Samsung Galaxy Fold 7: análise completa sobre a evolução dos dobráveis

Especialistas em tecnologia observam que o Galaxy Z Fold 7 traz uma série de aprimoramentos significativos, especialmente em design e desempenho. Após um período de uso, o aparelho da Samsung se destaca por sua finura e usabilidade aprimorada. O dispositivo corrige pontos que foram alvo de comentários em gerações anteriores, fortalecendo sua posição no mercado de dobráveis da Samsung. A evolução do aparelho sugere que os grandes saltos de design podem se tornar menos frequentes, com futuras versões focadas em melhorias internas e de software. Para muitos, o modelo representa o ápice da forma dos dobráveis atuais.

Design do Galaxy Z Fold 7

Ao contrário de smartphones tradicionais, que não dobram e não se beneficiam tanto de um corpo mais fino, no caso do Galaxy Z Fold 7 essa característica faz uma grande diferença. Quando aberto, o aparelho é extremamente fino, com pouco mais de 4 milímetros de espessura, sem incluir o módulo das câmeras traseiras.

É importante notar que o degrau das câmeras é mais espesso que o corpo do próprio celular, um aspecto que chama a atenção. Essa leveza e finura contribuem para um uso mais confortável do aparelho quando está aberto. Ele pesa 12 gramas a menos que um iPhone 16 Pro Max, por exemplo, ou até 3 gramas a menos que o S25 Ultra. Para quem busca um smartphone que é quase um tablet no bolso, o peso é um fator decisivo.

Contudo, é quando o dispositivo está fechado que sua espessura se mostra ainda mais vantajosa. Ele fica apenas 0,1 milímetro mais grosso que um iPhone 16 Pro Max, uma diferença praticamente imperceptível ao toque. Essa característica, combinada com a nova proporção de tela de 21:9, permite que o aparelho funcione como um smartphone comum.

Você só precisará abrir a tela maior quando realmente quiser aproveitar seus benefícios, e não por sentir-se obrigado a isso, como ocorria em modelos anteriores para alcançar um uso confortável. Essa flexibilidade de uso é um dos maiores trunfos da nova geração.

Durabilidade e Resistência do Aparelho

Minha principal preocupação era se um aparelho tão fino seria mais frágil, suscetível a quebras acidentais. No entanto, minha própria experiência de uso e os testes realizados pelo canal JerryRigEverything demonstraram que este não é o caso. A construção do aparelho é bastante robusta.

Ele conta com um corpo de Armor Aluminum avançado, suporte por uma camada de placa de titânio atrás da tela, e uma nova dobradiça Armor FlexHinge. A tela externa é protegida por Gorilla Glass Victus Ceramic 2, enquanto o vidro traseiro usa Gorilla Glass Victus 2. Apesar de toda essa proteção, vidro ainda pode quebrar ou riscar, como aconteceu em meu uso. Recomendo o uso de capinha e película.

Uma limitação é a certificação de resistência IP48, e não IP68, como outros modelos dobráveis já oferecem. Isso significa que, embora o Z Fold 7 resista bem a líquidos, inclusive submersão, e a detritos maiores que 1 milímetro, ele não oferece garantias contra poeira e outros detritos sólidos mais finos.

Em relação à tela interna, o aparelho apresenta melhorias, um ponto mantido e algumas mudanças. A principal evolução é a resistência a 500 mil dobras, o dobro da geração anterior. Isso, em teoria, permitiria 100 dobras diárias por 10 anos. Em testes práticos, o número de aberturas por dia foi menor, indicando que os dados da Samsung podem ser consistentes com o uso real.

A tela dobrável ultrafina ainda possui uma película plástica que exige cuidado com unhas e objetos afiados, pois pressões concentradas podem danificar a tela. A garantia cobre uma troca dessa película, mas substituições adicionais podem ter um custo elevado. A promessa das 500 mil dobras é para a tela, não para a película.

Câmeras e Produtividade: Mudanças no Z Fold 7

O aparelho marcou o retorno da câmera interna com furo, abandonando a tecnologia de câmera escondida sob a tela. Embora a qualidade da câmera anterior fosse limitada, a tela totalmente livre de distrações era um recurso apreciado por alguns usuários. Essa mudança pode ser vista como um retrocesso estético.

Outra alteração notável é a perda de suporte para a S Pen. Nas gerações anteriores, a caneta era um acessório opcional que fazia bastante sentido para usuários focados em produtividade, que viam o aparelho como um substituto de tablet. Essa remoção pode desagradar a esse perfil de consumidor mais exigente.

O módulo de câmeras traseiras é consideravelmente proeminente na vertical. Essa característica faz com que o aparelho balance bastante ao ser usado fechado sobre uma superfície. Durante atividades como trabalhar na mesa, o balanço pode ser incômodo. Muitos usuários precisarão segurar o aparelho para usá-lo sem instabilidade.

Apesar desses pontos, os problemas são considerados pequenos e não chegam a comprometer a experiência geral do usuário. A ausência de suporte à S Pen será, sem dúvida, o fator que mais incomodará os usuários avançados. No entanto, para muitos, essa funcionalidade não faz falta no uso diário.

Telas

As duas telas do Z Fold 7 foram ampliadas, com a externa agora medindo 6.5 polegadas e a interna alcançando 8 polegadas. A tecnologia dos painéis, no entanto, permanece a mesma: AMOLED Dinâmico 2x. A tela externa possui resolução Full HD+, enquanto a interna é de basicamente 2K.

Ambas as telas oferecem uma taxa de atualização de 120 Hz e um pico de brilho de 2600 nits. Essas especificações garantem excelente detalhamento, cores vibrantes, pretos profundos e boa visibilidade mesmo sob luz solar forte. Elas são adequadas para praticamente qualquer tarefa, seja em formato de smartphone ou tablet.

A proporção quase quadrada da tela interna resulta em barras pretas acima e abaixo na maioria dos vídeos. Mesmo assim, a visualização maior é um benefício. Em redes sociais verticais, como Instagram e TikTok, as barras aparecem nas laterais, mas a interface limpa dos aplicativos, com botões nos cantos, melhora a experiência.

Para jogos, a experiência é ainda melhor, com a maioria dos títulos aproveitando 100% do espaço da tela grande. Para jogadores casuais de mobile, a imersão visual é um grande atrativo. Jogadores ultracompetitivos podem buscar telas com taxas de atualização e tempos de resposta ainda maiores.

O vinco na tela, um ponto de atenção em dobráveis, ainda existe. No entanto, ele está tão suave que não atrapalha o uso, mesmo ao deslizar o dedo na área central, o que é raro. Ao olhar a tela de frente, o vinco é quase imperceptível. Ele só se torna visível sob luz forte ou em ângulos específicos.

Isso significa que o usuário tem uma experiência de tela de alto nível tanto no formato de smartphone quanto no de tablet. A qualidade e funcionalidade da tela externa reduzem a necessidade de usar a interna constantemente, o que pode contribuir para a durabilidade do aparelho a longo prazo.

Hardware

No que diz respeito ao hardware, a evolução do Z Fold 7 foi dentro do esperado para uma nova geração. O processador é o Snapdragon 8 Elite da Qualcomm, o mesmo encontrado na família S25 da Samsung. Este chip oferece alto desempenho para diversas tarefas.

O aparelho é acompanhado por 12 GB de RAM no modelo com 512 GB de armazenamento. Já a versão com 1 TB de espaço interno vem equipada com 16 GB de RAM. Essas configurações garantem que o dispositivo tenha poder de fogo suficiente para rodar aplicativos e jogos exigentes sem travamentos.

Em termos de conectividade, o aparelho vem completo, incluindo suporte a redes móveis 5G e WiFi tri-band, com compatibilidade até o padrão WiFi 7. Além disso, conta com Bluetooth 5.4, NFC, GPS e outras tecnologias essenciais para um dispositivo de ponta.

Minha principal preocupação era o resfriamento, que pode ser um desafio em celulares mais finos. No entanto, o Z Fold 7 surpreendeu positivamente nesse aspecto. A temperatura se manteve controlada, mesmo após mais de uma hora de jogos online exigentes, sem apresentar quedas de desempenho. Isso mostra uma engenharia térmica eficaz para o design compacto.

Software

O software do Z Fold 7 é a OneUI 8, a interface da Samsung baseada no Android 16. Ele inclui os principais recursos e aprimoramentos que a Samsung tem oferecido em seus smartphones premium. A experiência é fluida, familiar e altamente personalizável, características conhecidas do sistema Android.

Recursos como Circule para Pesquisar e a integração do Gemini com aplicativos nativos e de terceiros estão presentes. O modo DeX sem fios, que permite usar o celular como um computador conectando-o a uma smartTV, continua sendo um diferencial importante para produtividade.

Para quem utiliza um notebook Galaxy, a função multicontrole permite usar o teclado e o touchpad do computador para controlar o celular. Isso facilita a transição entre dispositivos e otimiza o fluxo de trabalho. A Samsung também incluiu todas as funcionalidades mais recentes da Galaxy AI, sua plataforma de inteligência artificial.

Recursos de IA e Multitarefas

Entre os recursos de Galaxy AI, estão o editor de imagens, o redutor de ruído e o assistente de texto. O modo intérprete tem potencial para comunicação em diferentes idiomas, sendo útil em conversas presenciais ou chamadas, embora ainda precise de aprimoramentos para ser realmente preciso.

A Samsung já confirmou que os recursos gratuitos da Galaxy AI continuarão gratuitos, mesmo com a possível introdução de funções pagas no futuro. Essa é uma notícia positiva para os usuários que querem aproveitar as ferramentas sem custo adicional.

A tela grande do Fold 7 é ideal para multitarefas. É possível fixar até três aplicativos simultaneamente em tela dividida e abrir outros em janelas flutuantes, que podem ser redimensionadas e movidas livremente. Essa facilidade de uso é perfeita para momentos de alta produtividade.

Por exemplo, é fácil pesquisar informações, usar uma calculadora e conversar em um aplicativo de mensagens ao mesmo tempo, sem a necessidade de alternar entre as telas. Para aproveitar o espaço máximo da tela grande enquanto usa dois apps, o modo 90:10 permite que o aplicativo principal ocupe quase toda a área. Com um toque, é possível alternar rapidamente para o segundo app.

A Samsung promete 7 anos de atualizações de Android, o que significa que o Fold 7 receberá suporte até o Android 23. Essa longevidade é um ponto positivo para quem busca um investimento a longo prazo em um celular dobrável. Embora a perda do suporte à S Pen possa ser um ponto fraco para alguns, a experiência geral do software é otimizada.

Câmeras

O conjunto de câmeras do Z Fold 7 é similar ao do Z Fold 6, com duas mudanças. A primeira está nas câmeras frontais. A câmera externa para selfies mantém 10 MP. Já a câmera interna, que antes era escondida sob a tela, agora tem um furo e também conta com 10 MP, além de um ângulo um pouco mais aberto.

A qualidade das imagens de ambas as câmeras frontais é bastante parecida. Elas são adequadas para videochamadas, mas não para outras finalidades, já que o conjunto de câmeras traseiras oferece uma qualidade superior. Isso reforça a ideia de usar as câmeras principais sempre que possível para fotos e vídeos.

Configuração e Qualidade de Imagem

Na parte traseira, o aparelho continua com um sistema de três lentes. Duas delas são uma ultrawide de 12 MP com ângulo de 120º e uma teleobjetiva de 10 MP com estabilização física e zoom ótico de 3x. A principal mudança está no sensor principal, que passou de 50 MP para 200 MP, mantendo a estabilização ótica.

Embora o sensor seja de alta resolução, ele não é idêntico ao do S25 Ultra devido às limitações de espaço do design dobrável. Ainda assim, o resultado são fotos e vídeos de excelente qualidade, tanto em ambientes claros quanto escuros. As imagens apresentam bons detalhes e cores ricas.

A diferença em relação ao S25 Ultra é perceptível em condições de iluminação muito desafiadoras, onde o Fold 7 pode apresentar um pouco mais de ruído ao ampliar as fotos. Mesmo assim, as imagens permanecem boas, não comprometendo a experiência geral. As câmeras ultrawide e teleobjetiva também fazem boas capturas.

A qualidade das selfies com as câmeras frontais é aceitável, mas não se compara à excelência das fotos tiradas com a câmera principal. Nos vídeos, o aparelho grava em 8K a 30 fps ou em 4K a 60 fps, com excelente estabilização. O modo superestável é útil para gravações com movimentos mais bruscos. A Samsung continua trabalhando para aprimorar sua linha de câmeras.

Usar o celular dobrado sobre uma superfície é a melhor forma de tirar fotos em grupo sem tripé. A função de foto em movimento permite usar a inteligência artificial para corrigir rostos, como piscar ou desviar o olhar. A edição generativa também ajuda em detalhes menores. Embora competente, não atinge o nível de zoom ou ultrawide de modelos como o S25 Ultra ou os iPhones mais recentes. Os avanços em câmeras de smartphones continuam a ser um diferencial importante.

Bateria

A bateria do Z Fold 7 é um ponto onde o aparelho poderia ter se destacado mais. A Samsung não utilizou a tecnologia de baterias de silício-carbono, que poderia ter proporcionado um aumento significativo na capacidade. Apesar da redução drástica na espessura do aparelho, a capacidade da bateria permaneceu nos mesmos 4.400 mAh da geração anterior.

Com um uso moderado – incluindo mensageiros, redes sociais e vídeos online, limitando o uso da tela interna – é possível terminar o dia com mais de 30% de carga. Esse é um resultado razoável. No entanto, ao usar a tela interna com mais frequência, a carga pode facilmente cair para menos de 10%.

O uso intensivo da tela grande, como algumas horas de jogos online, pode esgotar a bateria em menos de 5 horas. Esse desempenho é considerado mediano, mesmo considerando que se trata de um dispositivo com uma tela de tablet e bateria de smartphone. Otimizar o consumo de energia é um desafio constante para a Samsung.

A situação do carregamento também não impressiona. O carregamento com fio de 25W recupera metade da carga em cerca de meia hora, mas leva quase uma hora e meia para completar totalmente a bateria. O carregamento sem fio é ainda mais lento, limitado a 15W.

Apesar dessas limitações, a qualidade da tela externa reduz a necessidade de usar a interna, o que indiretamente ajuda a bateria a durar mais. Contudo, em comparação com rivais que já utilizam tecnologias de bateria mais avançadas, o desempenho da bateria do Z Fold 7 é um ponto que precisa de melhorias futuras.

Preço

A Samsung lançou o Galaxy Z Fold 7 no Brasil com um preço que, apesar de ser alto, foi uma surpresa positiva para os consumidores brasileiros. Nos Estados Unidos, o modelo base de 256 GB foi lançado por US$ 2 mil, uma opção que nem está disponível no mercado brasileiro.

Considerando a habitual conversão desfavorável, muitos esperavam um preço de lançamento próximo dos R$ 20 mil, especialmente porque concorrentes diretos da Honor e Huawei chegaram ao mercado brasileiro com valores ainda mais altos. No entanto, a Samsung surpreendeu ao oferecer o aparelho por um valor um pouco acima do antecessor.

Durante a pré-compra, a versão de 1 TB custou R$ 14.600. Atualmente, com o fim da pré-venda, o modelo de 512 GB está disponível no site da Samsung a partir de R$ 13.139 à vista. Já a versão de 1 TB sai por R$ 14.939 à vista.

Há ainda a possibilidade de descontos adicionais ao comprar pelo aplicativo da Samsung e usar cupons, como o LIVEZ, que pode reduzir o preço do modelo de 1 TB para R$ 9.579. Esses valores não consideram descontos por troca de aparelhos usados. As ofertas de celulares estão sempre surgindo no mercado.

Mesmo com os descontos, o preço do Z Fold 7 permanece elevado para um smartphone. No entanto, essa estratégia de preços demonstra o posicionamento da Samsung no mercado brasileiro, oferecendo uma opção competitiva em relação aos seus concorrentes diretos.

O Z Fold 7 vale a pena?

Para quem não tem a S Pen como um acessório indispensável, o Z Fold 7 representa uma evolução significativa em relação ao seu antecessor. É provável que futuras gerações desta família de dobráveis da Samsung não apresentem mudanças tão impactantes.

As próximas atualizações devem se concentrar em aprimoramentos graduais: processadores mais potentes, câmeras refinadas, baterias mais eficientes e novas funcionalidades de software. Essa tendência deve continuar até a chegada de novos formatos ou tecnologias.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.