STF adia conclusão de julgamento sobre responsabilidade de redes sociais por conteúdos ilegais

STF adia julgamento sobre responsabilização de redes sociais por conteúdos ilegais. Entenda os impactos para usuários e plataformas.
Atualizado em 05/06/2025 às 16:02
STF adia conclusão de julgamento sobre responsabilidade de redes sociais por conteúdos ilegais
STF adia decisão sobre culpa de redes sociais por conteúdos ilícitos; impactos em pauta. (Imagem/Reprodução: Tiinside)
Resumo da notícia
    • O STF suspendeu o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais por conteúdos ilegais, com voto do ministro André Mendonça ainda em análise.
    • Você pode ver mudanças na forma como as redes sociais moderam conteúdos, afetando sua liberdade de expressão e segurança online.
    • A decisão final pode definir se plataformas serão obrigadas a remover posts ilegais sem ordem judicial, impactando a dinâmica das redes.
    • O debate também levanta questões sobre o papel do Judiciário na regulação da internet, gerando discussões sobre censura e democracia.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta-feira (4), a conclusão do julgamento sobre a responsabilização das redes sociais pelos conteúdos ilegais que os usuários publicam. A sessão foi retomada após um pedido de vista do ministro André Mendonça, que havia interrompido o processo em dezembro do ano passado. Mendonça iniciou a leitura de seu voto, que deve se estender por duas sessões, e a análise será retomada amanhã (5).

Mendonça indicou que deve votar pela manutenção da validade do Marco Civil da Internet, que responsabiliza as plataformas somente quando descumprem decisões judiciais. Ele defendeu que a liberdade de expressão deve ser priorizada, mesmo em casos de discursos “ásperos” ou “antiéticos”, desde que não causem perigo a terceiros.

O ministro criticou o que chamou de “protagonismo do Judiciário” na criação de regras para as redes sociais, defendendo que essa discussão deveria ocorrer no Congresso Nacional. Segundo ele, o Judiciário, ao assumir esse papel, pode gerar desconfiança na sociedade.

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A Corte está analisando a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que estabelece direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Esse artigo determina que as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após uma ordem judicial, não removerem o conteúdo.

Entenda o Julgamento sobre Responsabilização das Redes Sociais

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Dias Toffoli e Luiz Fux já apresentaram seus votos. Barroso propôs que as redes sociais removam postagens com conteúdo de pornografia infantil, suicídio, tráfico de pessoas, terrorismo e ataques à democracia, após notificação. No entanto, a remoção de postagens com ofensas e crimes contra a honra só ocorreria após decisão judicial, como já é feito atualmente.

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Toffoli e Fux foram além, defendendo que as plataformas devem retirar conteúdos ilegais, como mensagens que incitem violência, racismo e ataques à democracia, após notificação extrajudicial. O STF está julgando dois casos concretos que chegaram à Corte por meio de recursos.

Um deles, relatado por Toffoli, questiona a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilizar os provedores por atos ilícitos. Esse caso envolve um recurso do Facebook contra uma decisão que o condenou por danos morais devido à criação de um perfil falso. No outro processo, relatado por Fux, discute-se se uma empresa que hospeda um site deve fiscalizar e remover conteúdos ofensivos sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

Debate e Críticas à Atuação do STF

No início da sessão, o ministro Barroso negou que o STF esteja legislando ao decidir sobre a responsabilização das redes sociais. Ele rebateu as críticas de que a Corte estaria invadindo a competência do Congresso e promovendo censura. As informações são da Agência Brasil.

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O debate sobre a responsabilização das redes sociais não é novo e já foi tema de discussões acaloradas em outros países. Recentemente, a Visa lançou plataforma de pagamento digital para competir com o Pix no Brasil, um tema que também envolve regulação e responsabilidades no ambiente digital.

Para quem acompanha as novidades do mundo da tecnologia, vale a pena conferir que o iOS 18 já está em 88% dos iPhones lançados nos últimos quatro anos, mostrando como as atualizações de software são importantes para a segurança e funcionalidade dos dispositivos.

Próximos Passos e Implicações

Com a suspensão da sessão e a necessidade de mais tempo para análise, o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais continua a gerar expectativa e debate. A decisão final do STF terá um impacto significativo na forma como as plataformas digitais operam no Brasil e na proteção dos direitos dos usuários.

O resultado desse julgamento pode influenciar diretamente a forma como lidamos com conteúdos online, desde a disseminação de notícias falsas até a proteção da liberdade de expressão. Para quem se interessa por temas relacionados, vale a pena saber que Goiás se destaca como polo de inteligência artificial no Brasil com apoio da Nvidia, um campo que também levanta questões sobre ética e responsabilidade.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.