Samsung enfrenta desafios globais no segundo trimestre de 2025

Samsung enfrenta obstáculos econômicos e tarifários no segundo trimestre de 2025, impactando preços e produção. Saiba mais.
Atualizado há 3 dias
Samsung enfrenta desafios globais no segundo trimestre de 2025
Samsung enfrenta desafios econômicos e tarifários que afetam preços e produção. (Imagem/Reprodução: Sammobile)
Resumo da notícia
    • A Samsung superou as expectativas no primeiro trimestre de 2025, mas enfrenta desafios globais no segundo trimestre.
    • Você pode ver os preços de smartphones e componentes eletrônicos subirem devido às tarifas e incertezas econômicas.
    • As tarifas e a concorrência podem reduzir a demanda por produtos da Samsung, afetando o mercado global de tecnologia.
    • A empresa busca diversificar suas linhas para manter competitividade em um cenário desafiador.
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A Samsung superou as previsões dos especialistas no primeiro trimestre de 2025, registrando resultados acima do esperado. Mesmo assim, a companhia ainda enfrenta diversos obstáculos estruturais que podem se intensificar devido ao cenário econômico global pouco favorável. O contexto atual cria dúvidas sobre a sustentabilidade desse desempenho nos próximos meses.

Q2 2025 e os obstáculos da Samsung no cenário global

As tarifas impostas pela administração Trump continuam afetando diretamente a operação da Samsung. Apesar da suspensão anunciada de 90 dias nessas tarifas, o ambiente permanece incerto. Sem estabilidade nas decisões políticas e econômicas, fica difícil para a empresa assumir compromissos de longo prazo com segurança.

Um dos principais alvos das tarifas norte-americanas é o Vietnã. Esse país concentra a maior parte da fabricação dos smartphones da Samsung. Com tarifas elevadas chegando a 46% sobre as importações vindas do Vietnã, a pausa temporária trouxe um pequeno alívio, mas ainda resta o imposto base de 10%. Isso significa que os aparelhos exportados para os Estados Unidos ficam automaticamente 10% mais caros do que antes da taxação.

Já a produção na Índia, que também foi atingida inicialmente por uma tarifa de 26%, surge como uma alternativa para contornar as barreiras. No entanto, tudo depende do andamento das negociações comerciais. Se não houver acordo favorável, a Samsung pode ter apenas duas saídas: repassar os custos aos consumidores, subindo os preços, ou absorver a diferença e sacrificar sua margem de lucro.

Essas incertezas nas cadeias de produção ocorrem em um momento onde se aguardava uma recuperação do mercado global de memória para o segundo trimestre de 2025. A expectativa otimista pode ser derrubada com a continuidade das tarifas, pois preços mais altos tendem a frear a demanda geral no segmento de componentes eletrônicos.

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Desafios para Samsung diante da concorrência e do setor de chips

Além da questão tarifária, outro ponto pesa no cenário. As tarifas mais altas podem reduzir a demanda mundial por memórias, justamente onde a Samsung apostava numa retomada forte. A marca já sente os efeitos da competição de empresas chinesas nos mercados de DRAM e NAND flash, além de lidar com a falta recente de pedidos da NVIDIA para seus módulos HBM3E de nova geração — setor considerado estratégico para o crescimento futuro.

Enquanto trava essa luta, o mercado avança com alternativas como o desenvolvimento de chips personalizados e IA integrada, o que pressiona a Samsung a investir mais em pesquisa e fabricação. O avanço dos concorrentes chineses neste setor obriga cada grande fabricante a buscar diferenciação constante para manter espaço nas vendas globais.

O peso dessas dificuldades externas sobre os resultados financeiros é ampliado devido à dependência da Samsung do mercado americano para parte expressiva das receitas. Mesmo que as tarifas caiam a curto prazo, ainda há a ameaça constante de mudanças repentinas no cenário regulatório.

Diante desse complexo quadro, a empresa precisa equilibrar suas estratégias para seguir competitiva. Uma saída está na diversificação e no reforço das suas linhas premium ou de hardware especializado, buscando mercados onde as barreiras sejam menores ou com maior disposição para absorver custos extras.

Nesse ambiente de transformações, o segmento de semicondutores deverá permanecer altamente competitivo. Outros pontos que pesam são a oscilação cambial, o aumento dos custos de matéria-prima e a intensa disputa pelo fornecimento de componentes para IA, como ressaltado no artigo sobre memórias HBM3E.

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Enquanto navega por esse cenário, a Samsung também observa movimentos paralelos no mundo da tecnologia, onde parceiros, concorrentes e novos atores podem influenciar seu desempenho ou abrir margens para novas colaborações.

Esses obstáculos vêm num momento delicado, onde uma retomada da demanda global poderia impulsionar os negócios, mas a instabilidade gerada pelas tarifas e pela concorrência ainda coloca o futuro próximo sob incógnita para a maior fabricante de chips de memória do mundo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via SamMobile

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.