Retorno ao universo Pixel após anos de Samsung

Conheça os motivos que podem levar a trocar sua Samsung pelo Pixel, e as novidades que estão mudando a experiência do usuário.
Atualizado há 21 horas atrás
Retorno ao universo Pixel após anos de Samsung
Descubra por que o Pixel pode ser a escolha ideal para quem possui um Samsung. (Imagem/Reprodução: Androidauthority)
Resumo da notícia
    • Um jornalista que usou apenas celulares Samsung por anos avalia sua experiência com o Pixel 9 Pro após um mês de uso.
    • Ele busca entender se a mudança melhora recursos exclusivos, desempenho e confiabilidade dos aparelhos Google.
    • As melhorias no Pixel 9 Pro, como câmeras, bateria e integração de software, podem influenciar sua decisão de trocar de marca.
    • A experiência de uso repaginada e melhorias de hardware e software reforçam o potencial do Pixel para substituição da Samsung.
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Após seis anos usando exclusivamente celulares Samsung, um jornalista especializado em Android avalia a possibilidade de uma mudança significativa. A experiência de um mês com o Pixel 9 Pro trouxe à tona características e melhorias que o fizeram repensar sua escolha. Este dispositivo da Google, conhecido por sua integração de software e hardware, está se destacando de formas inesperadas e cativantes.

O Retorno ao Universo Google Pixel: A Hora de Mudar para um Pixel?

Conhecido por sua afinidade com a Samsung durante cinco anos como jornalista especializado em Android, o autor já foi um entusiasta dos modelos Nexus e Pixel. Ele utilizou todos os carros-chefe da Google, desde o Nexus 6 até o Pixel 3 XL. Essa preferência, contudo, mudou no início de 2019, quando a confiabilidade dos Pixels começou a decepcionar em vários aspectos do uso diário.

A experiência recente com o Pixel 9 Pro, no entanto, foi um divisor de águas. Durante um mês de testes intensivos, o aparelho mostrou-se robusto, confiável e repleto de recursos que o fizeram reconsiderar a fidelidade à marca. As mudanças significativas implementadas ao longo dos anos na linha Pixel parecem ter resolvido muitas das antigas preocupações sobre desempenho e estabilidade.

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Desde que fez a transição para os celulares Samsung, algumas funcionalidades da experiência Pixel fizeram falta no dia a dia. Uma delas é o Now Playing, que identifica automaticamente músicas tocando ao redor. Essa é uma daquelas características sutis, mas incrivelmente úteis, que só percebemos a real conveniência quando não a temos por perto em outros dispositivos.

A funcionalidade Call Screening e suas ferramentas associadas são outro exemplo marcante do diferencial do Pixel. Embora tenha sido lançada com o Pixel 3 e 3 XL, o acesso a ela só chegou ao Reino Unido em 2021, com o Pixel 6. Mesmo que a Samsung tenha desenvolvido sua própria versão, ela não consegue igualar as capacidades abrangentes do Pixel nesse quesito.

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Recursos que Fazem a Diferença no Pixel

Ferramentas como Hold For Me, Direct My Call e Wait Times posicionam a experiência de chamadas da Google à frente das implementações da Samsung na One UI. Em situações cotidianas, como ligar para consultórios médicos ou hospitais, onde o tempo de espera costuma ser prolongado, o Pixel pode gerenciar a ligação, permitindo que o usuário continue suas atividades sem precisar ficar preso ao telefone e à música de espera.

Outro detalhe que o jornalista sentiu falta é o At A Glance. Embora possa ser configurado como um widget em aparelhos Samsung, ele não oferece a mesma integração profunda, especialmente na tela de bloqueio. Essa função exibe informações contextuais relevantes no momento certo, e sua ausência faz com que a tela de bloqueio dos celulares Galaxy pareça menos dinâmica e informativa por comparação.

Pela primeira vez desde a introdução da One UI, o visual do Android da Google, impulsionado pelo Material 3 Expressive no Android 16 QPR1, começou a ser preferido. As notificações e o painel de configurações rápidas foram completamente redesenhados e apresentam um visual moderno e agradável. As atualizações no Android trazem uma experiência mais dinâmica e fluida.

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O foco em animações suaves e na resposta háptica confere ao Pixel uma vivacidade e uma sensação de “vida” que os telefones Samsung, mesmo com as versões mais recentes da One UI (como a 7 ou 8), ainda não conseguem replicar. Embora a One UI ainda tenha seus pontos fortes, a diferença na experiência de uso não é mais tão clara, e o Pixel transmite uma sensação de mais “diversão” ao interagir.

Construção e Confiabilidade Renovadas

O motivo inicial para o afastamento dos Pixels estava diretamente ligado à sua confiabilidade. Modelos anteriores, como Nexus 6, 6P, Pixel XL, 2XL e 3XL, apresentaram uma série de problemas que exigiram múltiplos reparos ou substituições em garantia. Embora o suporte da Google fosse eficiente, sempre oferecendo uma substituição rápida, a frequência dos problemas se tornou um fardo constante e desgastante.

A memória RAM limitada do Pixel 3XL, por exemplo, de apenas 4GB, era insuficiente e impedia o uso simultâneo de um reprodutor de música e a câmera para tirar fotos. Após quase cinco anos de problemas constantes, o jornalista decidiu que era hora de seguir em frente. A promessa repetida de que “o próximo ano seria melhor” deixou de ser uma justificativa aceitável para continuar com a marca.

Mesmo após a troca para Samsung, ele continuou acompanhando o desenvolvimento dos Pixels, com sua esposa usando um Pixel 4 e seu avô, modelos como 3a, 6a e agora um 8a. Ele também utilizou um Pixel 6 Pro e, posteriormente, um 8 Pro para trabalho em algumas ocasiões. No entanto, nenhum desses aparelhos transmitiu a mesma confiança e estabilidade que seus telefones Samsung, que, com exceção de um S20 Ultra que precisou de uma troca de placa-mãe após superaquecimento, foram impecáveis em seu funcionamento.

O Pixel 9 Pro, porém, demonstrou uma qualidade de construção verdadeiramente notável e um acabamento premium. Os materiais utilizados e a montagem são de alto nível, equiparando-se à rigidez e elegância de seu S24 Ultra. Durante todo o mês de uso, não houve nenhum dos problemas de hardware ou software que afligiram as gerações anteriores do Pixel, o que inspirou uma nova confiança na marca.

O processador Tensor G4 mostrou-se consistentemente rápido, mantendo a temperatura sob controle mesmo durante uma intensa onda de calor, enquanto outros telefones, como os iPhones de amigos, apresentavam alertas de superaquecimento. A conectividade também se mostrou sólida, sem os problemas de sinal que foram um ponto fraco para as gerações anteriores do Tensor. Em nenhum momento o 9 Pro pareceu lento; ele executou todas as tarefas exigidas sem dificuldades, confirmando uma evolução notável na linha.

Bateria e Câmera em Destaque

A duração da bateria do Pixel 9 Pro surpreendeu positivamente, superando as expectativas do jornalista. Apesar da diferença de tamanho e peso, a bateria do Pixel (4.700mAh) é apenas um pouco menor que a do S24 Ultra (5.000mAh). O Pixel 9 Pro conseguiu aguentar dias de uso extremamente intenso, mesmo rodando a versão beta do Android 16 QPR1, o que é notável para um software em fase de testes.

Em duas viagens a Londres, por exemplo, que abrangeram um dia inteiro fora de casa (das 7h às 18h), o aparelho foi submetido a uso quase constante de GPS para transporte público, intensa captura de fotos e vídeos, e transmissão de música. Mesmo durante uma onda de calor que fazia o S24 Ultra rodar quente, o Pixel 9 Pro manteve-se frio e, em ambos os dias, retornou com pelo menos 20% de bateria restante, superando a performance do Samsung em viagens similares.

Em dias mais calmos, trabalhando de casa e usando principalmente Wi-Fi, o telefone chegava ao fim da noite com pelo menos 35-40% de bateria restante. Essa performance robusta é um dos pontos mais fortes do aparelho, garantindo autonomia para diversas atividades sem preocupações constantes com o carregamento, um alívio para usuários exigentes.

A experiência fotográfica sempre foi um ponto forte dos Pixels antigos, e o 9 Pro reacendeu essa paixão. Embora os telefones Samsung que ele possui tenham câmeras competentes (com exceção do S20 Ultra), o Pixel 9 Pro trouxe de volta a “magia” de uma câmera que captura a imagem perfeita com facilidade. A capacidade de zoom, em particular, agora rivaliza com a da Samsung, oferecendo resultados igualmente impressionantes.

Todas as fotos capturadas com o Pixel 9 Pro foram nitidamente focadas, com detalhes precisos e cores agradáveis aos olhos. No S24 Ultra, o jornalista sentia a necessidade de tirar múltiplas fotos para compensar possíveis atrasos do obturador ou problemas de foco, algo que o Pixel 9 Pro raramente exigiu. O Pixel possui uma capacidade de “apontar e disparar” que poucos telefones oferecem, superando até a experiência com o iPhone 16 Pro que ele testou no ano anterior.

A gravação de vídeo no Pixel 9 Pro também se destacou, algo que o jornalista raramente fazia em outros celulares devido a inconsistências. Filmagens com taxas de quadros instáveis eram um problema comum, especialmente ao alternar entre as lentes. Além disso, a tendência da Samsung de “super-nitidez” podia prejudicar o resultado final em vídeos, dependendo do assunto gravado.

O vídeo capturado com o Pixel 9 Pro não apresentou esses problemas, especialmente após o Video Boost entrar em ação, otimizando a qualidade. As imagens são naturalmente nítidas, as cores são equilibradas e não saturadas, e a taxa de quadros permanece consistente, com pouca oscilação entre as lentes. Para quem busca um telefone compacto com câmeras de destaque, o Pixel é uma opção forte.

A qualidade das lentes é consistente, e recursos como o Add Me tornam a experiência Pixel ainda mais completa e divertida. A abordagem da Google à fotografia é intuitiva e instigante, algo que ele havia esquecido. Além disso, toda essa performance de bateria e câmera está contida em um telefone que não é excessivamente grande ou difícil de manusear, proporcionando um equilíbrio ideal.

O S24 Ultra, embora poderoso, é grande, pesado e com bordas que podem ser desconfortáveis. Essa característica já causou algumas quedas acidentais do telefone. O Pixel 9 Pro, por outro lado, não é um aparelho pequeno, mas é consideravelmente mais fácil de usar com uma mão, e em nenhum momento o jornalista sentiu que ia derrubá-lo. Se a Samsung não levar as capacidades de câmera do S25 Ultra, especificamente a teleobjetiva de 5x, para um modelo menor, isso será uma desvantagem considerável.

Pontos a Aprimorar no Pixel

Nem tudo é perfeito no universo Pixel, e alguns aspectos dos telefones Samsung ainda são preferíveis. A duração da bateria do Pixel 9 Pro é excelente, mas o carregamento, especialmente o sem fio, ainda precisa de melhorias. Enquanto os telefones Samsung podem carregar sem fio a até 15W, o Pixel 9 Pro alcança 21W, mas apenas com o Pixel Stand, um acessório que a Google, ironicamente, não vende mais.

O problema é que, em carregadores Qi comuns, que oferecem 15W no S24 Ultra, o Pixel 9 Pro carrega a apenas 12W. Embora uma diferença de 3W possa parecer pequena na teoria, na prática, os 15W do Samsung são suficientes para recargas rápidas e eficazes, enquanto o carregamento sem fio do Pixel não parece tão vantajoso ou rápido para um “socorro” rápido antes de sair.

O carregamento com fio também é considerado lento para o gosto do jornalista. Com 27W para uma bateria de 4.700mAh, ele carrega razoavelmente rápido, mas o S24 Ultra é visivelmente mais veloz com seus 45W. Embora não seja um fator decisivo, dada a excelente autonomia do telefone, a lentidão se torna frustrante quando uma carga rápida é urgentemente necessária antes de sair para um compromisso à noite.

O armazenamento interno é outro ponto de atenção e dor de cabeça. O Pixel 9 Pro, com um preço de £1.000, vem com apenas 128GB na configuração básica. Em contraste, a série S25 da Samsung, excluindo o modelo de entrada, começa com 256GB, e a empresa frequentemente oferece promoções para dobrar o armazenamento sem custo adicional. Oferecer 128GB em um telefone “Pro” em 2025 é considerado inaceitável, especialmente considerando o crescente tamanho dos arquivos de fotos e vídeos de alta qualidade.

O Ecossistema Samsung e a Personalização

Apesar do apreço pelo Material 3 Expressive no Android 16 QPR1 e os recursos exclusivos do Pixel, a One UI da Samsung ainda possui funcionalidades que seriam difíceis de abandonar. Os Widget Stacks são amplamente utilizados, permitindo agrupar vários widgets no mesmo espaço, de forma similar ao que acontece no iOS. Isso organiza a tela inicial de maneira eficiente, eliminando a necessidade de rolar por múltiplas páginas para encontrar informações ou controles.

Na configuração pessoal do jornalista, ele tem a barra de busca do Google empilhada com os controles de seus Galaxy Buds 3 Pro. Além disso, seu calendário está empilhado com uma lista de tarefas do Tick Tick, e os controles de luz do Google Home com notas fixadas no Google Keep. Essa organização inteligente e personalizável é um diferencial significativo que a One UI oferece.

O Good Lock é outra razão forte para a hesitação em deixar os telefones Samsung. Esse aplicativo oferece um nível de personalização sem igual, permitindo desde a reformulação completa da navegação por gestos do Android até o ajuste fino de animações e formatos de ícones. É uma ferramenta robusta e flexível para quem gosta de adaptar cada detalhe do aparelho às suas preferências e necessidades individuais, tornando a experiência de uso verdadeiramente única.

É um clichê, mas o ecossistema Samsung seria difícil de abandonar, e isso é um fator considerável. O jornalista possui vários telefones Samsung, um Galaxy Watch 6, Galaxy Buds 3 Pro e um Tab S10 Plus. Sua esposa também utiliza dispositivos Samsung, o que reforça a integração e os benefícios de permanecer nesse universo de produtos conectados. Há vantagens claras em manter essa coerência entre os dispositivos.

A implementação de calendários compartilhados da Samsung, por exemplo, é superior à da Google. Os Galaxy Buds alternam o áudio perfeitamente entre os dispositivos Samsung do usuário, sem a necessidade de pareamento manual a cada troca. Além disso, seu S24 Ultra pode funcionar como paleta de cores e seletor de ferramentas para o Tab S10 Plus enquanto ele desenha no Samsung Notes, mostrando a profundidade da integração. Modelos de embedding do Google lideram avaliações de IA, mas a integração do ecossistema Samsung se mostra muito útil no dia a dia.

Uma Nova Direção para o Próximo Smartphone

A probabilidade de comprar um Pixel na próxima atualização é alta. Janeiro é o período de renovação, e com base nos rumores atuais sobre as séries Galaxy S26 e Pixel 10, a inclinação clara do jornalista é para o Pixel. A experiência com o Pixel 9 Pro, mais do que qualquer outra coisa, confirmou o desejo por um telefone que seja ao mesmo tempo compacto, leve e que mantenha uma capacidade fotográfica de alto nível.

Essa combinação de características é a “cereja do bolo” para um dispositivo que acerta em todos os fundamentos essenciais para o uso diário. A qualidade geral do Pixel 9 Pro é tão impactante que o jornalista está disposto a reconsiderar e até mesmo abrir mão de funcionalidades específicas da One UI da Samsung, às quais se habituou ao longo dos anos.

O famoso revisor de tecnologia MKBHD descreveu os Pixels como “os smartphones mais inteligentes”, e essa afirmação parece ressoar fortemente com a experiência atual. A abordagem pensada e integrada da Google, unindo software e hardware de maneira coesa, era algo que o jornalista não percebia que sentia falta em seu cotidiano tecnológico.

Agora, ao reexperienciar essa filosofia de design e funcionalidade, ele relembra os motivos que o fizeram amar os telefones Google no passado. A contínua evolução e a atenção aos detalhes por parte da gigante da tecnologia são fatores decisivos que o atraem de volta para a linha Pixel para sua próxima aquisição, apontando para uma possível mudança de marca a longo prazo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.