Samsung alerta sobre impactos das tarifas dos EUA em celulares e chips

A gigante sul-coreana Samsung emitiu um alerta sobre o impacto das tarifas dos EUA em suas vendas de celulares e chips, apontando para “crescentes riscos políticos” no setor de semicondutores e a expectativa de aumento nos preços de componentes de smartphones. A empresa, líder mundial na fabricação de chips de memória e smartphones, apresentou uma perspectiva cautelosa para o ano, indicando que as tarifas podem afetar a demanda e pressionar as vendas.

Samsung Alerta para Impacto das Tarifas dos EUA

A Samsung, gigante sul-coreana da tecnologia, está preocupada. A empresa alertou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos podem prejudicar a demanda por seus produtos. Como a maior fabricante mundial de chips de memória e smartphones, a Samsung apresentou uma visão pessimista para o ano, com receios de que os preços dos componentes de smartphones aumentem, impactando negativamente as vendas.

A empresa sul-coreana expressou preocupação com os “crescentes riscos políticos” que podem aumentar a incerteza em seu negócio de chips. Além disso, as tarifas podem elevar os preços dos componentes de smartphones, pressionando ainda mais as vendas. O diretor financeiro da Samsung, Park Soon-cheol, mencionou durante uma teleconferência de resultados que a incerteza contínua em torno das políticas tarifárias dos EUA representa um risco potencial de desaceleração da demanda.

Em outras palavras, a Samsung está de olho nas tensões políticas e comerciais, que podem mexer com o mercado de chips e celulares. E não é só isso: a empresa também está preocupada com os controles de exportação mais rigorosos contra inteligência artificial, que podem afetar a demanda no segundo semestre.

A Samsung também mencionou que a pausa de Donald Trump em suas tarifas recíprocas incentivou alguns clientes a antecipar seus pedidos. No entanto, a empresa alertou que essa antecipação pode ter “algum impacto negativo” na demanda no segundo semestre do ano. É como se o mercado estivesse dando um sprint agora, mas pudesse cansar mais para frente.

Enquanto isso, o negócio de chips da Samsung já sente o golpe: uma queda de aproximadamente 40% no lucro operacional do primeiro trimestre. As vendas de seus chips de memória de alta largura de banda, usados em hardware de QINV inteligência artificial, foram afetadas por controles de exportação mais rigorosos dos EUA para a China. Para saber mais sobre as últimas inovações em ferramentas de IA, acompanhe nossas notícias.

Apesar da maioria dos semicondutores terem sido isentos das tarifas recíprocas de Trump, o presidente sinalizou que planeja impor taxas sobre chips “muito em breve”. Os EUA também têm intensificado as restrições sobre fabricantes de chips que vendem para a China, especialmente após os avanços da startup chinesa de IA Deepseek este ano. As ações da Samsung, por sua vez, caíram 0,4% na quarta-feira, acompanhando o índice de referência Kospi.

Impacto nos Chips de Memória e Estratégias da Samsung

Analistas estimam que a Samsung obtém cerca de um terço de suas vendas de HBM na China. O impacto dos controles de exportação superou um aumento nos pedidos de clientes chineses que estocavam chips de memória antes das tarifas dos EUA. É uma corda bamba: ao mesmo tempo em que a empresa tenta se proteger das tarifas, enfrenta restrições que limitam seu alcance no mercado chinês.

A fabricante de chips está se esforçando para alcançar a rival SK Hynix, cujas ações subiram 2% este ano, no lucrativo negócio de HBM. Os chips HBM avançados da Samsung ainda não passaram nos testes de qualificação para a Nvidia, um importante cliente de ambas as empresas. Ou seja, a competição está acirrada, e a Samsung precisa correr para garantir seu espaço.

Para se manter competitiva, a Samsung gastou 9 trilhões de wons (US$ 6,3 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento no primeiro trimestre, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. A empresa planeja aumentar a produção de seus avançados chips HBM3E de 12 camadas no trimestre atual, apostando na forte demanda para servidores de IA. Para entender melhor como a inteligência artificial está transformando diversas indústrias, você pode conferir este artigo sobre a revolução da IA na saúde.

O sócio-gerente da Petra Capital Management, Albert Yong, comentou que o ciclo de memória parece ter atingido o fundo, mas as ações da empresa têm sido pressionadas por incertezas crescentes relacionadas a tarifas e regulamentações. Ele ainda acrescentou que o desempenho da Samsung provavelmente não melhorará drasticamente sem as vendas de HBM para a Nvidia. É um cenário desafiador, onde a empresa precisa equilibrar investimentos, pressões externas e a busca por novos mercados.

Reação do Mercado e Possíveis Medidas

Os EUA suspenderam tarifas recíprocas em dezenas de países, incluindo Coreia do Sul e Vietnã, até julho, mas uma tarifa mínima de 10% ainda se aplica e provavelmente aumentará os preços de vários eletrônicos de consumo da Samsung, como smartphones e TVs. A Samsung produz quase metade de seus smartphones no Vietnã, enquanto a maioria de suas TVs vendidas na América do Norte é fabricada no México.

Diante desse cenário, a empresa já está se preparando para possíveis mudanças. A Samsung informou que está considerando medidas para lidar com as tarifas dos EUA, incluindo a possibilidade de realocar a produção de TVs e outros eletrodomésticos. É como um jogo de xadrez, onde a empresa precisa antecipar os movimentos do mercado e ajustar sua estratégia para minimizar os impactos negativos.

Afinal, o que esperar? As tarifas dos EUA podem gerar um efeito cascata, afetando desde os preços dos smartphones até a produção de TVs. Resta acompanhar de perto como a Samsung irá lidar com esses desafios e quais serão os próximos capítulos dessa história.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via Folha de S.Paulo

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.