Quem foi Hurrem Sultan, a mulher forte do Império Otomano?

Explore a fascinante história de Hurrem Sultan, uma mulher poderosa no Império Otomano.
Atualizado há 6 horas
Quem foi Hurrem Sultan, a mulher forte do Império Otomano?
Hurrem Sultan: a intrigante mulher que desafiou as regras do Império Otomano. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Hurrem Sultan foi a esposa de Solimão, o Magnífico, e uma figura influente do Império Otomano.
    • Conhecida por sua história extraordinária de ascensão, ela desafiou as normas da corte otomana.
    • Homenagens recentes mostram como seu legado ainda é relevante, especialmente na Ucrânia.
    • Suas obras filantrópicas continuam a impactar comunidades até hoje.
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Aqui está a notícia sobre Hurrem Sultan, reescrita conforme suas instruções:

Hurrem Sultan, a esposa de Solimão, o Magnífico, continua sendo uma figura enigmática e fascinante do Império Otomano. Quatro séculos após sua morte, suas origens e legado ainda geram debates. Ela ascendeu da escravidão ao auge da influência imperial, transformando a política da corte otomana no século XVI e sendo considerada a mulher mais influente da época.

Quem foi Hurrem Sultan?

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Também conhecida como Roxelana, Hurrem Sultan desafiou convenções, tornando-se uma figura transformadora que ascendeu da escravidão para redefinir o poder na corte otomana. O Império Otomano, que se estendeu do século XIV ao início do século XX, é lembrado como um dos maiores e mais duradouros da história.

Historiadores apontam que o chamado “sultanato das mulheres” começou com Hurrem, período em que as mulheres da realeza tiveram grande influência no governo otomano. Sua vida no harém otomano, a área privada do palácio onde viviam as esposas, concubinas e servas do sultão, é bem documentada. No entanto, suas origens permanecem um mistério e fonte de debates. Teria sido ela uma cativa da atual Ucrânia, filha de um padre ortodoxo, ou uma nobre italiana sequestrada por piratas?

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Do Cativeiro à Corte Otomana

A maioria dos historiadores concorda que Hurrem Sultan nasceu no início do século XVI na Rutênia, região que hoje abrange partes da Ucrânia, Polônia e Belarus. Seu nome de nascimento não é totalmente certo. Algumas fontes ucranianas a chamam de Aleksandra Lisovska ou Anastasia, enquanto outros a conheciam como La Rossa, Rozanna, Roksolan ou Roxelana.

Nos documentos oficiais otomanos, ela é referida como Haseki Hurrem Sultan. “Hurrem” significa “alegre” em persa, e “haseki” era um título dado à mãe de um filho do sultão. Algumas fontes dizem que Hurrem era filha de um padre ortodoxo, enquanto outras afirmam que ela nasceu em uma família de camponeses.

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O professor de história Feridun Emecen, da Turquia, explica que ela foi capturada por invasores tártaros da Crimeia em Rohatyn, na época parte do reino polonês e hoje no oeste da Ucrânia. Ela foi vendida como escrava e levada para o Império Otomano ainda adolescente, sendo presenteada à mãe do príncipe Solimão, que mais tarde seria conhecido como Solimão, o Magnífico.

A professora turca Zeynep Tarim acredita que ela entrou para o harém por volta de 1520, baseando-se no fato de que seu primeiro filho, o príncipe Mehmed, nasceu no ano seguinte. Quebrando séculos de tradição, Solimão se casou com ela, um ato que escandalizou a corte e elevou o status de Hurrem de forma inédita, já que nenhum sultão otomano havia se casado com uma concubina antes.

O Enigma da Origem de Hurrem Sultan e o Conteúdo indisponível

Apesar do consenso geral sobre as raízes rutenas de Hurrem, existem teorias alternativas sobre sua origem. Rinaldo Marmara, um pesquisador, alega ter encontrado um manuscrito nos arquivos do Vaticano que sugere que Hurrem era, na verdade, uma nobre italiana chamada Margherita, da família Marsigli em Siena.

Segundo esse documento, ela e seu irmão foram capturados por piratas e vendidos como escravos na corte otomana. Marmara afirma ainda que o manuscrito revela um parentesco entre o descendente de Hurrem, o sultão Mehmed IV, e o papa Alexandre VII, o que colocaria em dúvida sua origem rutena e sugeriria uma linhagem nobre oculta.

Os historiadores, no entanto, permanecem céticos. Tarim adverte que a autenticidade dessa alegação precisa de mais provas. Ela destaca a ausência de qualquer menção nos registros detalhados dos embaixadores venezianos, que eram fontes confiáveis de fofocas da corte e assuntos diplomáticos da época. “Se tivesse havido algo assim, os registros teriam nos informado”, diz ela. Emecen compartilha desse ceticismo, acreditando que a correspondência de Hurrem com a família real polonesa fazia parte da diplomacia formal, não sendo uma prova de sua suposta origem nobre.

A “Bruxa Russa”

A forma como Hurrem Sultan era referida em diferentes fontes também contribui para a confusão. Documentos e poemas da era otomana às vezes a chamavam de “bruxa russa”, um apelido depreciativo usado por seus críticos, especialmente após a execução do príncipe Mustafa, o filho mais velho de Solimão com outra mulher e o primeiro na linha de sucessão ao trono otomano.

Acreditava-se que Hurrem havia tramado sua queda para garantir a ascensão de seus próprios filhos. Emecen esclarece que o termo “Rus” no contexto otomano não se referia exclusivamente à etnia russa, mas sim a uma designação geográfica para qualquer pessoa do norte, incluindo os povos da atual Ucrânia e Belarus.

Os viajantes ocidentais e os diplomatas venezianos da época também se referiam a Hurrem como russa, mas os acadêmicos argumentam que isso refletia mais suas origens geográficas do que sua etnia. “Naquela época, não havia Rússia dentro das fronteiras atuais”, explica Emecen. “O que eles querem dizer com russo é ‘da geografia russa'”.

Vitalii Chervonenko, jornalista do serviço ucraniano de notícias da BBC, acrescenta que, no século XVI, os territórios com população ucraniana na Polônia eram chamados de província “Ruske”, e Rohatyn fazia parte dela. “Na época, os ucranianos eram chamados de ‘rusyns’, mas isso não tinha nenhuma relação com a Rússia.”

Nos últimos anos, a identidade de Hurrem Sultan ganhou um significado político renovado, especialmente na Ucrânia, onde ela é celebrada como uma figura nacional. Estátuas em sua homenagem foram erguidas em sua suposta cidade natal, Rohatyn, e uma mesquita na cidade de Mariupol, agora ocupada pela Rússia, leva seu nome ao lado do de Solimão.

Em 2019, a pedido da Embaixada da Ucrânia em Ancara, uma referência à sua “origem russa” foi removida da inscrição em seu túmulo no complexo da Mesquita de Solimão em Istambul. A inscrição atualizada agora destaca sua ascendência ucraniana, mostrando como seu legado continua relevante no contexto da geopolítica moderna.

Obras Filantrópicas e Legado Duradouro

A influência de Hurrem se estendeu para além do harém, com suas obras filantrópicas sendo as mais duradouras. Ela ordenou a construção de mesquitas, refeitórios comunitários e fundações de caridade em Istambul e Jerusalém, que na época faziam parte do Império Otomano.

Hurrem Sultan faleceu de causas naturais em Istambul, em 15 de abril de 1558, e foi sepultada na Mesquita de Solimão. Posteriormente, um mausoléu foi construído por ordem do próprio sultão Solimão, onde seu túmulo se encontra.

Sua morte marcou o fim de uma vida extraordinária, mas as questões sobre sua vida continuam a intrigar. Seja como uma cativa rutena, uma aristocrata italiana ou uma mulher poderosa e incompreendida, Hurrem Sultan permanece uma das figuras mais fascinantes e controversas da história otomana e mundial.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via Folha de São Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.