responsável. Os crimes eram marcados por disparos de arma de fogo e mutilações com faca. Filmada nos arredores de Florença, a série recria uma história real que, ainda hoje, gera muitas perguntas e diversas teorias. Mas será que O Monstro de Florença foi realmente pego?

Apesar de décadas de investigações e condenações de vários suspeitos, o verdadeiro autor — ou autores — dos crimes nunca foi definitivamente identificado. A seguir, vamos entender melhor o que se sabe sobre o caso e quem foram os principais acusados.

O Caso Verdadeiro por Trás da Série

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O termo “Monstro de Florença” foi criado pela imprensa italiana nos anos 1980. Naquela época, a polícia percebeu que uma sequência de assassinatos, iniciada em 1968, seguia um padrão claro. As vítimas eram sempre casais jovens atacados enquanto buscavam privacidade em áreas afastadas.

As armas utilizadas — uma pistola calibre .22 e uma faca — mostravam uma conexão direta entre os diferentes crimes. Com o passar do tempo, a investigação se tornou uma das mais extensas e controversas da história criminal da Itália. Essa situação causou pânico na população e foi amplamente coberta pela mídia.

A nova série da Netflix se aprofunda nesse período turbulento. Ela explora não só os assassinatos, mas também os erros da investigação, as muitas suspeitas e as teorias que cercam o caso. Muitos mistérios permanecem sem solução até hoje.

Primeiros Suspeitos e o Início das Prisões

O primeiro crime documentado ocorreu em 1968, vitimando Barbara Locci e seu amante, Antonio Lo Bianco. O principal suspeito foi Stefano Mele, marido de Locci, que foi condenado em 1970.

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Antonio Lo Bianco e Barbara Locci, vítimas do assassino. Imagem: Wikimedia Commons.

No entanto, anos depois, foi descoberto que a mesma arma usada nesse crime apareceu em assassinatos posteriores. Esses novos ataques aconteceram enquanto Mele já estava preso.

Essa revelação levou a polícia a suspeitar de um grupo de criminosos mais complexo. Isso deu início à “trilha sarda”, que focou em antigos amantes e parentes de Mele, todos da Sardenha.

A “Trilha Sarda” e Novos Nomes Suspeitos

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Durante os anos 1980, investigadores prenderam vários homens ligados a Barbara Locci. Entre eles estavam Francesco Vinci e seus familiares. A teoria da polícia era que o assassino teria origem sarda e estaria conectado a pessoas próximas da primeira vítima.

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Retrato falado do Monstro de Florença realizado nos anos 60. Imagem: Encyclopedia Britannica.

Mesmo com a prisão de diversos suspeitos, os assassinatos continuaram acontecendo. Isso fez com que todos os envolvidos na “trilha sarda” fossem libertados, e a polícia começou a procurar por novas pistas de investigação.

Em 1994, a atenção policial se voltou para Pietro Pacciani, um lavrador com histórico de violência. Ele já havia sido condenado por estupro e homicídio. Pacciani foi acusado de matar sete dos oito casais e recebeu 14 sentenças de prisão perpétua.

O julgamento, amplamente televisionado, chocou o país. Pacciani negava todas as acusações, dizendo: “Estou aqui como Cristo na cruz.” Em 1996, ele foi absolvido por falta de provas, mas um novo julgamento foi marcado. O suspeito morreu em 1998 antes que pudesse ser julgado novamente.

O Grupo dos Snack Buddies e Outros Nomes

Após a morte de Pacciani, a polícia começou a acreditar que ele não agiu sozinho. A suspeita era de que ele teria trabalhado com um grupo, que foi apelidado de “Snack Buddies“. Esse nome surgiu porque os homens alegavam se reunir apenas para comer petiscos em bares.

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Dois de seus supostos cúmplices, Mario Vanni e Giancarlo Lotti, foram condenados em 1998. Isso aconteceu depois que Lotti confessou seu envolvimento nos crimes. No entanto, seu depoimento apresentava várias contradições.

Lotti foi sentenciado a 30 anos de prisão, pena que foi depois reduzida para 26 anos. Vanni, por sua vez, recebeu prisão perpétua. Ambos faleceram na década de 2000, mas suas mortes não encerraram os mistérios sobre o Monstro de Florença.

Novas Teorias e Outras Suspeitas

Uma das últimas teorias da polícia apontava para a existência de uma seita satânica ou sociedade secreta. Essa teoria sugeria que o grupo teria contratado Pacciani e seus cúmplices. Um farmacêutico, Francesco Calamandrei, chegou a ser julgado em 2008 sob a acusação de envolvimento, mas foi absolvido por falta de provas.

Outro nome mencionado foi o do médico Francesco Narducci, encontrado morto em 1985. A descoberta ocorreu logo após o último assassinato atribuído ao “Monstro”. Contudo, nenhuma ligação concreta foi comprovada, deixando o caso sem solução.

Com o passar dos anos, surgiram teorias ainda mais surpreendentes. Uma delas sugeria que o “Monstro de Florença” seria o mesmo criminoso que agiu nos Estados Unidos, conhecido como “Zodiac Killer“. Este último aterrorizou a Califórnia no final dos anos 1960.

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Em 2017, o jornalista Francesco Amicone afirmou ter identificado o assassino como Joseph Bevilacqua, um ex-soldado americano que morou na Itália. A investigação, porém, foi encerrada em 2021 devido à falta de provas.

O Caso Ainda Sem Solução

Apesar de mais de 50 anos de investigações, dezenas de suspeitos e múltiplos julgamentos, a verdadeira identidade do “Monstro de Florença” nunca foi confirmada com certeza. O caso foi reaberto em diferentes momentos — o mais recente nos anos 2000 — e continua a atrair o interesse de jornalistas e especialistas em criminologia.

Em 2022, familiares das vítimas solicitaram que as provas fossem reanalisadas com novas tecnologias forenses. Mesmo com esse esforço, o mistério permanece sem respostas definitivas. Agora, com a chegada da série da Netflix, a expectativa é que o caso volte a receber grande atenção do público.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.