Reino Unido pode desistir de backdoor na Apple após pressão internacional

Mudança na postura do Reino Unido em relação à backdoor na Apple ocorre por causa da forte oposição internacional, incluindo dos EUA, envolvendo criptografia.
Atualizado em 21/07/2025 às 07:12
Reino Unido pode desistir de backdoor na Apple após pressão internacional
Reino Unido reconsidera acesso à backdoor da Apple devido à pressão internacional. (Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • O governo britânico pode abandonar a demanda por uma backdoor na Apple devido à pressão internacional.
    • Você pode ficar mais seguro ao usar a criptografia, pois a medida visa acessos secretos a dados.
    • Essa mudança evita possíveis prejuízos em parcerias tecnológicas e na segurança de dados pessoais.
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O governo britânico pode estar prestes a desistir de seus planos de exigir que a Apple crie um acesso secreto, ou backdoor, para acessar dados criptografados de usuários. A informação foi divulgada pelo Financial Times, destacando uma possível mudança de rota em uma disputa que gerou bastante controvérsia.

Em fevereiro, veio à tona que o governo do Reino Unido havia secretamente exigido que a Apple permitisse acesso a todo o conteúdo criptografado de usuários carregado no iCloud. O argumento era que essa capacidade seria fundamental para investigações de crimes graves, como terrorismo e abuso sexual infantil, realizadas por forças de segurança.

A demanda, considerada sem precedentes para um país democrático, levou a Apple a agir. Em resposta, a empresa removeu a funcionalidade Advanced Data Protection do Reino Unido. Além disso, a Apple apresentou uma queixa legal na tentativa de anular a exigência do governo britânico.

Pressão Internacional e a Backdoor para dados Apple

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Agora, fontes oficiais britânicas disseram ao Financial Times que o Reino Unido deve abandonar o plano. A razão principal é a pressão significativa do governo dos Estados Unidos. Autoridades americanas expressaram forte descontentamento com a iniciativa britânica, o que pode levar ao recuo do Reino Unido em relação à demanda por backdoor na Apple.

Um alto funcionário britânico comentou a situação, afirmando que a Vice-Presidente dos EUA estava “muito incomodada” com a questão e que ela precisava ser resolvida. A fonte indicou que o Ministério do Interior britânico, o Home Office, provavelmente teria que recuar em sua posição.

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A questão da criptografia tem sido um desafio para as parcerias tecnológicas entre os dois países. Nos Estados Unidos, a intervenção em empresas de tecnologia com medidas de acesso forçado é vista como uma linha vermelha importante. Eles não desejam que suas empresas sejam afetadas por tais exigências.

Exigir um acesso secreto no iCloud e quebrar a criptografia de ponta a ponta da empresa pode prejudicar acordos tecnológicos cruciais. Isso inclui parcerias em inteligência artificial e compartilhamento de dados com os EUA, já causando atrito entre os governos. A reconsideração do Reino Unido sobre a backdoor no iCloud causa tensão diplomática.

Membros importantes da administração dos EUA, como o Presidente, a Vice-Presidente e o Diretor de Inteligência Nacional, manifestaram objeções claras ao pedido do governo britânico. Essa união de vozes americanas reforça a pressão sobre o Reino Unido para reverter a solicitação de backdoor para dados da Apple.

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O Financial Times sugere que o Home Office britânico lidou com a questão da criptografia da Apple de maneira “muito ruim”. A situação atual coloca o governo britânico “com as costas contra a parede”. Apesar disso, a demanda ainda parece ser buscada, com discussões recentes com advogados sobre os próximos passos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via MacRumors.com

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.