Será que seu celular aguentaria sete anos de atualizações? Samsung e Google surpreenderam ao anunciar que seus smartphones flagship Android receberiam sete anos de atualizações. Mas será que o seu aparelho duraria tanto tempo? Para testar essa teoria, o autor do artigo original decidiu usar seu Galaxy S8 ainda funciona, lançado há sete anos, por uma semana. Vamos descobrir como foi essa experiência e o que ele descobriu.
Um celular de sete anos ainda dá o caldo em 2025?
Um dos maiores obstáculos para manter um celular por tanto tempo é a durabilidade. A tela pode quebrar bem antes do esperado, e os custos de reparo nem sempre compensam. No caso do Galaxy S8 ainda funciona, a página oficial da Samsung não oferece mais reparos para modelos anteriores ao Galaxy S20. Cinco anos de suporte podem ser suficientes agora, mas isso pode se tornar um problema no futuro, quando os celulares com promessa de sete anos de atualização começarem a envelhecer.
O autor usou o Galaxy S8 por cerca de 18 a 20 meses antes de trocá-lo, e desde então o emprestou para amigos. A boa notícia é que o aparelho ainda está em boas condições, mesmo com algumas quedas. A tinta descascou um pouco na parte superior, provavelmente por causa da capa, e há um arranhão na traseira. Mas, no geral, são apenas pequenas imperfeições estéticas.
A resistência à água também é uma preocupação, já que as borrachas de vedação tendem a se degradar com o tempo. Para verificar se as vedações do seu celular ainda estão intactas, você pode usar o aplicativo Water Resistance Tester, que usa o barômetro do aparelho. O aplicativo indicou que o Galaxy S8 ainda é resistente à água, mas o autor preferiu não arriscar testá-lo.
O tamanho compacto, o design fino e as bordas curvas do Galaxy S8 ainda são muito agradáveis em comparação com os celulares atuais. Talvez o maior problema seja o leitor de impressão digital na traseira, que fica em uma posição um pouco incômoda. Mas ele oferece suporte a gestos, como deslizar para baixo para abrir a barra de notificações. O autor confessa que sente muita falta desses recursos.
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Desempenho: um celular de sete anos ainda aguenta o tranco?
Depois de ligar o Galaxy S8, o autor percebeu o quanto os celulares e as interfaces Android evoluíram. O aparelho fica muito lento após a inicialização, mesmo em comparação com modelos intermediários atuais. Há um atraso notável ao tocar no botão de aplicativos recentes e um delay de alguns segundos ao ligar a tela. Esses problemas diminuem após uns 15 minutos, mas ainda há lentidão ocasionalmente, como ao pesquisar nas configurações ou tocar na barra de busca do Google.
O Galaxy S8 está preso no Android 9 Pie, bem atrás da versão atual, o Android 15. O autor sentiu falta de recursos como permissão de notificações e histórico de notificações. Mas a maior preocupação é que, em breve, muitos aplicativos deixarão de funcionar. O Slack, por exemplo, exige o Android 11 como versão mínima. O WhatsApp ainda funciona, assim como alguns aplicativos do Good Lock. O aplicativo do banco ainda exige Android 8 Oreo, então ainda está funcionando, mas resta saber por quanto tempo.
Uma vantagem dessa versão antiga do Android é que os aplicativos de 32 bits ainda funcionam. Isso significa que vários jogos adquiridos por meio do Humble Bundles rodam sem problemas. Também é possível usar versões mais robustas de aplicativos como o Cerberus, que foi afetado pelas restrições de permissão do Google no final dos anos 2010. A experiência será diferente em celulares mais novos com promessa de atualizações por sete anos, já que os aplicativos devem continuar sendo suportados.
Em 2017, o autor já tinha dificuldades para usar o Galaxy S8 por um dia inteiro sem ativar o modo de economia de bateria. Ele imaginava que a situação estaria ainda pior devido à degradação da bateria. De fato, a bateria caiu 20-25% durante a atualização e instalação de aplicativos ao longo de duas horas. Usar o celular por um dia inteiro é praticamente impossível, então é preciso economizar bateria ou ativar o modo de economia. A substituição da bateria ajudaria, mas ela não é removível. O autor perguntou à Samsung se ela ainda oferece substituição de bateria para modelos antigos como o Galaxy S7 e S8.
Pelo menos o celular tem uma porta USB-C. Pode parecer óbvio, mas o Galaxy S8 foi o primeiro da linha com essa entrada, apesar de o padrão já existir em outros celulares desde 2015. Infelizmente, leva mais de 90 minutos para carregar o aparelho com um carregador de 65W. Afinal, o Galaxy S8 foi lançado em uma época em que 15W já era considerado bom.
Câmera e recursos extras do Galaxy S8
Nem tudo é ruim. O autor gostava do leitor de íris, apesar de ser lento em condições ideais e pouco eficaz sob luz solar direta. O recurso ainda é útil hoje em dia, especialmente com as mãos molhadas. E, ao contrário do reconhecimento facial 2D, ele funciona no escuro. O botão home virtual também é interessante, oferecendo feedback tátil ao pressionar a parte inferior da tela.
O Galaxy S8 também roda a maioria dos jogos sem problemas. Títulos como PUBG Mobile e GRID Autosport funcionam de forma satisfatória. Mas não espere rodar os jogos mais exigentes. Alguns emuladores podem ser um pouco avançados para o chip Exynos 8895 ou Snapdragon 835. Portanto, não espere muito de jogos de GameCube e PS2.
A bateria, que já era mediana, está péssima em 2025. A câmera ainda é boa em ambientes claros, mas não oferece os recursos mais recentes. A câmera traseira de 12MP ainda é capaz de tirar boas fotos durante o dia, em grande parte porque foi o primeiro celular da Samsung com processamento de imagem multi-frame. As cores são parecidas com as dos Galaxy mais recentes, e o nível de detalhes é bom. No entanto, o autor notou mais reflexos, e não há câmeras teleobjetiva ou ultra-wide para maior flexibilidade. A câmera mostra sua idade em ambientes com pouca luz, com fotos mais escuras, borradas e com mais ruído. Isso se deve à falta de um modo noturno, cuja importância só é percebida ao usar um celular sem ele. Além disso, o Galaxy S8 não tem recursos como Single Take e Portrait Mode.
Para quem curte som de alta qualidade, o Galaxy S8 mantém dois recursos que sumiram da maioria dos celulares flagship Android: a entrada para fone de ouvido e o slot para cartão microSD. O segundo é importante, já que o aparelho tem apenas 64GB de armazenamento interno. Não espere eSIM, mas pelo menos há um slot para nano-SIM em vez do antigo padrão micro-SIM.
O Galaxy S8 já não é o mesmo, mas será que os celulares atuais vão durar tanto tempo?
Após passar uma semana com o Galaxy S8, o autor ficou feliz em voltar para um Android moderno. O desempenho instável, a versão antiga do Android e a bateria ruim são características de celulares antigos, mas ainda decepcionam. O carregamento lento e o leitor de impressão digital mal posicionado são outros pontos negativos.
Ainda assim, alguns aspectos impressionaram. O desempenho ainda é bom para a maioria dos jogos, a câmera ainda funciona bem durante o dia, e os recursos extras que sumiram dos celulares modernos (cartão microSD, entrada para fone de ouvido e leitor de íris) são bem-vindos.
Em teoria, os celulares atuais da Samsung e do Google devem envelhecer ainda melhor que o Galaxy S8. A promessa de sete anos de atualizações significa ter a versão mais recente do Android em 2032. Além disso, iniciativas como o Project Mainline permitem atualizar partes do sistema operacional sem precisar de uma atualização completa. O Google também melhorou a saúde da bateria, com o Pixel 8a e modelos mais recentes atingindo 80% da capacidade após 1.000 ciclos de carga (contra 800 ciclos antes).
Ainda há algumas preocupações sobre usar celulares modernos por sete anos ou mais. O maior desafio pode ser conseguir reparos ou peças de reposição oficiais. O site de reparo de tela da Samsung não é animador, mas o Google informou que oferece peças de reposição por sete anos. A degradação da bateria também é uma preocupação, especialmente em aparelhos como o Galaxy S25 Edge tem design semelhante ao S25 Ultra, que tem uma bateria pequena.
Usar o Galaxy S8 ainda funciona por uma semana foi menos doloroso do que o esperado, mesmo com as baixas expectativas. Os celulares atuais devem ter um desempenho ainda melhor, mas a falta de baterias substituíveis pelo usuário é um grande problema. Por isso, vale a pena esperar pela próxima geração de celulares com essa funcionalidade, como o Galaxy S26 e o Pixel 11.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Android Authority