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- O RTOS é uma alternativa ao Wear OS que pode melhorar a eficiência energética dos smartwatches.
- Se você busca um smartwatch que dure mais com bateria, opções com RTOS podem ser vantajosas.
- O avanço do RTOS pode trazer dispositivos mais leves e com funções de saúde aprimoradas.
- A adaptação do Wear OS a novas técnicas, como o uso do RTOS, pode otimizar ainda mais a experiência do usuário.
Os smartwatches já existem há algum tempo, mas foi o Apple Watch que realmente impulsionou o mercado. No entanto, ele funciona apenas com iPhones. Para atender aos usuários de Android, o Google desenvolveu o Wear OS. Apesar das melhorias, o sistema ainda enfrenta desafios, como o consumo de bateria. É aí que entra o RTOS (Sistema Operacional de Tempo Real), uma alternativa que promete eficiência. Mas será ele a resposta para os Wear OS problemas?
O que é RTOS e quais seus benefícios?
O RTOS não é exatamente uma novidade. Ele já era usado em tecnologias que exigem precisão e baixo consumo de energia, como marca-passos e sistemas de controle de voo, muito antes de chegar aos smartwatches. A versão utilizada em wearables é geralmente o FreeRTOS.
Esse sistema é projetado para executar tarefas específicas em chipsets com memória limitada, consumindo pouca energia. Isso resulta em uma experiência rápida e permite recursos como monitoramento cardíaco contínuo sem drenar a bateria rapidamente ou exigir hardware potente.
Fabricantes como Amazfit e Xiaomi já usam plataformas baseadas em RTOS há anos em seus relógios e pulseiras inteligentes. A precisão do RTOS é ideal para funções de saúde, mas ele tem uma desvantagem importante em comparação com o Wear OS.
A eficiência energética e a capacidade de resposta em tempo real são os grandes trunfos do RTOS. Ele permite que dispositivos mais simples ofereçam funcionalidades avançadas de monitoramento com boa duração de bateria.
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As vantagens do Wear OS sobre o RTOS
Apesar dos benefícios do RTOS, o Wear OS leva vantagem em um ponto crucial: suporte a aplicativos. Com o RTOS, o usuário fica limitado aos apps e mostradores de relógio oferecidos pelo fabricante, dificultando a personalização e a migração de dados entre plataformas.
O Wear OS, por outro lado, funciona de forma semelhante ao Android do seu celular. Ele oferece acesso à Google Play Store, com uma vasta gama de aplicativos compatíveis. Seus dados e preferências acompanham você ao trocar de dispositivo Wear OS, garantindo continuidade.
Essa flexibilidade torna o Wear OS uma plataforma mais versátil para quem busca um smartwatch com funcionalidades mais amplas, integradas ao ecossistema Google e com maior liberdade de escolha de apps.
A plataforma do Google foi pensada para ser um sistema abrangente para dispositivos inteligentes, mas essa amplitude de recursos e a compatibilidade com muitos apps vêm ao custo de maior consumo de energia, exigindo baterias maiores.
As duas abordagens do RTOS no mercado
Algumas empresas, como a Samsung, apostaram totalmente no Wear OS, abandonando seus sistemas próprios (como o Tizen) para colaborar com o Google. Outras, no entanto, exploram o RTOS como alternativa.
A Motorola, por exemplo, lançou o Moto Watch Fit, que roda exclusivamente em RTOS. Isso significa que a empresa desenvolveu seus próprios aplicativos de fitness e funcionalidades básicas, replicando parte da experiência do Wear OS, mas sem acesso à Play Store.
Já a OnePlus adotou uma abordagem diferente com o OnePlus Watch 3. Este dispositivo combina RTOS e Wear OS em uma arquitetura dupla. O RTOS cuida das tarefas de baixo consumo, enquanto o Wear OS entra em ação para recursos mais avançados e aplicativos.
Ambos os modelos buscam os benefícios de eficiência do RTOS, mas apenas a abordagem da OnePlus tenta minimizar a principal desvantagem: a falta de acesso ao ecossistema de apps do Wear OS.
RTOS pode resolver os problemas do Wear OS?
Desenvolver um smartwatch com recursos avançados de fitness e boa duração de bateria é um desafio. O Wear OS oferece muitas funções, mas exige baterias maiores, o que pode resultar em relógios mais caros, grossos ou com telas menores.
O Moto Watch Fit, com seu RTOS puro, alcança até 16 dias de bateria, um feito notável. Contudo, ele sacrifica a vasta biblioteca de aplicativos e a integração do Wear OS. Seria essa a solução ideal para os problemas do Wear OS?
A abordagem da OnePlus com o Watch 3 parece mais promissora. Ao alternar entre RTOS para tarefas básicas e Wear OS para as complexas, ele oferece o melhor dos dois mundos: longa duração de bateria (até quatro vezes mais que o Pixel Watch 3 do próprio Google) e acesso ao ecossistema Wear OS.
Essa arquitetura dupla demonstra que é possível ter eficiência energética sem abrir mão das funcionalidades avançadas e dos aplicativos que muitos usuários desejam.
Para que o Wear OS realmente se torne um concorrente forte para o Apple Watch, ele precisa resolver seus desafios de bateria. A solução da OnePlus, combinando RTOS e Wear OS, aponta um caminho interessante. Se o Google não seguir por uma via semelhante, poderemos ver mais relógios optando apenas pelo RTOS, fragmentando ainda mais o mercado Android.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Digital Trends