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- A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, defendeu um crédito mais inclusivo durante o Web Summit Rio 2025.
- A discussão aborda como as mulheres e empreendedores de diversas origens estão enfrentando desafios financeiros.
- Essas ideias podem impactar positivamente as comunidades periféricas e fomentar o empreendedorismo local.
- A inclusão social e financeira se torna uma prioridade em um panorama de desigualdade.
O perfil do empreendedor brasileiro está mudando, com mais mulheres, pessoas negras e moradores de periferias abrindo negócios, muitas vezes por necessidade. Essa foi a principal conclusão da presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, durante o Web Summit Rio 2025.
Em um painel mediado pela jornalista Maria Prata, Tarciana Medeiros, Bianca Andrade (empresária e influenciadora digital) e Adriana Barbosa (fundadora da PretaHub) discutiram sobre inovação, impacto social e o fortalecimento do empreendedorismo nas comunidades marginalizadas do país.
Crédito e o impulso ao empreendedorismo
Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, destacou que a dificuldade no acesso ao crédito continua sendo um dos maiores obstáculos para o crescimento de pequenos negócios. Segundo ela, o sistema financeiro tradicional opera com base em garantias e histórico, o que acaba excluindo empreendedores mais vulneráveis.
“Como podemos mudar essa lógica e reconhecer o potencial desses negócios?”, questionou Tarciana. “Como podemos entender que essas mulheres já são boas administradoras financeiras, equilibrando casa e negócios com poucos recursos?”. Para ela, é crucial encontrar novas formas de avaliação.
A executiva defendeu o uso de dados alternativos, como comportamento de consumo e histórico de pagamentos, para criar modelos de análise de crédito mais inclusivos. Esses dados podem oferecer uma visão mais completa e justa do potencial de cada empreendedor.
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Adriana Barbosa, fundadora da PretaHub, compartilhou os desafios enfrentados por negócios de impacto social, como a dificuldade em acessar capital e a discriminação em processos de investimento. Ela ressaltou que a falta de recursos financeiros impede o crescimento de projetos promissores.
Desafios no crescimento e geração de empregos
“Não faltam projetos bons, mas o dinheiro não chega até nós. E não é por falta de capacidade de comunicação com investidores, mas porque os filtros são, muitas vezes, racistas”, afirmou Adriana Barbosa. Ela defendeu a criação de ecossistemas de suporte e mentoria para empreendedores de comunidades negras e periféricas.
Bianca Andrade relembrou o preconceito que enfrentou ao tentar expandir sua empresa, a Boca Rosa, marca que surgiu do seu canal no YouTube. “A primeira coisa que falavam era: ‘ela é influenciadora’, como se isso invalidasse a minha capacidade de empreender”, contou.
Bianca destacou que mulheres da periferia, muitas vezes, não têm acesso a conteúdo empresarial ou mentoria, aprendendo com seus próprios erros. Ela enfatizou que sua maior responsabilidade, ao crescer, é gerar empregos, especialmente para pessoas de contextos semelhantes ao seu. “Hoje, tenho a responsabilidade de abrir oportunidades. E isso me move.”
A importância da Inteligência artificial para investimentos
A Inteligência artificial para investimentos pode transformar o acesso ao crédito, permitindo análises mais precisas e inclusivas. Algoritmos de machine learning podem avaliar o risco de crédito de maneira mais eficiente, considerando uma variedade maior de dados e reduzindo o viés humano. Essa tecnologia pode abrir portas para empreendedores que, de outra forma, seriam excluídos do sistema financeiro tradicional.
Além disso, a Inteligência artificial para investimentos pode auxiliar na gestão financeira de pequenos negócios, fornecendo ferramentas de análise e planejamento. Com a ajuda da IA, empreendedores podem tomar decisões mais informadas, otimizar seus recursos e aumentar suas chances de sucesso.
Transformações estruturais e o papel das instituições
Tarciana Medeiros enfatizou que as mudanças no mercado devem ser acompanhadas de transformações estruturais, inclusive no sistema bancário. Para ela, é essencial deixar de olhar apenas para números e começar a valorizar o potencial de impacto social. “Precisamos sair da superficialidade e entender a realidade do empreendedor”, afirmou.
A executiva defendeu que é fundamental compreender o papel social desses negócios, não apenas sob a ótica econômica, mas como motores de inclusão, desenvolvimento e geração de oportunidades. “A mudança começa quando reconhecemos o valor e a potência do que é feito nas bordas”, concluiu a presidente do Banco do Brasil.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via InfoMoney