Já imaginou se um asteroide resolvesse fazer uma visitinha inesperada à Terra? Cientistas estão de olho no asteroide Bennu e, acredite, simulações mostram uma pequena, mas real, chance de Asteroide Bennu colidindo com nosso planeta em 2182. Vamos entender essa história e o que os pesquisadores estão prevendo!
Há milhões de anos, um asteroide gigante causou a extinção dos dinossauros ao atingir o México. Agora, o asteroide Bennu, com seus 487 metros de largura, está sendo monitorado de perto. Ele não causaria uma extinção em massa, mas o impacto ainda traria grandes problemas.
Simulação de colisão do Asteroide Bennu
Um estudo recente da revista Science Advances traz uma simulação realizada por pesquisadores do IBS Center for Climate Physics (ICCP) sobre o que aconteceria se o asteroide Bennu atingisse a Terra. A chance é pequena, cerca de 1 em 2.700, com a possível data marcada para setembro de 2182. Parece filme, mas é ciência!
Para termos uma ideia, imagine acertar cara em uma moeda jogada para o alto 11 vezes seguidas. Difícil, né? Do mesmo jeito, é mais provável que Bennu passe raspando pela órbita da Terra. Como o encontro cósmico só vai acontecer daqui a mais de 150 anos, não dá para saber o que vai acontecer de verdade.
Os cientistas do ICCP usaram um modelo climático moderno para simular o impacto do asteroide Bennu. Eles analisaram os efeitos na superfície, nos ecossistemas e as mudanças químicas que poderiam bagunçar a atmosfera. Queriam saber tudo que poderia acontecer, desde o clima até a vida nos oceanos.
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“O impacto de asteroides de médio porte pode lançar enormes quantidades de poeira na atmosfera, com consequências ainda desconhecidas para os ecossistemas terrestres e marinhos. Neste estudo, utilizamos o modelo climático acoplado Community Earth System Model Version 2, com química interativa, para analisar como colisões desse tipo poderiam afetar o clima, a vegetação e a produtividade dos oceanos”, detalham os pesquisadores no estudo.
Descoberta e nome do Asteroide Bennu
O asteroide Bennu foi visto pela primeira vez em 1999, durante um programa de monitoramento chamado Lincoln Near-Earth Asteroid Research (LINEAR), nos Estados Unidos. Inicialmente, ele foi batizado de 1999 RQ36, mas só ganhou o nome Bennu em 2013, escolhido por um garoto de nove anos em um concurso da NASA. O nome faz referência a uma divindade egípcia ligada ao Sol e ao renascimento.
O asteroide completa uma volta ao redor do Sol a cada 1,2 anos, a uma distância média de 168 milhões de quilômetros. Para comparar, a Terra está a 149 milhões de km do Sol. A cada seis anos, Bennu chega perto da Terra, a uns 299 mil quilômetros, o que é pouco considerando sua órbita.
A NASA explica que Bennu surgiu de um asteroide maior, rico em carbono, há bilhões de anos. Acredita-se que ele se soltou desse corpo no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter, e foi parar em uma órbita próxima da Terra.
“Cientistas acreditam que uma colisão cataclísmica fez com que um asteroide rico em carbono de 60 a 130 milhas (100-200 quilômetros) de diâmetro, aproximadamente o tamanho de Connecticut, se partisse, espalhando pedaços, incluindo Bennu. O asteroide vagou para o espaço próximo à Terra por causa de interações gravitacionais com os planetas gigantes e devido ao efeito Yarkovsky de longo prazo”, explica a NASA.
Impacto e suas Consequências
Para entender o que poderia acontecer, a simulação foi feita no supercomputador Apeph, do ICCP, com vários cenários diferentes. A estimativa é que o impacto jogaria entre 100 milhões e 400 milhões de toneladas de poeira na atmosfera. Essa poeira toda poderia mudar a química do ar e atrapalhar a fotossíntese por uns quatro anos.
Os pesquisadores explicam que, na pior das hipóteses, o céu ficaria tão cheio de poeira que a luz do Sol mal conseguiria passar. Isso faria a temperatura cair até 4 °C e reduziria a camada de ozônio em 32%.
“O “inverno de impacto” abrupto criaria condições climáticas desfavoráveis para o crescimento das plantas, resultando em uma redução inicial de 20 a 30% na fotossíntese em ecossistemas terrestres e marinhos. Isso provavelmente causaria grandes impactos na segurança alimentar global”, disse o pesquisador e principal autor do estudo, Lan Dai.
Um dos resultados mais interessantes da simulação foi a rapidez com que os plânctons se recuperariam nos oceanos. Os cientistas achavam que demoraria anos, mas em seis meses a população já estava maior do que o normal. Eles acreditam que isso aconteceria por causa do ferro na poeira cósmica, que serviria de alimento para os plânctons.
A boa notícia é que a pesquisa mostra que a humanidade não seria extinta. Nossos antepassados provavelmente já passaram por situações parecidas, já que colisões com asteroides como Bennu acontecem a cada 100 ou 200 mil anos.
Ao longo da história, a Terra já sentiu o impacto de vários asteroides, alguns bem feios. Mas quais deles são uma ameaça de verdade hoje? Entenda como aproveitar o desfile planetário 2025, segundo especialistas, até a próxima!
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo