Série de Fantasia para Maratonar na Netflix

Descubra como "A Descoberta das Bruxas" pode ser sua nova série favorita na Netflix.
Atualizado há 5 horas
Série de Fantasia para Maratonar na Netflix
Mergulhe em um mundo mágico e cativante com "A Descoberta das Bruxas" na Netflix. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • A série “A Descoberta das Bruxas” mistura fantasia, romance e mistério na Netflix.
    • Se você procura uma trama envolvente, essa série pode ser uma boa escolha.
    • O público vai se surpreender com os mistérios e reviravoltas dos personagens.
    • A interação entre Diana e outros personagens traz tensão e drama à história.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para quem busca uma série de ficção na Netflix para maratonar e escapar da realidade, “A Descoberta das Bruxas” pode ser uma ótima opção. A trama, que mistura fantasia, romance e elementos históricos, acompanha a história de Diana Bishop, uma acadêmica que descobre ser uma bruxa e se envolve em um mundo de magia e mistério. A série promete envolver o espectador em um universo rico e cheio de reviravoltas.

Em uma biblioteca antiga, Diana Bishop, sem saber,触uma obra que a leva a um campo de batalha ancestral. Essa é a base de “A Descoberta das Bruxas”, série que busca equilibrar conhecimento, mistério e suspense sobrenatural. Diana, uma estudiosa e bruxa hesitante, entra em um mundo de alquimia, intrigas e um livro perdido, o Ashmole 782, que guarda segredos antigos. A série equilibra ritmo e simbolismo, prometendo ser mais que uma simples aventura sobrenatural. No entanto, essa promessa inicial se transforma em uma narrativa focada no romance e no consumo rápido.

A primeira temporada estabelece o suspense com cuidado. A narrativa é contida, o que aumenta o mistério: cada personagem esconde algo, e os cenários de Oxford e Veneza são tão importantes quanto os diálogos. Diana é o centro das atenções, sendo ameaça e solução, isca e predadora. Personagens como Peter Knox e Satu a cercam com segundas intenções, criando um ambiente tenso. A tensão é bem controlada, e os conflitos se desenvolvem de forma envolvente, sem soluções fáceis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A partir da segunda temporada, a densidade da trama muda. A história, antes focada em enigmas, passa a girar em torno do relacionamento de Diana e Matthew, um vampiro com um passado complicado. Em vez de explorar os perigos dessa relação, a trama se concentra em um romance quase religioso, o que simplifica o conflito. A repetição de gestos de amor e o tom dramático substituem a curiosidade intelectual por declarações intensas, mas superficiais.

Há um problema maior na estrutura da série: a transformação de Diana é muito rápida. De pesquisadora cética, ela se torna uma figura poderosa e influente, o que não faz muito sentido dentro da história. Em poucos episódios, ela se torna bruxa poderosa, esposa ideal e líder diplomática, sem que a série mostre seus desafios, erros ou sacrifícios. A falta de dificuldades reais diminui o desenvolvimento da personagem, que parece superar os problemas sem sofrer de verdade.

Leia também:

Essa falta de profundidade fica ainda mais evidente quando comparada aos livros de Deborah Harkness, que exploram as nuances do crescimento, da ambiguidade e do sofrimento. A série, ao priorizar a ação e o visual, sacrifica a densidade moral e emocional da história. Muitas das dúvidas que os personagens enfrentam nos livros — o medo da corrupção, a incerteza sobre o poder, a perda de entes queridos — são apenas mencionadas na série. Essa decisão de suavizar a trama parece ser para evitar afastar o público com temas mais complexos.

A inclusão da Inglaterra elisabetana na segunda temporada, apesar do visual impressionante, serve mais como um cenário do que como um ambiente ameaçador. A presença de figuras históricas como Elizabeth I e Philippe de Clermont gera expectativa, mas a série logo neutraliza seus possíveis conflitos. Em vez de aumentar a tensão política, essas interações reforçam o protagonismo de Diana, cuja ascensão acontece sem grandes obstáculos. O que deveria ser uma imersão perigosa no passado se torna um desfile de conquistas, bonito, mas previsível.

Ainda assim, nem tudo se perde no romance. O elenco de apoio, especialmente os atores que interpretam personagens como Kit Marlowe, Satu e Gerbert, mantém a tensão em alguns momentos. Há cenas em que a política volta a ser importante, com alianças instáveis e ameaças, lembrando a primeira temporada. A fotografia, com suas luzes e sombras, também ajuda a criar essa atmosfera, mostrando que a série ainda tem algo do seu potencial original. É nesses momentos que “A Descoberta das Bruxas” recupera a curiosidade que a tornou interessante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para quem não leu os livros, a série pode ser envolvente: o romance tem química, o universo é visualmente rico e o ritmo, apesar de irregular, prende a atenção. No entanto, para os mais exigentes, a série parece não cumprir totalmente sua promessa. A história original tem mais profundidade do que a série mostra, e essa camada raramente é explorada como deveria. Há momentos em que se percebe um conflito emocional, mas a narrativa recua antes de arriscar.

“A Descoberta das Bruxas” não é um fracasso, mas uma série que preferiu a segurança à ousadia. Seu universo continua interessante, a estética é atraente e o elenco é talentoso. No entanto, a diferença entre o que é prometido e o que é entregue define o tom agridoce da série. É uma história que aborda a magia, mas tem medo das consequências.

Ficha Técnica:

  • Filme: A Descoberta das Bruxas
  • Diretor: Farren Blackburn
  • Ano: 2022
  • Gênero: Drama/Fantasia/Romance
  • Avaliação: 8/10

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.