Sexo deixa ‘rastro’ que pode ajudar a identificar criminosos

Saiba como o sexo pode deixar rastros que ajudam a polícia a identificar criminosos. Entenda os detalhes deste estudo.
Atualizado há 15 horas
Identificação de criminosos

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Cientistas australianos descobriram que o ato sexual pode deixar um “rastro” único, abrindo novas portas para a identificação de criminosos. Essa descoberta, focada nas propriedades bacterianas transmitidas durante o sexo, pode transformar a investigação forense, oferecendo uma alternativa valiosa em casos onde o DNA masculino não está presente ou é de difícil análise. Entenda como essa pesquisa inovadora pode impactar a justiça e a segurança pública.

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O ‘Sexoma’: Uma Nova Ferramenta na Identificação de Criminosos

Pesquisadores da Universidade de Murdoch, na Austrália, revelaram que as bactérias transmitidas sexualmente podem funcionar como uma espécie de impressão digital. Essas características únicas, encontradas no microbioma genital de cada pessoa, foram apelidadas de “sexoma”. A análise detalhada do sexoma pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar na identificação de criminosos sexuais.

Para entender melhor como o sexoma é transferido durante o ato sexual, os cientistas recrutaram 12 casais heterossexuais que estavam em relacionamentos monogâmicos, com idades entre 20 e 30 anos. O objetivo era verificar se o sexoma poderia ser transferido em atos sexuais com penetração, tanto com o uso de preservativo quanto sem.

Inicialmente, os participantes forneceram amostras de seus órgãos genitais para estabelecer uma base de comparação. Após um período de testes com relações sexuais, com intervalos de 2 a 14 dias, os pesquisadores analisaram as amostras novamente e observaram que o sexoma de uma pessoa podia ser identificado em seu parceiro.

Embora a transferência não tenha sido 100% consistente em todos os casais, os resultados foram promissores. Curiosamente, nos testes em que se utilizou preservativo, a maioria das bactérias foi transmitida das mulheres para os homens. Fatores como circuncisão, tamanho dos pelos pubianos, uso de lubrificante ou prática de sexo oral não mostraram interferir significativamente na diversidade do sexoma.

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Implicações Forenses do Estudo do Sexoma

Brendan Chapman, presidente da Escola de Ciências Médicas, Moleculares e Forenses da Universidade de Murdoch e autor sênior do estudo, destacou a importância da pesquisa em um contexto forense. Segundo ele, poucos estudos exploraram a diversidade de microbiomas presentes no pênis e na vagina, especialmente com foco na aplicação em investigações criminais.

Chapman acredita que o estudo pode representar uma nova forma de identificação de criminosos sexuais, mesmo quando preservativos são utilizados. “Os resultados desta pesquisa mostram que a análise do microbioma pode ter alguma utilidade na investigação de casos de agressão sexual como uma ferramenta adicional quando o DNA masculino não está presente”, afirmou.

Em muitos casos de estupro e outros crimes sexuais, a perícia tenta isolar o DNA masculino do feminino para identificar os criminosos. No entanto, esse processo pode ser bastante difícil, o que torna o sexoma uma alternativa promissora. A equipe de pesquisadores agora busca entender por quanto tempo o sexoma permanece detectável após a atividade sexual.

As descobertas podem complementar as técnicas tradicionais de análise de DNA, oferecendo uma camada adicional de evidência em casos complexos. Essa abordagem inovadora poderá fornecer pistas cruciais, mesmo quando outros métodos de identificação falham.

Próximos Passos na Pesquisa do Sexoma

A equipe de cientistas está focada em determinar a durabilidade do sexoma após a atividade sexual. Entender por quanto tempo esse “rastro” bacteriano permanece detectável é crucial para sua aplicação prática em investigações forenses. A durabilidade do sexoma pode variar dependendo de diversos fatores, como higiene pessoal, uso de produtos de limpeza e o tempo decorrido desde o ato sexual.

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Além disso, os pesquisadores planejam expandir o estudo para incluir uma amostra maior e mais diversificada de participantes. A inclusão de diferentes etnias, idades e estilos de vida pode ajudar a refinar ainda mais a precisão e a confiabilidade da análise do sexoma. Essa ampliação também permitirá identificar possíveis variações no sexoma entre diferentes populações.

Outro objetivo é desenvolver métodos de análise mais rápidos e eficientes, que possam ser implementados em laboratórios forenses de forma rotineira. A criação de kits de teste práticos e acessíveis facilitaria a utilização do sexoma como uma ferramenta padrão na investigação de crimes sexuais. A expectativa é que, no futuro, a análise do sexoma se torne tão comum quanto a análise de DNA em investigações criminais.

O estudo do sexoma abre um leque de possibilidades para a ciência forense. A capacidade de rastrear e identificar indivíduos através de suas características bacterianas únicas pode revolucionar a forma como crimes sexuais são investigados e resolvidos. Essa inovação representa um avanço significativo na busca por justiça e na proteção das vítimas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.