O Reino Unido busca acesso do Reino Unido irrestrito a todos os iPhones globalmente, levantando sérias preocupações sobre privacidade e segurança de dados. A solicitação, que visa obter acesso irrestrito aos dados criptografados dos usuários do iPhone armazenados no iCloud, reacende o debate sobre backdoors em dispositivos da Apple e o equilíbrio entre segurança nacional e direitos individuais. A medida tem gerado polêmica e preocupação entre especialistas e defensores da privacidade.
O Pedido de Acesso do Reino Unido aos Dados do iPhone
Em 2016, o FBI já havia solicitado à Apple o acesso do Reino Unido através de um iOS backdoor, pedido que foi negado pelo CEO Tim Cook. Em 2021, a Apple processou uma empresa australiana que desbloqueou um iPhone para a mesma agência federal. Agora, a empresa está novamente em uma encruzilhada de segurança, com um pedido do governo britânico para acesso total aos dados de seus usuários.
De acordo com o The Washington Post, o governo britânico solicitou que a Apple conceda acesso do Reino Unido irrestrito aos materiais criptografados salvos pelos usuários do iPhone no iCloud. A solicitação visa contornar a Proteção Avançada de Dados, um recurso lançado em 2022 que permite aos usuários proteger seus dados do iCloud com criptografia de ponta a ponta.
Com a Proteção Avançada de Dados, nem mesmo a Apple pode acessar os dados criptografados, que incluem fotos, notas, lembretes, mensagens, bookmarks e voice memos. O governo do acesso do Reino Unido quer ter a capacidade de acessar esses dados, o que comprometeria a segurança e a privacidade dos usuários.
A justificativa para a solicitação é baseada no U.K. Investigatory Powers Act (IPA) de 2016, que permite que órgãos de aplicação da lei forcem empresas a cumprir suas demandas. O IPA, também conhecido como Snooper’s Charter, permite que o governo colete e armazene informações sobre tudo o que as pessoas fazem e dizem online. Uma lei que amplia os poderes do IPA foi aprovada no acesso do Reino Unido e se tornou lei em abril do ano passado.
Leia também:
As Implicações do Investigatory Powers Act (IPA)
A Liberty, uma organização de direitos civis, afirma que o IPA permite que o governo hackeie telefones e computadores e crie grandes conjuntos de dados pessoais sobre os cidadãos. A organização está atualmente envolvida em uma batalha legal contra as disposições do IPA no acesso do Reino Unido.
O The Post destaca que o IPA é tão secreto que até mesmo divulgar uma demanda do governo invocando a ordem é considerado uma ofensa criminal. Em 2024, a Apple argumentou contra outra demanda adjacente ao IPA, rotulando-a como um exagero sem precedentes do governo. Na época, a Apple ameaçou remover serviços como iMessage e FaceTime do mercado do acesso do Reino Unido em vez de comprometer a segurança.
Caso a Apple concorde com a solicitação do governo do acesso do Reino Unido, ela não poderá alertar os usuários sobre o enfraquecimento da segurança em seus iPhones. Isso significa que os usuários estariam vulneráveis a possíveis violações de dados sem sequer saber.
Além disso, se um país democrático como o acesso do Reino Unido obtiver tal aprovação, regimes com uma abordagem mais autoritária também pressionariam a Apple por acesso semelhante. Este cenário surge em um momento em que operações de hacking ligadas à China têm abalado o governo dos EUA, levando as autoridades a reforçar a vigilância na segurança digital, incluindo o uso de softwares criptografados.
Em vez de ter sua privacidade invadida, veja algumas dicas para baixar vídeos do Pinterest de maneira fácil e rápida, mantendo seus dados seguros.
As consequências dessa medida podem ser profundas, já que o governo do acesso do Reino Unido está solicitando à Apple que permita o acesso secreto não apenas aos dados dos usuários locais do iPhone, mas também aos de outros países em todo o mundo. A Apple pode apresentar um recurso contra a ordem, mas, de acordo com as leis locais, a empresa não pode atrasar o cumprimento.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Digital Trends