Série de Fantasia para Maratonar na Netflix

Descubra como "A Descoberta das Bruxas" pode ser sua nova série favorita na Netflix.
Série de Fantasia para Maratonar na Netflix
Mergulhe em um mundo mágico e cativante com "A Descoberta das Bruxas" na Netflix. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • A série “A Descoberta das Bruxas” mistura fantasia, romance e mistério na Netflix.
    • Se você procura uma trama envolvente, essa série pode ser uma boa escolha.
    • O público vai se surpreender com os mistérios e reviravoltas dos personagens.
    • A interação entre Diana e outros personagens traz tensão e drama à história.
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Para quem busca uma série de ficção na Netflix para maratonar e escapar da realidade, “A Descoberta das Bruxas” pode ser uma ótima opção. A trama, que mistura fantasia, romance e elementos históricos, acompanha a história de Diana Bishop, uma acadêmica que descobre ser uma bruxa e se envolve em um mundo de magia e mistério. A série promete envolver o espectador em um universo rico e cheio de reviravoltas.

Em uma biblioteca antiga, Diana Bishop, sem saber,触uma obra que a leva a um campo de batalha ancestral. Essa é a base de “A Descoberta das Bruxas”, série que busca equilibrar conhecimento, mistério e suspense sobrenatural. Diana, uma estudiosa e bruxa hesitante, entra em um mundo de alquimia, intrigas e um livro perdido, o Ashmole 782, que guarda segredos antigos. A série equilibra ritmo e simbolismo, prometendo ser mais que uma simples aventura sobrenatural. No entanto, essa promessa inicial se transforma em uma narrativa focada no romance e no consumo rápido.

A primeira temporada estabelece o suspense com cuidado. A narrativa é contida, o que aumenta o mistério: cada personagem esconde algo, e os cenários de Oxford e Veneza são tão importantes quanto os diálogos. Diana é o centro das atenções, sendo ameaça e solução, isca e predadora. Personagens como Peter Knox e Satu a cercam com segundas intenções, criando um ambiente tenso. A tensão é bem controlada, e os conflitos se desenvolvem de forma envolvente, sem soluções fáceis.

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A partir da segunda temporada, a densidade da trama muda. A história, antes focada em enigmas, passa a girar em torno do relacionamento de Diana e Matthew, um vampiro com um passado complicado. Em vez de explorar os perigos dessa relação, a trama se concentra em um romance quase religioso, o que simplifica o conflito. A repetição de gestos de amor e o tom dramático substituem a curiosidade intelectual por declarações intensas, mas superficiais.

Há um problema maior na estrutura da série: a transformação de Diana é muito rápida. De pesquisadora cética, ela se torna uma figura poderosa e influente, o que não faz muito sentido dentro da história. Em poucos episódios, ela se torna bruxa poderosa, esposa ideal e líder diplomática, sem que a série mostre seus desafios, erros ou sacrifícios. A falta de dificuldades reais diminui o desenvolvimento da personagem, que parece superar os problemas sem sofrer de verdade.

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Essa falta de profundidade fica ainda mais evidente quando comparada aos livros de Deborah Harkness, que exploram as nuances do crescimento, da ambiguidade e do sofrimento. A série, ao priorizar a ação e o visual, sacrifica a densidade moral e emocional da história. Muitas das dúvidas que os personagens enfrentam nos livros — o medo da corrupção, a incerteza sobre o poder, a perda de entes queridos — são apenas mencionadas na série. Essa decisão de suavizar a trama parece ser para evitar afastar o público com temas mais complexos.

A inclusão da Inglaterra elisabetana na segunda temporada, apesar do visual impressionante, serve mais como um cenário do que como um ambiente ameaçador. A presença de figuras históricas como Elizabeth I e Philippe de Clermont gera expectativa, mas a série logo neutraliza seus possíveis conflitos. Em vez de aumentar a tensão política, essas interações reforçam o protagonismo de Diana, cuja ascensão acontece sem grandes obstáculos. O que deveria ser uma imersão perigosa no passado se torna um desfile de conquistas, bonito, mas previsível.

Ainda assim, nem tudo se perde no romance. O elenco de apoio, especialmente os atores que interpretam personagens como Kit Marlowe, Satu e Gerbert, mantém a tensão em alguns momentos. Há cenas em que a política volta a ser importante, com alianças instáveis e ameaças, lembrando a primeira temporada. A fotografia, com suas luzes e sombras, também ajuda a criar essa atmosfera, mostrando que a série ainda tem algo do seu potencial original. É nesses momentos que “A Descoberta das Bruxas” recupera a curiosidade que a tornou interessante.

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Para quem não leu os livros, a série pode ser envolvente: o romance tem química, o universo é visualmente rico e o ritmo, apesar de irregular, prende a atenção. No entanto, para os mais exigentes, a série parece não cumprir totalmente sua promessa. A história original tem mais profundidade do que a série mostra, e essa camada raramente é explorada como deveria. Há momentos em que se percebe um conflito emocional, mas a narrativa recua antes de arriscar.

“A Descoberta das Bruxas” não é um fracasso, mas uma série que preferiu a segurança à ousadia. Seu universo continua interessante, a estética é atraente e o elenco é talentoso. No entanto, a diferença entre o que é prometido e o que é entregue define o tom agridoce da série. É uma história que aborda a magia, mas tem medo das consequências.

Ficha Técnica:

  • Filme: A Descoberta das Bruxas
  • Diretor: Farren Blackburn
  • Ano: 2022
  • Gênero: Drama/Fantasia/Romance
  • Avaliação: 8/10

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.