Reversão de governo britânico sobre backdoor em dados criptografados da Apple

O governo britânico pode desistir de exigir uma backdoor para dados criptografados da Apple após pressão internacional, incluindo dos EUA.
Atualizado em 21/07/2025 às 07:32
Reversão de governo britânico sobre backdoor em dados criptografados da Apple
Pressão internacional pode fazer o Reino Unido abdicar de backdoor nos dados da Apple. (Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • O governo britânico deve cancelar seus planos de solicitar uma backdoor na criptografia do iCloud da Apple.
    • Essa decisão visa proteger a privacidade dos usuários contra pressões internacionais, especialmente dos EUA.
    • O recuo pode impactar as políticas globais de criptografia e a relação entre empresas de tecnologia e governos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo britânico pode desistir de seus planos de forçar a Apple a criar uma backdoor para dados Apple criptografados de usuários, conforme relatado pelo Financial Times. Essa decisão surge após forte pressão e desdobramentos significativos. A medida buscava acesso a conteúdos no iCloud para investigações de crimes graves, como terrorismo e abuso sexual infantil.

A Polêmica da Criptografia e a Pressão dos EUA

Em fevereiro, soubemos que o governo britânico havia exigido secretamente que a Apple fornecesse acesso a todo o conteúdo criptografado de usuários que é enviado para o iCloud. O argumento central era que essa capacidade seria essencial para que as autoridades e serviços de segurança pudessem investigar crimes sérios, como terrorismo e abuso sexual infantil.

A Apple reagiu prontamente a essa demanda. A empresa optou por remover a funcionalidade de Advanced Data Protection do Reino Unido e apresentou uma queixa legal, buscando anular a exigência do governo. Essa postura demonstra a preocupação da empresa em manter a privacidade e a segurança dos dados de seus usuários.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, oficiais britânicos seniores, falando ao Financial Times, indicam que o Reino Unido provavelmente abandonará o plano. Isso acontece em meio a uma forte pressão do governo dos Estados Unidos. Um funcionário americano de alto escalão comentou que “o vice-presidente está muito chateado” com a situação, que “precisa ser resolvida”.

A questão da criptografia é considerada uma “linha vermelha” para os EUA, que não desejam interferência em suas empresas de tecnologia. A demanda para construir uma backdoor no iCloud e quebrar a criptografia de ponta a ponta poderia atrapalhar acordos tecnológicos cruciais. Isso inclui parcerias relacionadas à inteligência artificial e dados, vitais para ambos os países.

Leia também:

Membros importantes da administração dos EUA, incluindo o Presidente, Vice-Presidente e o Diretor de Inteligência Nacional, levantaram fortes objeções à solicitação britânica. Essa pressão conjunta ressalta a complexidade das relações diplomáticas e tecnológicas, evidenciando o quão sensível é o tema da privacidade e segurança de dados em nível global.

O Financial Times também aponta que o Ministério do Interior britânico lidou com a questão da criptografia da Apple de forma “muito ruim”, e agora está com suas “costas contra a parede”. Apesar dos indícios de recuo, o governo ainda parece estar perseguindo a demanda, discutindo os próximos passos com advogados recentemente.

Este cenário sublinha a contínua tensão entre a necessidade de segurança nacional e a proteção da privacidade digital. A forma como essa situação se resolverá pode ter um impacto duradouro nas políticas globais sobre criptografia e na relação entre grandes empresas de tecnologia e governos ao redor do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.