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- O Ministério da Saúde declarou emergência no território Yanomami em 2023 devido à crise humanitária causada pelo garimpo ilegal.
- Você pode entender como as ações emergenciais estão melhorando a saúde dos Yanomami, mas ainda há desafios significativos.
- A redução de óbitos e casos de desnutrição mostra progresso, mas a população ainda enfrenta riscos como a malária.
- A telessaúde e o aumento de profissionais de saúde são avanços que podem servir de modelo para outras regiões indígenas.
Em janeiro de 2023, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde no território Yanomami, devido à crise humanitária causada pela expansão do garimpo ilegal e negligência do governo anterior. Um relatório recente aponta melhorias nas condições de saúde, mas ainda há muito a ser feito para garantir o bem-estar dessa população.
Ações emergenciais e seus desafios no território Yanomami
Uma reportagem recente destacou a melhora nas condições sanitárias do território Yanomami. A reportagem mostrou duas crianças indígenas que, em 2023, foram removidas de helicóptero devido à desnutrição severa. As ações emergenciais enfrentaram dificuldades, como a necessidade de reconstruir a capacidade técnica e operacional em meio a uma emergência.
O último informe do Ministério da Saúde indica que a situação melhorou em 2024. Sete estabelecimentos de saúde estavam fechados em 2023 devido à insegurança causada pelo garimpo, deixando mais de 5.000 indígenas sem acesso à saúde. Em abril de 2024, todos foram reabertos e uma nova unidade hospitalar está em construção, com previsão de operação até 2026.
A reconstrução exigiu um aumento de 2,5 vezes na verba total para infraestrutura e estruturação de estabelecimentos de saúde entre 2022 e 2024. Além disso, o número de profissionais de saúde no território aumentou de 690 em 2023 para 1.781 em 2024, incluindo um aumento de 7 para 36 nutricionistas.
A instalação de pontos de internet permitiu a implementação da telessaúde, facilitando a assistência e o tratamento sem necessidade de deslocamento. Entre as especialidades oferecidas estão pediatria, ginecologia e oftalmologia. Com a expansão e melhoria do acesso à saúde, houve uma redução de 21% nos óbitos entre 2023 e 2024.
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Redução da desnutrição e da malária
O percentual de crianças menores de cinco anos com muito baixo peso caiu de 24% em 2023 para 19% em 2024, mostrando uma recuperação lenta, mas constante. Além disso, houve uma queda de 42% nos óbitos por malária. Apesar dos avanços, a expansão do acesso e o aumento da equipe permitiram uma melhor detecção de casos de agravos que antes não eram notificados e tratados.
Um exemplo é a malária. Houve esforço para efetuar testes de malária por meio de busca ativa, atingindo populações até então desassistidas. O número de testes quase dobrou entre 2023 e 2024, e no ano passado 83% dos testes foram feitos de forma ativa. Com isso, os casos de malária diagnosticados em 2024 aumentaram 10% em relação ao ano anterior, totalizando 34 mil casos.
Este número representa um quarto de todos os casos reportados no Brasil e 65% dos reportados em todos os territórios indígenas. É importante notar que o território Yanomami tem uma população de 33.355 indígenas, e alguns foram infectados mais de uma vez no ano. Ou seja, se por um lado o informe traz notícias de melhoria das condições de saúde, por outro lado fica claro que ainda há muito o que ser feito.
E o trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde. É preciso garantir que o que aconteceu entre 2019 e 2022 não se repita. Meio ambiente e segurança nacional, no mínimo, precisam ser parceiros nessa tarefa. Para quem se interessa pelo tema, vale a pena conferir os principais novidades em tecnologia para entender como a inovação pode ajudar.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo