Sinch será integradora de APIs do Open Gateway no Brasil

A Sinch está de olho no mercado brasileiro e quer integrar os serviços de APIs das operadoras. A ideia é oferecer as APIs do Open Gateway, que já estão disponíveis por meio da Claro, Vivo e TIM, para os setores de finanças e comércio eletrônico. A empresa já possui uma parceria global com a Aduna para expandir a oferta de APIs de redes.

Sinch e o Open Gateway no Brasil

Mauricio Senna, diretor de relações com as operadoras para América Latina da Sinch, explicou que a estratégia da empresa é atuar como integradora das APIs das operadoras no Brasil. O foco inicial são as APIs do Open Gateway, que incluem serviços como:

• Number Verification
• SIM Swap
• Two-Factor Authentication (2FA)
• Device Location
• Roaming

Essas APIs são especialmente interessantes para empresas de finanças e comércio eletrônico que buscam impulsionar suas transformações digitais.

Mario Marchetti, head de operações para a América Latina na Sinch, complementou que a empresa pretende trabalhar em conjunto com outras empresas e com a Aduna para desenvolver soluções que atendam às demandas do mercado brasileiro dentro do Open Gateway.

A Claro, inclusive, já anunciou que pretende lançar pelo menos seis APIs, com destaque para a KYC Tenure, que verifica a duração da permanência de um usuário móvel vinculado a um número de celular. Essa API é muito requisitada pelo Itaú, um dos principais clientes da Claro no Open Gateway.

Estratégias da Sinch na América Latina

Julia Fraser, vice-presidente executiva da Sinch para as Américas, destacou o grande potencial da operação latino-americana, especialmente com o uso de RCS e WhatsApp. Atualmente, a empresa atende cerca de 900 clientes na região, com foco principal no Brasil e no México.

Ainda de acordo com Fraser, a parceria com a Aduna deve começar a apresentar resultados em cerca de seis meses, já que ainda está em fase inicial.

A Sinch pretende se consolidar no Brasil e no México em 2025, para depois expandir suas operações para Colômbia, Chile e Argentina nos próximos anos. Atualmente, a maior parte da receita da empresa vem das Américas, mas a América do Norte ainda é mais forte que a América Latina.

Para crescer na região, a Sinch aposta em parcerias estratégicas, como a que já possui com a Ericsson, e em relações próximas com Meta e Google. Fraser ressaltou que cerca de 45% dos negócios da empresa nos próximos anos devem vir de terceiros, o que reforça a importância de construir equipes sólidas em torno dessas parcerias.

Crescimento do RCS e WhatsApp

Fraser também comentou sobre a expectativa de adoção em massa do RCS, que deve acontecer entre 2026 e 2028. A previsão é que o RCS ocupe 20% do mercado de mensagens, substituindo o SMS, que ainda é muito utilizado, principalmente nos Estados Unidos. O foco da Sinch no momento é incentivar as marcas a se cadastrarem no ecossistema do RCS.

Atualmente, a Sinch possui 150 mil clientes em sua base, a maioria deles na área de mensagens. No Brasil, a expectativa é de um crescimento de três dígitos em 2025, impulsionado pelo apoio das operadoras.

Já o WhatsApp está começando a ganhar espaço nos Estados Unidos, com empresas de delivery utilizando a plataforma para contratar funcionários e se comunicar com clientes, principalmente no sul da Flórida e na Califórnia. Na América Latina, os bots da Sinch no WhatsApp registram 700 milhões de sessões abertas por mês.

Os desenvolvedores brasileiros estão buscando melhorias na Gamescom Latam e os grupos bancários dos EUA estão pressionando a SEC para revogar regras de divulgação cibernética, enquanto a Sinch se prepara para um futuro promissor no mercado de APIs e mensagens na América Latina.

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