Sócios da a16z comentam sobre agentes de IA em novo podcast

Descubra o que realmente são os agentes de IA, segundo especialistas da a16z, e quais desafios enfrentam.
Publicado dia 15/05/2025
Sócios da a16z comentam sobre agentes de IA em novo podcast
Entenda a verdadeira natureza dos agentes de IA e seus desafios, segundo a a16z. (Imagem/Reprodução: Startups)
Resumo da notícia
    • No podcast “What Is an AI Agent?”, os sócios da a16z discutem a confusão em torno do conceito de agentes de IA.
    • Se você investe em tecnologia, entender as limitações atuais da IA pode ajudar a tomar decisões mais informadas.
    • A realidade dos agentes de IA é que muitos ainda são apenas chatbots com respostas pré-definidas, e não verdadeiros autômatos.
    • Os desafios para o desenvolvimento de agentes autônomos incluem limitações como a memória de longo prazo e possibilidade de “alucinações”.

O termo agente de IA está na moda em 2025, mas especialistas do Vale do Silício alertam: poucos sabem o que ele realmente significa. Sócios da Andreessen Horowitz (a16z) revelaram em um podcast que até investidores de startups de inteligência artificial têm dificuldade em definir o conceito.

O que seria um agente de IA?

No episódio “What Is an AI Agent?”, os sócios Guido Appenzeller, Matt Bornstein e Yoko Li tentaram explicar a ideia por trás dos agentes. A discussão surgiu enquanto o fundo preparava um megainvestimento de US$ 20 milhões em IA. Em setembro de 2024, a a16z já havia previsto que “todo cargo de colarinho branco terá um copiloto de IA”.

A promessa é ambiciosa: agentes autônomos substituindo funções humanas. Mas a realidade atual é bem diferente. Muitas startups estão usando o termo para produtos que são basicamente chatbots com respostas pré-programadas. Appenzeller brincou sobre um caso que era apenas “uma resposta pronta disfarçada de assistente digital”.

Os desafios técnicos

Para os especialistas, um verdadeiro agente de IA precisaria de capacidades próximas a uma AGI (Inteligência Geral Artificial). Isso incluiria memória persistente e tomada de decisão autônoma por longos períodos – algo que ainda não existe. Yoko Li admitiu: “Isso ainda não funciona”.

Um exemplo curioso é o da startup Artisan, que oferece “agentes de vendas” baseados em IA. Apesar do discurso de “pare de contratar humanos”, a empresa continua com uma equipe humana, como revelou seu CEO ao TechCrunch. Casos como o da Bradesco mostram que a tecnologia ainda está em fase experimental.

Humanos ainda são insubstituíveis

Os principais obstáculos para agentes de IA eficientes incluem a falta de memória de longo prazo e o problema das alucinações (quando a IA inventa informações). Como explica Yoko Li, os atuais “agentes” são basicamente modelos de linguagem com capacidade de executar múltiplos passos.

Bornstein foi direto: “A maioria das pessoas tem trabalhos que exigem criatividade e pensamento. Não sei se substituir isso com um robô é sequer teoricamente possível”. Enquanto isso, empresas como a AWS e UFMG focam em aplicações mais realistas da IA.

A discussão sobre agentes de IA lembra o hype em torno de outras tecnologias, como os carros autônomos da Waymo – que recentemente recolheu veículos após acidentes. O caminho para agentes realmente autônomos ainda é longo, mas o debate já mostra como o setor está evoluindo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Startups.com.br

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.