Rua do Medo: Rainha do Baile decepciona com clichês e roteiro previsível

O novo filme da franquia Rua do Medo prometeu sustos e nostalgia, mas acabou sendo marcado por clichês e um roteiro sem surpresas.
Atualizado há 7 horas atrás
Rua do Medo: Rainha do Baile decepciona com clichês e roteiro previsível
Rua do Medo entrega nostalgia, mas peca nos clichês e em seu roteiro previsível. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • O filme Rua do Medo: Rainha do Baile foi lançado com expectativas altas, mas falhou em entregar sustos e nostalgia.
    • Se você é fã de terror adolescente, pode se decepcionar com a falta de originalidade e reviravoltas.
    • O filme pode influenciar negativamente a percepção da franquia entre os espectadores.
    • As cenas de violência, embora esteticamente bem feitas, não salvam o roteiro fraco.
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“Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.”

Prepare a pipoca, mas talvez não espere muito. “Rua do Medo: Rainha do Baile“, a nova aposta do terror adolescente, chegou prometendo nostalgia e sustos, mas parece que entregou menos do que o esperado. A produção tenta fisgar o público com reviravoltas, mas escorrega em clichês e previsibilidade. Será que vale a pena dar uma chance? Vamos aos detalhes!

Nostalgia Fake e Ambientação Superficial

Sabe aquele truque de começar pelo final? Pois é, “Rua do Medo: Rainha do Baile” usa e abusa dele. A ideia é mostrar o clímax logo de cara, mas ao invés de criar expectativa, o filme entrega o ouro antes da hora. A tensão, que deveria ser o tempero principal, some rapidinho, deixando a plateia com a sensação de que já sabe como tudo vai terminar.

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A ambientação nos anos 80, que tinha tudo para ser um deleite nostálgico, acaba virando uma vitrine de referências soltas. Roupas, músicas e penteados estão lá, mas falta a alma da década. As gírias e os dramas dos personagens parecem deslocados, como se tivessem sido tirados de um filme atual e jogados em um cenário vintage. O resultado? Uma maquiagem borrada que não esconde as imperfeições do roteiro.

Personagens Esquecíveis e Roteiro Previsível em “**Rua do Medo: Rainha do Baile**”

Lori Granger, a protagonista deslocada que se vê no centro da disputa pelo título de rainha do baile, é mais um clichê ambulante. Sua saga, que deveria explorar a dualidade entre aceitação e rejeição, se perde em cenas corridas e diálogos sem sal. Os personagens coadjuvantes mal têm tempo de respirar, e suas motivações ficam rasas.

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O grande mistério, que deveria ser o coração pulsante do filme, morre antes da primeira vítima. A identidade do assassino é revelada tão cedo que qualquer expectativa de reviravolta é jogada pela janela. Para quem curte filmes de terror, pode conferir os cinco filmes que saem da Netflix em maio de 2025 e você não pode perder. A trama se torna uma mera formalidade, um caminho óbvio para um desfecho já conhecido.

Mesmo com todos os problemas, alguns podem encontrar algum prazer nas cenas de carnificina coreografada. As mortes, apesar de brutais, possuem um certo apelo estético, remetendo aos clássicos filmes slasher. No entanto, a falta de lógica e profundidade dramática tira o impacto desses momentos.

Falta de Tensão e Direção Sem Brilho

Matt Palmer, o diretor escolhido para comandar essa sequência, parece ter feito o mínimo necessário. Ao invés de ousar e expandir o universo de “Rua do Medo“, ele optou por uma direção genérica e sem inspiração. A construção dramática é irregular, com personagens promissores sendo descartados e outros sem graça ganhando destaque.

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A lógica por trás das mortes parece aleatória, sem uma conexão clara com a história. Falta progressão emocional e a tensão não aumenta, resultando em um amontoado de cenas desconexas. Para quem gosta de maratonar, vale a pena conferir a série ‘The Wheel of Time’ que é cancelada pela Prime Video após três temporadas. O filme se torna um quebra-cabeça incompleto, onde as peças não se encaixam.

O maior pecado de “Rua do Medo: Rainha do Baile” é a sua falta de ambição. Ao invés de explorar os dilemas da juventude em um ambiente hostil, o filme se contenta em ser uma caricatura do ensino médio americano. Nada parece real, nem os conflitos, nem os afetos, nem o medo. No final, fica a sensação de que o tempo e o potencial foram desperdiçados.

Não é um filme “ruim” no sentido tradicional, mas sim um filme sem alma. Um produto feito para cumprir tabela, sem se preocupar em dialogar com o público. Falta a percepção da diferença entre algo esquecível e algo memorável. O terror, quando bem feito, pode revelar muito sobre a condição humana, mas aqui ele mal arranha a superfície.

Em resumo, “Rua do Medo: Rainha do Baile” é um exemplo de como não fazer um thriller adolescente. Sem mistério, sem emoção e sem inteligência, o filme se resume a um pastiche de fórmulas batidas. Uma produção que anuncia o seu próprio fracasso desde o início.

Ficha Técnica:

  • Filme: Rua do Medo: Rainha do Baile
  • Diretor: Matt Palmer
  • Ano: 2025
  • Gênero: Crime/Suspense/Terror

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.