Review: Shadow Labyrinth, um metroidvania com elementos de Pac-Man

Análise do jogo Shadow Labyrinth mostra elementos de Pac-Man, combate sólido e desafios de level design, ideal para fãs de metroidvania.
Atualizado há 12 horas atrás
Review: Shadow Labyrinth, um metroidvania com elementos de Pac-Man
Shadow Labyrinth mistura Pac-Man com combate e design desafiador, perfeito para fãs de metroidvania. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Shadow Labyrinth combina elementos clássicos de Pac-Man com desafios de ação e plataforma 2D.
    • O jogo apresenta problemas de level design que afetam a experiência, apesar de momentos nostálgicos e combate eficiente.
    • Apesar das falhas, oferece uma experiência que valoriza a exploração, combate e referências ao universo arcade.
    • A atmosfera sombria e a narrativa atmosférica prendem a atenção, mesmo com diálogos desconexos.
    • Os desafios e o design de fases podem gerar frustração, mas há potencial para jogadores que gostam de explorar e evoluir suas habilidades.
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Shadow Labyrinth tem chamado atenção por ser um metroidvania que mistura elementos clássicos de jogos como Pac-Man com desafios de ação e plataforma 2D. Apesar de sua premissa promissora, a análise detalhada evidencia problemas estruturais e de level design que impactam na experiência, mesmo oferecendo momentos nostálgicos e um combate bem executado. Saiba mais na review oficial.

Uma narrativa atmosférica com sotaque de Pac-Man

Se você já assistiu ao episódio “Circle” da série antológica Secret Level, produzida pela Amazon, já tem uma ideia do que esperar de Shadow Labyrinth. A história, aliás, é construída de forma um pouco desconexa, com diálogos pouco fluídos e personagens que aparecem do nada. Porém, a mudança na roupagem do mascote dos arcades, Pac-Man, para um contexto sombrio, é um ponto que consegue cativar.

Na trama, controlamos Swordsman No. 8, um espadachim que acorda sem memória em um planeta alienígena. Sua única companhia é uma bolinha amarela com comportamento suspeito, que parece manipular o protagonista para um propósito oculto. Apesar das ressalvas quanto à narrativa, a atmosfera sombria realmente prende a atenção, transformando um personagem tão conhecido em uma figura intrigante nessa nova perspectiva.

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Apesar de diálogos superficiais e personagens surgindo sem grande contextualização, o destaque fica por conta da atmosfera criada pelo jogo. Isso ajuda a envolver o jogador na jornada, que se torna mais instigante por causa desse universo diferente, especialmente para quem gosta de jogos que exploram o lado mais misterioso e atmosférico. Para quem deseja conhecer a história e as referências do mascote dos arcades, uma análise mais aprofundada pode ser encontrada em artigos como o Nível Secreto.

A exploração labiríntica e seus percalços

Quando pensamos em um metroidvania, combate, design de fases e exploração são os pilares fundamentais. Nesse ponto, Shadow Labyrinth surpreendentemente apresenta um level design pouco inspirado e confuso. O mundo é uma teia de corredores longos e repetitivos, com poucos pontos de salvamento, dificultando a navegação e tornando o vai-e-volta cansativo.

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O mapa também não ajuda muito: muitas áreas são divididas em camadas e navegar entre elas vira uma tarefa maçante, quase um quebra-cabeça. Ainda assim, ele funciona bem ao marcar pontos de interesse, missões e zonas onde o personagem precisa de habilidades específicas, como reforça o artigo do 43 anos de Pac-Man.

Por outro lado, a exploração nostálgica, que remete ao formato clássico de Come-Come, consegue recompensar. Ao passar por fases que homenageiam o mascote, o jogador enfrenta batalhas cheias de easter eggs e desafios que revisitam os tempos de arcade, mesmo que essas sessões aconteçam com menor frequência, o que desgasta o ritmo do jogo. Momentos de controle da bolota em plataforma, por sua vez, podem frustrar devido à imprecisão na execução de pulos e ataques, exigindo paciência.

O combate e a progressão

Desde Hollow Knight, o combate tem sido um ponto de comparação comum entre metroidvanias. Shadow Labyrinth segue essa linha, com um sistema de batalha que se inspira bastante nesse título, oferecendo uma cadência de golpes fluida e um sistema de evolução de habilidades bem estruturado. As melhorias são substanciais, permitindo ampliar alcance, aumentar velocidade ou reforçar golpes, além de modificar a barra de vida e ataque.

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A novidade fica pelo sistema GAIA, que transforma o protagonista em um mecha estilo Gundam. Essa transformação permite devorar inimigos para obter materiais usados em upgrades, uma estratégia que adiciona uma camada extra de profundidade ao gameplay. Contudo, seu uso é limitado pela barra de especial, exigindo cautela para não ficar sem essa carta poderosa em momentos cruciais. Os desafios nas batalhas contra chefes se intensificam pela escassez de pontos de salvamento, o que pode gerar momentos de irritação mesmo para os jogadores mais experientes.

Apesar dos desafios, o combate na análise do Shadow Labyrinth review mostra-se eficiente e bastante próximo do estilo de Hollow Knight, com uma jogabilidade sólida e bem balanceada. A progressão, por mais que pareça simples, contém elementos que encorajam o retorno a áreas já exploradas em busca de melhorias, o que é um atrativo importante para amantes do gênero.

Por mais que o jogo tenha suas falhas estruturais, sua capacidade de oferecer uma experiência que honra clássicos, aliado ao combate bem desenvolvido, garante sua presença dentro do universo metroidvania. Ainda assim, certos aspectos frustram, como a dificuldade de navegação e o ritmo mais lento, mas uma estratégia cuidada pode ajudar muito na jornada.

Via review

Para quem vale a pena

Embora apresente problemas de estrutura e design de fases, Shadow Labyrinth consegue preencher quase todas as categorias essenciais de um bom metroidvania. Seu combate fluido, momentos nostálgicos e uma exploração que recompensa pontos de avanço e melhorias tornam a experiência interessante, mesmo com tropeços ao longo do caminho.

A mistura de elementos clássicos com uma atmosfera sombria atrai quem gosta de revisitar o universo do mascote dos arcades sob uma nova ótica. Ainda assim, alguns desafios podem gerar frustração, principalmente devido à imprevisibilidade na execução de saltos e ataques. Apesar disso, o jogo oferece uma progressão robusta, que incentiva a tentativa e o retorno às fases anteriores em busca de vantagens.

O jogo também se beneficia de melhorias na sua mecânica e na relação entre exploração e combate, contribuindo para uma experiência mais bem equilibrada. Mesmo assim, fica claro que os desafios de plataforma podem cansar o jogador, especialmente pela sua imprecisão. Vale a pena conferir a experiência, especialmente para os fãs do gênero e de Pac-Man, sobretudo em plataformas como o Shadow Labyrinth review.

No fim, o título merece uma nota 75, com pontos positivos para o combate, nostalgia e dicas de exploração, enquanto problemas estruturais e a frustração com certos puzzles de plataforma pesam na avaliação final. A sua disponibilidade para consoles como o Windows 11, Xbox Series S|X e Nintendo Switch garante acessibilidade para diversos jogadores.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.